É um momento repleto de emoções contraditórias. Você está feliz de ter chegado mas, ao mesmo tempo, apreensivo: como é que eu saio daqui? Onde é a fila certa do táxi? Para que lado fica o trem, o metrô, o ônibus? A propósito: tem alguma dessas coisas?
Meu momento mais tenso foi num desembarque em Katmandu, no Nepal, quando ao pôr os pés fora do aeroporto fomos atacados por marmanjos que ficaram disputando as nossa bagagens para ver quem nos levava ao hotel.
Meu momento mais tranqüilo foi quando desci em Nova York numa madrugada de dezembro e encontrei, olha que coincidência, um sujeito com uma placa onde se lia "RICARDO FREIRE". Fui até o cara só para dizer olha, que engraçado, eu também me chamo assim -- e então descobri que o trânsfer era para mim mesmo, arranjado por um amigo poderoso.
Comigo os maiores contratempos costumam acontecer na volta.
Uma vez, em Madrás, na Índia, depois de muito esperar por um táxi, acabamos pegando um auto-riquixá (o equivalente indiano do tuk-tuk tailandês) para o aeroporto; e não é que o desgraçado quebrou no caminho? Ainda bem que, justo nessa hora, passou um táxi vazio.
Outra vez, na época do real 1x1, resolvi economizar 35 dólares de táxi ao aeroporto Charles-de-Gaulle, em Paris. Só que a minha mala era pré-rodinhas, e a gente estava carregado de sacolas de compras. Sabe quando acaba fazendo baldeação naquela estação em que você anda 20 minutos sem parar por debaixo da terra? Pois foi o que aconteceu.
(Naquele momento eu formulei o Postulado da Economia sem Mixaria para trânsfers em geral. Recomendo o seguinte: na chegada, vá de trem, ônibus ou metrô até o lugar onde você faria a primeira baldeação; então pegue um táxi até o hotel. Na volta, o contrário: vá de táxi até o lugar da última baldeação e continue pelo transporte de massa.)
E você? Tem histórias boas de trânsfer para contar?
Tem dicas quentes sobre chegadas em aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias para passar adiante?
Já usou trânsfer de pacote e deu tudo certo? Já usou trânsfer de pacote e foi um saco?
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