Operação compra do chip novo para o celular. (Não preciso comprar o aparelho, tenho o que estava usando antes de ganhar emprestado o videolar da Nokia.)
Fui à lojinha da minha operadora no shopping. "Chip virgem tá em falta. Só quarta-feira".
As outras lojas da rede ficavam em shoppings longínquos. Resolvi ir para o Centro (tinha pesquisado antes de sair de casa e anotado o endereço das lojas por lá.)
Fui a pé. Primeira parada, Barão de Itapetininga. "Desculpe, a gente tava em reforma, daí deu um curto-circuito no servidor, tamo sem sistema."
Segunda parada, Rua Direita. Irreconhecível sem os letreiros poluidores pré-Cidade Limpa. Achei a loja. Peguei a senha. Perguntei se tinha chip virgem. Tinha.
(Posso me manifestar? Acho "chip virgem" uma expressão muito esquisita. "Virgem" é do tempo da fita cassete. Arranjem outro adjetivo, plis.)
As três pessoas na minha frente levaram 40 minutos para serem atendidas. Percebi que, no mundo do pré-pago, comprar um celular é mais difícil que prestar um boletim de ocorrência na delegacia. Uma menina teve seu cadastro recusado, coitadinha. E eu já querendo me matar por não ter ido a um outro shopping.
Chegou a minha vez e tudo parecia que ia ser rapidíssimo, quando o menino me informou que eu tinha que desbloquear a minha linha antes de configurar o novo chip.
Como assim? Entre o desbloqueio e a configuração do novo chip, o espertinho que achou meu celular em Porto Seguro pode fazer várias ligações pra Itália, pro Japão ou pra Bangu 1...
Não tem conversa. É preciso desbloquear a linha. Mas quem diz que a loja oferece um telefone pra gente fazer isso? Tem que ir ao orelhão mais próximo e usar o 0800.
E lá fui eu, debaixo do sol, na esquina da rua Direita com a rua da Quitanda. Até que fui atendido rápido. Mas o sistema da operadora estava leeeeeeento.
E assim se passaram os primeiros cinco minutos. Dez minutos. Quinze. Vinte minutos. De vez em quando eu dizia "Alô?" para ter certeza de que a atendente ainda estava na linha. E a rede, naquele ritmo dorivalcaymmi quase parando.
Até que a ligação... caiu. E eu voltei à loja, peguei minha carteira de identidade, retomei a rua Direita e voltei pra casa, sem celular.
Mas pelo menos estou de óculos...
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