Ontem fui à Livraria Cultura do Conjunto Nacional para o lançamento d'As Doceiras, o novo livro de receitas de minha querida amiga Carla Pernambuco, desta vez em co-autoria com a gracinha da Carolina Brandão (que também é chef no Carlota) e com textos hilários de outra grande amiga, Tetê Pacheco.
(Acima, a Carla e a Carolina. Abaixo, a Tetê e a Carol)
(Acima, encontro estrelado: Carla Pernambuco e Emmanuel Bassoleil)
Provando que se trata de uma família muito talentosa, as fotos são do Nando (Pernam)Buco, e as ilustrações, da joalheira Floriana Breyer (que é filha da Carla, e tão bonita quanto as jóias que cria).
(Acima, o Nando. Abaixo, a Floriana)
O problema de ir a uma noite de autógrafos de um livro da Carla é que não dá pra não experimentar, nem pra não repetir várias vezes, tudo o que lhe for oferecido.
(Ei... Cê não quer pegar mais um toicinho do céu de pistache pra mim, que eu tô com vergonha?)
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Para quem perdeu o vídeo de divulgação do livro, aqui vai de novo (até porque o final do vídeo foi reeditado e aquele link caducou).
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=TFyDSL58fvg]
E como curiosidade, este é um dos prefácios do livro, escrito por mim sob o efeito acumulado de dez anos de suflês de goiabada e petits-gâteaux de doce de leite.
Eu me lembro exatamente do dia em que percebi que o restaurante da minha amiga Carla Pernambuco era mais do que simplesmente um lugar agradável com um cardápio repleto de comidinhas que eu adorava. Nesse dia caiu a ficha de que o restaurante da minha amiga, aberto há tão pouco tempo, já era merecedor de um superlativo – baseado não em laços pessoais ou nas idiossincrasias do meu paladar, mas em pelo menos uma década de pesquisas de campo:
- Carla, o teu restaurante tem A Melhor Carta De Sobremesas Da Cidade.
(Foi assim mesmo. Falei todas essas palavras com iniciais maiúsculas.)
E olhe que naquela época ainda não havia o petit-gâteau de doce de leite, nem o pudim de fruta-do-conde, nem o abacate brûlé, nem a Carolina Brandão para ajudar a inventar essas coisas.
As estrelas da carta de sobremesas ainda eram o (mitológico, hoje em dia) suflê de goiabada, a brownie, a tarte Tatin e uma cheesecake que conseguia ser melhor do que a memória que alguém pudesse ter das cheesecakes de Nova York.
Pois justo nesse dia do superlativo eu inventei de me demorar em elogios à tal da cheesecake. Que a cheesecake era isso. Que a cheesecake era aquilo. Que não havia cheesecake igual na cidade.
No que a Carla comentou:
- A cheesecake não sou eu que faço. Eu compro da Isabela Suplicy.
Conclusão: ela sabe fazer e sabe quem faz. Você não poderia estar em melhores mãos. Bom proveito.
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