Uma escapada ao Mont St.-Michel 1

Uma escapada ao Mont St.-Michel

Le Mont-St.-Michel

Estático, imobilizado num cartão-postal, o lugar já impressiona: um vilarejo medieval murado, que parece se equilibrar precariamente nas encostas de um pequeno morro, com uma abadia encarapitada bem no topo. Mas o que torna o Mont Saint-Michel verdadeiramente mágico não são apenas sua história e sua arquitetura. É preciso lembrar também de uma incontrolável força da natureza. Por lá, a subida da maré é tão violenta que pode ser assistida como um show. Em pouco mais de uma hora, o mar inunda o charco em volta das muralhas e transforma o monte numa ilha.

A MARÉ

Mont St.-Michel

Mont St.-Michel

Mont St.-Michel

Mont St.-Michel

Mont St.-Michel

A chave para programar uma viagem ao Mont Saint-Michel está na tábua das marés. O espetáculo de efeitos especiais da natureza só acontece nas marés altas, em períodos de luas cheia e nova, em dois horários por dia. São as chamadas “grandes marés”. O site oficial da cidade informa os horários das marés, que mudam diariamente. Para apreciar o espetáculo da grande maré, venha num dia em que a força da maré alcance um coeficiente igual ou maior que 90. Com coeficiente maior que 110, Mont St Michel volta a ficar rodeado por água por todos os lados.

VÁ — E FIQUE

Há quem vá e volte, a partir de Paris, no mesmo dia, mas isso não é aconselhável. A viagem é longa – são 3h45 de percurso, combinando trem e ônibus (a conexão com o ônibus é imediata). E nem sempre os horários do bate-volta permitem que se aprecie a maré. Finalmente, porque ver o monte iluminado à noite é um privilégio de quem dorme por lá. O site das ferrovias francesas vende a passagem integrada trem + ônibus (para conseguir a tarifa mais baixa, compre com 90 dias de antecedência).

Mont St.-Michel

DENTRO OU FORA?

Existem vários pequenos hotéis dentro das muralhas. Os mais básicos têm diárias a €70, mas os realmente confortáveis, como o Mère Poulard, podem sair por mais de €200 em períodos de maré viva. Se você não se importar de caminhar meia hora até o monte, pode ficar na zona hoteleira do continente, onde hotéis funcionais como o Mercure cobram menos de 100. Veja todos os hotéis, dentro e fora do monte, no Booking.

DEU CREPE

A ruazinha principal tem quase tantos vendedores de crepe quanto lojinhas de souvenir. Aproveite que você está na divisa entre a Normandia e a Bretanha e experimente as panquecas dos dois tipos. As de farinha branca e recheio doce são normandas e se chamam, exatamente, crêpes; as de trigo sarraceno e recheio salgado são bretãs e devem ser pedidas como gallettes. A especialidade da ilha, contudo, são as omeletes recheadas com um creme à base de claras, inventadas por Mère Poulard (onde chegam a custar € 45), mas pirateadas por todos os restaurantes do pedaço.

DE CARRO

O Mont Saint-Michel é o encerramento perfeito para uma viagem à Bretagne e à Normandia. E também funciona, se você quiser, como extensão de um passeio pelo Vale do Loire (que está a 290 quilômetros de Tours). Paris fica a 360 quilômetros.

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Isabel O. pela França

527 comentários

Eu AMEI o Mont Saint-Michel, tanto pela paisagem em si como pelo fenômeno incrível das marés. O monte fica à 350km à noroeste de Paris. Saímos de manhã de carro (a estrada é super boa e fácil de se localizar) e chegamos em tempo de ver a maré subir.

Logo na base do monte há uma tabela com os horários e enquanto você espera para ver a maré pode passear pelas lojinhas ou então entrar na abadia (que é bem interessante).

Voltamos no dia seguinte para Paris. Como outros já disseram, vale muito a pena passar um fim de tarde para fotografar o pôr-do-sol no mar, e é claro, o Mont Saint-Michel com suas luzes mágicas de noite.

Sobre o Omelete: realmente não achei muita graça (falta sal) e é bem caro. Se for no Terrasses Poulard, um dos restaurantes da ilha, acho que vale mais a pena provar um prato de degustação de frutos do mar (que estava entre um dos menus do dia), que são bem frescos.

Na região da Normandia vale a pena também tomar Calvados, um tipo de destilado feito de maçã. Falando no fruto, há vários outros produtos locais, como cidras e biscoitos, que podem ser encontrados nas lojinhas.

Aproveitando, gostaria de deixar minha dica de hospedagem para quem puder pernoitar: o Hotel Vert. Ele fica fora da ilha, e é alcançado por uma caminhada agradável de 15min. Por EUR74 a suíte ficamos num quarto novo, limpo, com banheira, e bem decorado. O café-da-manhã é cobrado à parte e vale a pena. Ele está em #1 no TripAdvisor. Recomendo!

Uma das cenas que nunca consegui esquecer foi quando avistei o Mont Saint Michel pela primeira vez. Ainda estava longe,o sol se pondo, paramos o carro e não cansava de admirar e até chegar lá foram inúmeras paradas.Não sei se ele é mais bonito de longe ou de perto, só sei que é um encantamento só.Este ano,em julho, após 10 anos, voltei com meus filhos e passei dois dias para dar tempo de caminhar , arrodeá-lo, sentar na areia, ver as luzes se acendendo, explorar e fotografá-lo de todos os ângulos e distâncias. Foi uma overdose de beleza, e mesmo assim, ainda não deu tempo de fazer o passeio a cavalo. Mas lá, ainda volto,nem que seja em 2020 quando as obras para transformá-lo novamente em uma ilha estarão prontas.
https://www.linternaute.com/savoir/grand-chantier/photo/les-grands-travaux-au-mont-saint-michel/au-milieu-de-la-mer.shtml

https://www.projetmontsaintmichel.fr/

    Claudia, vê-lo pela primeira vez do alto, ao pôr-do-sol e com as luzes se acendendo, foi uma das minhas mais emocionantes experiências de viagem. Estou contigo.

Vixe, é lindo demais! Eu e o JC chegamos lá vindos de Angers, ficamos base em St. Malo e fizemos essa região. Foi muuuito bom!!!! Era uma visão que eu tinha quando criança e em fotos que vi na adolescencia. À tarde voltamos e foi até um moinho que vi da estrada em uma elevação lateral e fiquei de lá, olhando mais uma vez, as campinas com as ovelhas e o monte à distancia. Vale a pena explorar aquela região.

O Mont St. Michel está nos meus sonhos de criança…lembro de ver na televisão num sábado ou domingo de manhã bem cedo um programa sobre ele…e desde então nunca esqueci! Tenho que ir!

Olá Ric

Se quiser copiar/colar um pedaço de texto que lhe enviei relativo ao Monte, pode fazê-lo, um vez que tem dicas que se enquadram neste post.

Eu estive em Mont St. Michel há muitos anos, fui de trem e depois ônibus. A mala grande ficou no locker na gare em Paris. Passei uma noite hospedada na Mère Poulard (era palatável), comi o omelete que é imeenso, acho que leva uns 12 ovos. Já ao se aproximar do monte parece um sonho e que você voltou no tempo, emoção ao ver aquele mosteiro no alto do monte.
É inesquecível, parece que foi ontem que subi,subi e fiz a visita à abadia com séculos de história.
No inverno era muuuuito frio.
Dali, como a Maria das Graças, fomos para St. Malo também interessantíssima e gelaaada.

Este é um lugar que eu posso dizer, sem dúvida, que é um sonho de consumo de viagem meu. Acho inexplicável aquela imagem. Vi uma foto do local num dia feio, bem nublado, e fiquei embasbacado com a cena.

Um dos lugares mais fantásticos que conheci. Ver aquela ponta surgindo no horizonte é inesquecível. Passei horas parado, no frio, olhando para ele. É fundamental passar uma noite, mesmo que nos hoteis do continente, e vale a pena acordar para ver o sol nascer com o monte silhuetado.

Recomendo também uma noite em Rennes, que é muito, muito, muito linda.

Oi Ricardo,

Mont St Michel é realmente mágico. Conheci durante uma viagem pela Normandia e Bretanha, dormi uma noite lá, e foi simplesmente inesquecível. Sua dica é incrível.

Não comi o omelete porque uma amiga francesa disse que não era bom, e era caro. Bom, confesso que fiquei assim um pouco curiosa… Outra comida típica de lá é um carneiro que tem a carne com um gosto peculiar por se criado nos pastos que ficam perto do monte, e recebem a maré diariamente. Por último, para quem gosta de ostras, as da região são divinas. Mas não gaste sua fome de ostras em Mont St Michel. Vá até Cancale. Distante apenas meia hora de carro, Cancale abriga uma criação enorme de ostras. Em frente a criação há uma feirinha onde você compra as ostras super frescas e por um preço sem comparação. Eu paguei 4 euros a dúzia. Vá no restaurante ao lado, compre uma champagne, sente no meio fio, e divirta-se.
Se alguém se interessar, eu fiz um resumo e coloquei fotos desta viagem no meu blog:
https://andarevoar.blogspot.com/2009/06/uma-viagem-pela-normandia-e-bretanha.html

Bjos

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