The Canadian

Cruzando o Canadá de avião, trem e carro: a viagem do Sergio

The Canadian

O Sergio acompanha o Ricardo Freire na BandNews FM, onde o nosso Comandante dá dicas de viagem e volta e meia tira dúvidas dos ouvintes. Por lá, ele havia perguntado sobre o trem The Canadian, que pretendia incluir em uma longa viagem pelo Canadá. O Comandante ainda não havia testado o serviço e não pôde palpitar muito – e não é que o Sergio procurou a gente por aqui para contar o resultado da viagem? O roteiro começou em Toronto e terminou do outro lado do país, nas Rochosas Canadenses. Acompanhe essa aventura que teve trechos de avião, de trem e de carro, com direito a um imprevisto que talvez tenha até deixado a viagem mais dinâmica. Vai pelo Sergio:

Iniciamos o planejamento da nossa viagem ao Canadá pensando em viajar de carro atravessando costa a costa. Mas as pesquisas nos mostravam que precisaríamos de 1 a 2 meses pra fazer este trecho devagarinho e parando em tudo. O que era impossível.

Aí surgiu a idéia de andar de trem um trecho. Pensamos em ir pra Nova York e seguir para o Canadá de trem, e quando buscávamos informações no site da cia. ferroviária canadense VIA Rail ficamos sabendo desse trem, chamado The Canadian, e achamos ele a nossa cara. Assim, começamos a montar a viagem.

Os preparativos… e um imprevisto

Decidimos que o roteiro começaria em uma cidade grande, Toronto, e então embarcaríamos no The Canadian para atravessar o Canadá e desceríamos nas Montanhas Rochosas, onde passaríamos uma semana, de acordo com nosso plano da RCI. Compramos a passagem aérea no escritório da Air Canadá na Av. Paulista, dividida em 10 vezes. Fizemos reserva de carro um dia para ir de Toronto a Niagara Falls e um outro carro para retirar em Jasper e devolver em Calgary, para fazermos as Montanhas Rochosas. O trem, fizemos cotação com uma empresa que representa a VIA Rail aqui no Brasil, mas o preço era exatamente o mesmo. Compramos então pelo site.

O trem The Canadian faz a viagem Toronto-Vancouver. Este mapa, no site da companhia, dá a ideia exata do trajeto. É possível fazer o trajeto nos dois sentidos e embarcar / desembarcar em qualquer uma das estações.

O processo de compra é bem tranquilo, embora o site esteja só em inglês e francês. Escolhemos o trecho Toronto-Jasper e o dia de nossa saída (o trem sai de Toronto uma vez por semana, sempre no mesmo dia). A compra é feita em apenas uma parcela, com cartão de crédito internacional. Recebi no e-mail o comprovante da compra e o cartão de embarque com código QR e código de barras para embarcar direto, caso não precisasse despachar malas.

Como originalmente ficaríamos 2 dias e meio do trem, escolhemos a categoria Upper e Lower Berth, que são beliches. Esta categoria tem as refeições principais inclusas e servidas no vagão-restaurante. Para quem viaja na categoria econômica há bares pelo trem que fornecem bebidas, salgadinhos e sanduiches rápidos para compra.

A franquia de bagagem permitida depende da categoria escolhida. De acordo com a nossa categoria de viagem poderíamos despachar 2 itens de 23 quilos por passageiro e levar a bordo um item de até 11 quilos. Franquia esta melhor que a de muita companhia aérea.

Um mês antes de nosso embarque, fomos surpreendidos por um e-mail avisando que a nossa viagem de Toronto a Jasper havia sido afetada por um descarrilamento de um trem de carga, o que cancelava o trecho Toronto-Winnipeg e causava bastante atraso nos horários dos trens. As opções sugeridas pela VIA Rail eram cancelar e receber o reembolso, ou pegar o trem a partir de Winnipeg. Como queríamos fazer este passeio de trem, procuramos um jeito de ir até Winnipeg.

A solução foi ir até Montreal e de lá pegar um avião até Winnipeg. O trecho Toronto-Winnipeg nos seria reembolsado pela cia. ferroviária quando chegássemos na estação de Winnipeg.

Parte 1: Toronto, Niagara, Montreal e Winnipeg

Royal Ontario Museum

Voamos São Paulo-Toronto via Air Canadá. Chegamos na cidade pela manhã, deixamos tudo no hotel Eaton Chelsea e fomos de metrô até o Royal Ontario Museum (100 Queens Park, tel. 416/586-8000). Lindo. Cortamos algumas sessões do museu e fomos direto aos dinossauros e à parte de história natural, que mais nos interessava.

Royal Ontario Museum

O museu definitivamente vale a pena visitar. É relativamente pequeno para uma visita de um dia apenas e relativamente grande para acolher todos os gostos de entusiastas por museus. Tem artes, antropologia, história canadense, história natural, dinossauros, enfim tudo que um museu completo precisa ter.

St. Lawrence Market

No dia seguinte, fomos ao St. Lawrence Market (92-95 Front Street East, tel. 416/392-7219), espécie de mercado municipal, tido como um dos melhores do mundo. A especialidade das barracas por lá é o sanduíche de peameal bacon, uma espécie de bacon retirado do lombo do porco, mais carnudo e menos gorduroso. Tem uma padaria espetacular no andar de baixo e alguma barracas servem um bagel típico de Montreal delicioso.

Aproveitamos e a pé mesmo fomos ao The Distillery Historic District. É uma antiga região industrial de destilarias que hoje foram convertidas em restaurantes, lojas e galerias de arte. Pra ser sincero, achei o ambiente caro e com glamour sem o retorno de bons produtos. O que se destacou pra mim foi a SOMA Chocolatemaker (32 Tank House Lane, tel. 416/815.7662), que tem um bom chocolate quente e vende barras de chocolate feitas com cacau do mundo todo e com tudo quanto é tipo de nozes, passas e etc. O preço mais uma vez é meio alto.

CN Tower

Depois de passar no hotel, fomos jantar na CN Tower (301 Front St W, tel. 416/868-6937). Reservamos daqui do Brasil pelo site da própria CN Tower. A comida é deliciosa e quem janta não paga para subir nem para visitar o deque de observação. O restaurante é giratório e ao longo de uma hora de jantar consegue-se ver Toronto e os arredores em 360 graus. Vale a pena.

Rumo às Toronto Islands

No dia seguinte, um domingo, fomos às Toronto Islands, que podem ser acessadas via balsa. Nas ilhas tem um restaurante e trilhas para caminhada e bicicleta. Tivemos o azar de que na época que fomos, inicio da primavera, muitas atrações ainda estavam fechadas e a vegetação ainda mostrava sinais do inverno. Mas gostei do passeio. No verão deve ser delicioso.

Cataratas do Niágara

Cataratas do Niágara

Na segunda-feira alugamos o carro dentro da PATH (rede subterrânea) que havíamos reservado daqui pela Alamo Rent A Car. Carro sensacional, bem equipado e novo. Fomos a Niagara Falls. Além de ver as cataratas por cima (gratuito), fizemos duas atividades pagas. A Journey Behind the Falls, que te leva a uma série de túneis escavados na rocha por trás das cataratas, e o Niagara’s Fury, um bobo cinema 4D, mal feito e caro, cuja única diversão é se molhar, mas o negócio é tão barulhento que o banho de água é previsível e não dá prazer quase nenhum.

Peller Estates

Saímos de Niagara e fomos almoçar numa vinícola chamada Peller Estates (290 John Street East, tel. 888/673-5537) em Niagara-on-the-Lake. A comida é mais ou menos, bastante pretensiosa mas poderia ser melhor (fizemos a reserva do almoço pela internet, lá de Toronto).

Pedimos o menu de 3 pratos e na sobremesa tomamos o vinho que é especialidade da região, o ice wine, feito a partir das uvas congeladas no inverno. Este sim é o ponto alto da vinícola. Recomendo. Pena que por estar dirigindo não pude tomar uma taça inteira (a lei no Canadá é bem rígida quanto a ingerir álcool e dirigir).

Trem rápido de Toronto a Montreal

O dia seguinte seria o dia original de nossa partida para Jasper com o The Canadian, mas pela mudança de planos, às 7 horas da manhã pegamos um outro trem, um trem rápido desta vez, e fomos até Montreal (viagem de aproximadamente 4-5 horas).

No trem foi servido café da manhã com chocolate quente, café e sanduíches, todos pagos à parte. Este trem tem wi-fi e um serviço de filmes pelo celular disponível. Bem interessante. A paisagem no caminho é basicamente a mesma o tempo todo, uma planície com raras fazendas e pequenas cidades.

Em Montreal ficamos no hotel Bonaparte, um ótimo hotel com quarto bem bonito e serviço sensacional.

Jardim botânico de Montreal

Insectário de Montreal


Fomos ao Jardim Botânico (4101 Rue Sherbrooke E, tel. 514/872-1400), de metrô mesmo, e depois ao Insectário (4581 Rue Sherbrooke E, tel. 514/872-1400). O ingresso que compramos dava acesso à Torre de Montreal (4141 Avenue Pierre-De Coubertin, tel. 514/252-4141), dentro do Estádio Olímpico. Montreal, mesmo sendo uma cidade grande, tem costumes bem estranhos e de cidade interiorana da Europa. A tal torre que dá vista pra cidade toda fecha às 17 horas. Não conseguimos ir no mesmo dia, pois ficamos passeando demais pelo jardim botânico.

À noite também tivemos problemas para jantar. Pretendíamos ir a um restaurante que serve fondue, e vimos na internet que ele ficava aberto até as 21h, inclusive aceitando reservas. Como era dia de semana resolvemos ir até o boêmio bairro de Mont-Royal (que de boêmio não tinha nada além de alguns estudantes bêbados na porta da estação de metrô). Chegamos no bairro às 20h. Quase todos os restaurantes fechados, inclusive o que tínhamos escolhido.
Por falta de opção comemos num restaurante bem pequeno e escuro, mas que servia uma boa poutine, prato típico desta região do Canadá.

No dia seguinte fomos então à Torre de Montreal, e pudemos ver a cidade inteira lá de cima. Um rápido almoço e fomos ao aeroporto para pegar nosso vôo a Winnipeg. Vôo interno pela Air Canadá em avião pequeno. Um drama pra quem, como eu, sofre com medo de avião. Fora isso, tudo tranquilo.

Forks Market

Chegamos em Winnipeg no final da tarde. Ficamos hospedados no Fort Garry, um hotel espetacular com a maior cama que já vi e um banheiro com produtos L’Occitane. Jantamos num restaurante na frente do hotel com boa carne. No dia seguinte pela manhã cedo fomos passear no The Forks Historic Site (Forks Market Rd, tel. 204/983-6757) e na volta comemos no The Forks Market, no mesmo local (uma espécie de mercado municipal, com menos opções que o irmão de Toronto).

Parte 2: a bordo do The Canadian

The Canadian

Enfim pegamos o trem The Canadian. O embarque aconteceu na estação central de Winnipeg, a um quarteirão a pé de nosso hotel. A estação é grande e o processo de check-in é muito fácil. Despachamos as malas que iriam no bagageiro do trem (não se pode pegar elas durante a viagem) e ficamos apenas com a mala com os pertences para serem utilizados durante a viagem, tais como itens de higiene e mudas de roupa. O reembolso pelo trecho que perdemos também foi feito sem dificuldade, direto no cartão de crédito. O cartão de embarque que levamos impresso daqui foi substituído, somente para controle deles.

O embarque ocorreu precisamente no horário estipulado de 14 horas. Fomos chamados até a plataforma que fica na parte de cima da estação. Nosso vagão era no meio do trem, e contava com um chefe de cabine exclusivo. Ele foi muito atencioso, nos ajudou com a mala e nos explicou os procedimentos do trem.

Nossa cabine tinha uma grande janela de onde pudemos ver o trajeto todo. Durante o dia, as camas da cabine são convertidas em duas poltronas com cerca de 1 metro de largura, viradas uma de frente pra outra.

Logo após nossa partida, fomos chamados ao almoço. O almoço e jantar, por conta do tamanho do vagão restaurante, são feitos em dois turnos. Lembro que as nossas refeições estavam inclusas devido à classe que resolvemos viajar.

O almoço consistia num cardápio de 3 pratos, onde se escolhe uma entrada, um prato principal e uma sobremesa de opções pré-definidas. A cada refeição, as opções mudam bastante, mas sempre encontramos algo que nos apeteceu. O almoço tem a particularidade de que os passageiros compartilham mesas com os outros que estejam em pequenos grupos que não ocupam uma mesa inteira. E a interação neste momento é bem interessante.

Conhecemos um senhor que havia feito a viagem Toronto-Vancouver e Vancouver-Toronto mais de 50 vezes. Conhecemos casais americanos e canadenses que sempre sonharam em fazer a viagem e somente agora após aposentadoria é que conseguiram fazer. E também uma dupla de canadenses que estudaram na infância juntos e que moram em cidades diferentes da mesma linha de trem e então combinaram de passear de trem juntos todos os anos. Enfim, cada passageiro tem uma história e as refeições ajudam a quebrar o gelo entre todos.

Segundo nos informaram os funcionários da VIA Rail, o tamanho do trem depende muito da época e no verão chega a ter mais de 50 vagões e 2 locomotivas.

Indo pra traseira do trem, passando de vagão em vagão, encontramos o vagão da primeira classe, com suítes. O último vagão é o ponto alto do trem. Há um bem semelhante a ele no meio e outro na ponta do trem.

Último vagão do trem

Último vagão do trem

Este vagão tem um segundo andar, além de um bar/lanchonete na parte de baixo. Na parte inferior ainda tem uma sala de estar com bebidas como água, café e cappuccino à disposição dos passageiros. No andar de cima há uma cúpula de vidro e bancos. É lá que o povo passa a maior parte do tempo. O trem anda relativamente devagar e pode-se ver bem a paisagem. Como a prioridade da linha são os trens comerciais e industriais, há frequentes paradas para que outro trem passe. Paradas longas somente nas estações maiores, no nosso caso Saskatchewan e Edmonton.

Por do sol

Depois do jantar fomos ao último vagão onde acompanhamos o pôr do sol. Lindo. A paisagem saindo de Winnipeg e por todo o estado de Manitoba e boa parte de Alberta é uma planície perfeita, com fazendas e mini cidades ao redor da ferrovia. Os funcionários da VIA Rail contam histórias de viagem e apontam pontos turísticos famosos que podem ser avistados de dentro do trem. Também contam curiosidades das cidades em que o trem passa.

O The Canadian, embora antigo, é muito bem conservado. Ficamos ao todo um dia e meio nele e só tenho coisas boas a dizer. Até a falta de wi-fi, que parecia um problema, na verdade foi algo bom, pois incentivou as pessoas a interagir entre elas e procurar fazer coisas a bordo.

Cama superior do beliche

Enquanto jantávamos, nossas duas poltronas foram convertidas em camas, um beliche na verdade, com as camas sendo bem largas e macias. Recebemos um kit com 3 toalhas de banho, toalha de rosto, sabonete e shampoo. O banho, feito no banheiro compartilhado do nosso próprio vagão, foi bem bom com água quente e abundante, e espaço suficiente.

Dormimos bem, apenas acordando quando o trem dava um solavanco um pouco maior. Não tive problemas com claridade ou aperto no andar de cima e minha esposa também não na cama de baixo.

Saindo de Edmonton, vista das montanhas

No dia seguinte, tomamos o café da manhã, com horário livre, no mesmo vagão-restaurante e antes de desembarcarmos em Jasper tomamos um brunch. O interessante da paisagem é que, pelo meio da manhã, pudemos ver os primeiros picos das Montanhas Rochosas no horizonte e logo elas chegam com o trem serpenteando para direita e esquerda, contornando as montanhas. Jasper fica no início das Montanhas Rochosas pra quem vai a Vancouver, então não tenho como detalhar a viagem através das montanhas e a descida a Vancouver.

Parte 3: rumo às Montanhas Rochosas

Ao desembarcar em Jasper, nossa bagagem já estava separada. Pegamos o carro previamente alugado na estação de trem mesmo. Em Jasper e em Banff, para circular de carro é necessário comprar um passe, pois trata-se de reserva ambiental. Como iríamos ficar uma semana na região, compramos um passe anual, mais barato que comprar um passe por dia durante 7 dias.

Patricia Lake

Nosso hotel em Jasper era bem bom, mas apenas largamos as malas lá e fomos aproveitar o resto do dia indo conhecer dois lagos da região, o Patricia Lake e o Pyramid Lake. Os lagos das Montanhas Rochosas congelam no inverno e ainda estavam parcialmente congelados no início da primavera.

Maligne Lake

No dia seguinte, acordamos cedo, fomos até o Maligne Lake, outro lago bem famoso da região, que também se encontrava congelado.

Icefields Parkway

Depois pegamos a rodovia 93, a Icefields Parkway, tida como a mais bonita do mundo, sentido sul, em direção a Banff, e posteriormente a Canmore, onde ficaríamos hospedados.

Kananaskis Country

A estadia nas Montanhas Rochosas foi sensacional. Vimos alguns animais selvagens, principalmente cervos e carneiros bighorn.

Columbia Icefield

Conhecemos o Lake Louise (congelado também), Columbia Icefield, alguns lagos da região de Kananaskis Country e andamos pela Bow Valley Parkway.

Bow Valley Parkway

A Bow Valley Parkway pra mim foi o ponto alto da viagem. É uma estrada secundária, paralela à rodovia Trans-Canadá que liga Banff a Lake Louise. Ela fica fechada das 20h as 8h horas da manhã para livre circulação dos animais, e andar por ela logo de manhã ao abrir é certeza de ver muitos bichos. Foi nela que vimos um lobo caçando em plena natureza.

Mount Norquay

Mount Norquay

Em Banff há uma estação de esqui, no Mount Norquay. A estrada para esta estação é sinuosa e tem muitos carneiros bighorn pelo caminho. Há ainda um planalto de onde se pode ver toda a cidade. Vale muito a pena ir, mesmo com a estação de esqui fechada.

Recomendo a todos que façam uma vez esta viagem.

Obrigado, Sergio! Que aventura bacana!

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17 comentários

Que viagem legal! Deu até vontade de ir conhecer o Canadá. Alguém sabe informar se esse trem funciona no esquema hop on, hop off. Por exemplo, se eu comprar Toronto – Vancouver, eu posso parar em Edmonton, descer, ficar uns dias e depois pegar outro para seguir viagem até Vancouver?

Olá !!Achei este depoimento e fiquei emocionada pois relembrei muito a minha viagem que fiz praticamente com este mesmo roteiro !!!….linda …maravilhosa. ..imperdivel. …estamos pensando em refazer este ano para comemorar nosso aniversário de casamento ….Desta vez pretendemos alugar um trailer. …vimos muitos rodando pela estrada …..Acho que será uma grande aventura pernoitar nos parques maravilhosos !!!!….recomendo está viagem para os amantes de aventuras e da natureza !!!!

Valeu Sérgio pelo belo relato de viagem compartilhado aqui no Blog do R.Freire.
A parte da natureza sem dúvidas deve ser o ponto alto!
forte abraço da Bahia

Mto bom, Sergio!
Tenho mta vontade de ir a Jasper e Banff. Vc diz q ficou 1 semana por lá. Qual o seu roteiro (e qtos dia em cada lugar)?
Esse trem é mto caro? Comparando c/o avião, de Toronto a Jasper?

    lu, respondendo a suas perguntas:
    1. Fiquei a semana toda hospedado apenas em Canmore. Canmore fica a 20 km da entrada do parque de Banff e 45 minutos da cidade de Banff indo de carro. Fizemos toda a semana nas montanhas rochosas sem mudar de local de pernoite. Com o carro quase tudo é passível de se ver. Jasper está a umas 3-4 horas de viagem pela icefields parkway, o Kootenay e o Mt Revelstoke, outros dois parques, estes já na Columbia Britânica também são acessíveis através de umas 3-4 horas de carro. Nada impossível porque as estradas são excelentes. Qualquer cidade que você ficar por estes lados pode ser uma base fixa. A tendência é que se você ficar em Jasper ou perto de Jasper, aproveite melhor Jasper, se ficar em Banff ou perto de Banff aproveitará melhor o parque de Banff. Ambos tem atrações imperdíveis. Há algumas cidades mais ao sul que não conheci, como Radium Hot Springs, mas acho que estas começam a ficar muito longe dos parques nacionais citados acima, embora sejam bem próximas de outros parques nacionais, inclusive dos Estados Unidos.
    2. O preço do trem é bem variável pois depende do trecho e da classe em que vai viajar. Penso que viajar num trem que demora 2 ou até 7 dias dependendo do trecho a ser feito exige um pouco de conforto para dormir, por isso escolhi os beliches. É a forma mais barata das disponíveis sem ter que dormir numa poltrona de ônibus leito. O preço do trem lembra um pouco o raciocínio de um cruzeiro. Sozinho, se comparado com o avião, é bem caro, mas se você considerar o deslocamento, a hospedagem e as refeições, o preço é quase competivo, embora um pouco mais caro. Esta diferençazinha entre um simples deslocamento de avião+hotel+comida em relação ao trem, o passeio em si cobre e sobra.
    No site da viarail tem os preços atualizados. Pelo que eu percebi eles variam de acordo com a época pela procura, mas sem dúvida é uma experiência que quero repetir. Quero fazer o trecho Vancouver-Jasper agora, no verão. Para ver o outro lado das montanhas rochosas de trem que não vi e ver os animais que não vi por estar muito frio.
    Abraços,

O relato está muito bom. Parabéns!!! Parabéns tb pelo destino escolhido. Acho o Canadá um lugar fantástico! Já estive em Toronto, Ottawa, Montreal, Vancouver e Whistler, mas quero MUITO conhecer as Rochosas (e, obviamente, repetir os lugares que já fui tb).

No final, acho que o tal imprevisto deu um up na sua viagem. Provavelmente, você não veria nada demais no trecho Toronto-Winnipeg e com isso pode conhecer Montreal (apesar dos contratempos com horários, rs).

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