8 coisas que você não deve esperar a próxima viagem para providenciar

Certificado internacional de vacinação

Tomar vacina contra febre amarela

Outro dia uma alma aflita me procurou no Twitter porque tinham informado na Gol que era necessário certificado de vacinação contra febre amarela para viajar a Barbados. Eu respondi que não sabia disso, e que ninguém, em nenhuma das seis ilhas que visitei nesse giro pelo Caribe (incluindo Barbados), procurou pelo certificado no meu passaporte (eu tenho, válido até 2013).

Logo em seguida a coisa se esclareceu — o certificado seria necessário para quem saísse da Região Norte. Mas essas coisas são obscuras, mesmo. De vez em quando aparece gente que fala da necessidade de vacina contra febre amarela para ir à Colômbia. Quando fui à Venezuela, em 2003 (fazer a foto da Bóia, haha), precisei da vacina — mas não que a Venezuela exigisse. Voltei via Manaus, e a vacina seria necessária para voltar ao Brasil. Ou pelo menos foi assim que me explicaram.

Por essas e por outras é que eu sempre digo: pessoal, bora tomar a maldita vacina antes que seja necessário. É só passar num posto da Anvisa. É preciso se cadastrar no site da Anvisa (obrigado, Adolfo!); no cadastro você saberá quais postos estão aptos a aplicar a vacina.

A vacina só começa a valer 10 dias depois de tomada — mas depois continua válida por 10 anos. É melhor tomar agora, que você não precisa, do que cair nesse papo-aranha, em que muitas vezes a gente topa com um funcionário mais realista que o rei, que descobre pêlo em ovo e outros lugares-comuns ainda piores.

A exemplo da vacina da febre amarela, há várias providências que você não deveria esperar pintar uma viagem para tomar:

Ter um passaporte com mais de 6 meses de validade

Alguns países só permitem a entrada de visitantes com passaporte válidos por pelo menos 6 meses depois da chegada. Não é o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, que deixam você entrar mas limitam a permanência à validade do passaporte. Mas quem diz que todo atendente de check-in sabe disso? Em alguns aeroportos a moça não vai deixar você embarcar. E a fila do check-in não é o momento mais adequado para discutir legislação. Então não deixe o seu passaporte ficar próximo de vencer. Agende a renovação o quanto antes — até porque ultimamente a coisa anda enrolada.

A propósito: ter um passaporte

Muita gente aproveita o fato de poder viajar para os países do Cone Sul com carteira de identidade para não fazer passaporte. Na minha opinião, é um erro. Quanto mais carimbos você tiver no seu passaporte, mais tranqüilo é passar pela fronteira de países com imigração encrenqueira. E a tal da carteira de identidade sempre corre o risco de ser recusada por atendentes de check-in ou funcionários de aduana que não achem que você é a mesma pessoa daquela foto de onze anos atrás. Passaporte já!

Visto americano

Não espere aparecer a oportunidade de viajar para os Estados Unidos para solicitar seu visto. Na última hora é um deus-nos-acuda — o Brasil inteiro está querendo visitar a Flórida. À diferença do que muita gente pensa, não é necessário ter viagem marcada para pedir ou renovar o seu visto americano. Se você não mora numa cidade com consulado americano, fazer antes de precisar faz ainda mais sentido: você aproveita um feriado local ou pede uma segunda ou sexta de folga e faz uma viagenzinha a São Paulo, Rio, Brasília ou Recife para fazer o visto. Às vésperas de viajar, além de difícil de agendar, o procedimento acaba encarecendo a viagem aos Estados Unidos. Antes de precisar tirar o visto, dá para contabilizar o gasto como uma viagem de lazer. Agende já!

Mala boa

A gente só se dá conta de que está precisando de uma mala decente na hora de viajar. Mas aí costuma ser tarde demais. Aproveite a entressafra entre viagens e invista naquela mala bacana de quatro rodinhas (minha recomendação: compre o tamanho médio, de 65 cm de altura com a mala na vertical). Mala boa custa caro, e é bom você fazer esse crediariozinho meses antes de viajar.

Adaptador universal de tomada/cadeado TSA

Dois itens indispensáveis, e que na última hora são complicados de conseguir. Da próxima vez que você fizer compras online, procure esses dois itens e inclua na sua cesta. Poucas coisas são mais chatas do que chegar num lugar e ter que ir atrás de adaptador (pela lei de Murphy, a recepção do seu hotel sempre vai ter acabado de emprestar o último dos adaptadores do estoque).

Pay Pal

Para alugar apartamento ou fazer reservas com fornecedores alternativos, um PayPal (sistema internacional de pagamento entre contas de cartão de crédito) é fundamental. Demora algum tempinho, porém, até que a sua conta seja verificada e validada. Por isso, não espere precisar para abrir uma. Leia como fazer isso neste post aqui.

Esqueci alguma coisa? O que você recomenda que não se espere até a véspera da viagem para providenciar?

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480 comentários

Interessante. Antes de fazer uma viagem pelos países da Ásia achei não sei como o comprovante de vacinação da febre amarela uns 4 anos atrás. Daí troquei pelo certificado internacional em guarulhos mesmo, mas o único que pediu a carteira foi a Thailândia. No guichê do passaporte o oficial pediu pra eu e meu amigo procurar o posto médico com o certificado e carimbar um formulário lá pra podermos entrar.

Acho que foi pq ele viu que éramos da América do Sul já que outros estavam passando direto, vai saber..

Ainda bem que viajamos preparados!

Sobre quem não tinha tomado ouvi dizer que eles aplicam na hora.. disso tb não tenho certeza.

Alguem sabe se na região de Foz e Missões argentinas e aconselhável ter certificado de vacina? Eu já tenho, mas terei que falar pro meu amigo que vai comigo!
Ótimo post, passei perrengue no México há quinze dias porque não tinha adaptador universal! Já estou providenciando o meu

    Em toda a região tropical de mata é interessante ter por uma questão de saude. Quem quiser ver o que é uma febre amarela, leia o livro do Drausio Varela.

Até pra viajar pra alguns estados dentro do Brasil é preciso ter a vacina de febre amarela.
Eu sou do sul e tomei a primeira vez quando fui pra Chapada dos Veadeiros, Goiás. Mesmo indo de carro, se a polícia te parar na estrada tem o direito de pedir a vacina. Se você estiver sem a carteirinha pode precisar tomar de novo.
Depois só precisei trocar a carteirinha nacional pela internacional. Vários países não deixam mesmo entrar sem, principalmente na Ásia.

Ótimas dicas. Fiz um post bem parecido lá no meu blog. A dica é se for tomar a vacina de febre amarela em Sampa, tomar no HC pois lá dá pra sair com o certificado na hora. Em outros postos de saúde a coisa é bem mais burocrática e complicada.

E precisa ser o certificado laranjado da Anvisa. O dos postos de saúde municipais não são válidos. Fui barrado na porta de um voo para Bogotá por causa disso!!! Tive que literalmente voar até a Anvisa para conseguir o certificado internacional.

    O meu não é alaranjado, é bege.
    Tomei a vacina, peguei o certificado do posto e levei à Anvisa no aeroporto para ganhar o internacional, mas me deram um bege, em 2008(eu ia passar pelo Panamá indo a Cuba e o Panamá exige), não alaranjado.
    Tem mesmo que ser alaranjado?

    vou conferir em casa, mas o formato do meu é bem parecido com o da foto… só a cor que é mais discretinha…

    O meu também é internacional e é bege.
    Na Indonésia desconfiaram, mas abriram, leram e aceitaram na boa. Nos outros países nunca tive problemas.

    É trilíngüe português-inglês-francês? Está escrito Certificado Internacional de Vacinação?

Ricardo,
Sobre a identidade para o Cone Sul… “funcionários de aduana que não achem que você é a mesma pessoa daquela foto de onze anos atrás”. É necessário que a identidade tenha no MÁXIMO dez anos de expedição. Foi o que me informou o consulado da Argentina quendo fui pra lá há 3 anos.
Abraço!

    Hmmm, acho que essa lei não tá escrita não. É senso comum.

    È na Argentina que a identidade deles tem validade de 10 anos para viajar ao exterior. Sei disso como Argentina e ex-funcionaria do Consulado Argentino no Rio!

    A minha tem mais de 10 anos e já fui várias vezes à Argentina sem problemas.

    Os tratados bilaterais estipulam que a foto deve ser recente e possibilitar a identificação do portador, além do documento estar em boas condições. Aí, vai bom senso.

Já passei na prova…

Mas acrescentaria dois itens : um sapato velho e confortável e um money belt, ou seja um cinto para guardar dinheiro.

Se voce não pode viajar agora, pensaria sériamente em comprar euro ou dólar, ou deixar o dinheiro em um fundo cambial, pois o Real está num dos seus melhores niveis dos últimos anos.

Quanto a vacina contra a febre amarela, para quem gosta de natureza, é bom te la sempre atualizada, pois infelizmente a febre amerela está voltando para varias areas urbanas, em lugares “teoricamente” seguros como Brasilia e Ribeirão Preto.

    Uma money belt gordinha, dormindo com os bracinhos abertos embaixo de seu travesseiro é uma das melhores lembranças de uma viagem.

Toemi a vacina contra a febre amarela (pelas minhas contas ainda válida), mas, como muita gente, sei lá onde anda meu cartão de vacinação. Na época, nem marcado lá foi. Como fazer para comprovar?

    Se você foi vacinado em um centro de saúde, eles devem guardar um “espelho” da sua carteira de vacina, com os dados de lote etc. Se você lembra onde foi, pode tentar voltar lá e ver se consegue uma segunda via.

Fiz a vacina no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e não demorou 2 minutos desde o momento em que entre na sala da Anvisa até o “tchau”.

Dica: em Porto Alegre, vacinar-se no horário de almoço, em que o aeroporto e a Anvisa estão às moscas. E aproveitar para almoçar ali mesmo. Tem buffet barato, buffet caro, cafeteria, fast food…Ah, e nesse horário é relativamente fácil estacionar sem pagar.

Em crianças, a vacina é aconselhável somente a partir de 9 meses…e já vi pediatras falando de 1 ano…Informem-se com o pediatra da criança!

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