Aproveitei minha estada no Toque para visitar o novo resort de Maragogi, o Miramar, que abriu no verão e tinha sido elogiado por leitores que aproveitaram o soft-opening em janeiro.
Trata-se de mais um resort com sistema all-inclusive (todas as refeições, lanchinhos e bebidas, incluindo alcoólicas, o dia inteiro, sem limite) -- um padrão internacional em hotelaria de lazer ao qual o Brasil está aderindo rapidamente, sobretudo com a vinda de grupos espanhóis e portugueses (o Miramar é de um consórcio luso-espanhol).
Mas não, o Miramar não é um resort de luxo. Em termos de estrutura e conforto, ele atua mais ou menos na mesma faixa que os italianos Ventaclub (Serrambi e Pratagy) ou o português Oásis Atlântico da Praia das Fontes. A vantagem é que tudo é novinho e a praia, Ponta de Mangue, é realmente cinco estrelas (mar calmo e azul-turquesa, com piscinas naturais que podem ser alcançadas a pé na maré baixa).
Apesar de não ser imponente como o Iberostar, muvucado como o Breezes ou bem-decorado como o Enotel ou o Vila Galé Marés (para ficar só no âmbito dos all-inclusive), o Miramar tem, sim, um elemento de destaque: a piscina, que serve como um espelho d'água para uma ala inteira do hotel -- ao estilo dos resorts de Muro Alto, em Porto de Galinhas.
Os apartamentos não são grandes, mas todos vêm equipados com sofás que se transformam em camas extras. A iluminação é toda fluorescente.
A ala da piscina tem "bangalôs" com quatro apartamentos cada. Fora da área da piscina principal há predinhos (já existem quatro, estão construindo outros tantos) cujos apartamentos têm sacadas; essa área também tem piscinas "auxiliares".
Esqueci de verificar as marcas das bebidas oferecidas (em all-inclusives, esse é um bom indicador da qualidade geral da alimentação). Mas me lembro que os leitores que se hospedaram por lá elogiaram a comida. À noite sempre há shows, seguidos de música para dançar na boate.
Além da luz branca, o que não gostei no Miramar foi o que eles fizeram com a área de praia. Enquanto a piscina é bem cenografada, a área de praia parece largada.
E a beira-mar, então, é um pecado: construiram um calçadão (!!!) e um muro de cimento.
Em 2007 isso não é coisa que se faça. Um deck de madeira e a reconstituição da restinga seriam muito mais indicados para dar conforto aos hóspedes e proteger o terreno das ressacas e do avanço do mar.
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