Em 1790, o francês Xavier de Maistre, em prisão domiciliar de 42 dias devido à participação em um duelo em Turim, escreve um clássico da paródia: Viagem ao Redor do Quarto, em que explora com olhos estrangeiros todo o vasto território entre as quatro paredes de sua alcova.
(Eu ainda não li. Lembrei que preciso.)
Semana passada, um outro Mestre, o Beto Paschoalini, cantou a delícia de viajar sem sair de casa. Em Santos, o Beto e a Teté têm janelas escancaradas para o Orquidário. Mas não basta ter vista. É preciso saber viajar na janelinha. Tipo:
Além dos pernilongos, aedes aegyptis, mariposas e algumas baratas cascudas desgovernadas, nossa janela às vezes recebe a visita de um beija-flor, para gáudio de um serial killer que eu crio a pão-de-ló. (...) Já resgatei um pobre coitado cheio de penas, vivo, mas com os dias contatos, de dentro da boca do elemento. Atordoado, o incauto passarinho estava petrificado e levou uns bons segundos pra perceber do que se livrara. Com os olhinhos arregalados, olhou pra mim, viu deus, bateu as asas e voou com as perninhas completamente bambas.
Para ler o texto completo, ver o resto da vista, e a foto do lindinho do serial killer de beija-flores, clique aqui.
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