Comentarista de Fórmula 1 recomenda: quando viajar de carro na Europa, vá devagar

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Em sua coluna de anteontem no ig, Reginaldo Leme conta o seu caminho para o GP de Mônaco: chegou em Barcelona e pegou um carro.

Leme sabe, porém, que as estradas mais bonitas da Europa não são pistas de corrida. E que tours europeus de carro ficam mais interessantes quanto mais você tem tempo para gastar.

Nas palavras dele, já no primeiro parágrafo:

Viajar de carro na Europa é um ótimo programa. Quem já fez, sabe bem disso. Para quem não fez, o meu conselho é um bom roteiro, um bom carro e tempo de sobra, pra poder parar onde der vontade.

É o que eu sempre digo: se o seu tempo está cronometrado, ou se está cumprindo um roteiro que não aceita desvios, vá de trem (ou ônibus). Você não se estressa à toa, nem se impõe metas impossíveis de atingir.

Um exemplo claro: botei o roteiro do Reginaldo Leme no ViaMichelin (é o itinerário que está ilustrando este post). No papel (e na tela), são meros 750 km. Mas na vida real, você precisa de peeeeelo menos uma semana para reparar no que tem pelo caminho…

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Europa: avião, trem ou carro?

28 comentários

As dicas do Andre são excelentes. Eu particularemnte não gostei do carro a diesel, que aluguei – e olha que era um mercedes – pois achei meio barulhento e um pouco sem desempenho para viagens longas. Mas isto foi há 5 anos, pode ser que já tenha melhorado. Outra dica importante: Evite problemas! Em cidades grandes, se voce for dar uma voltinha e o carro estiver com bagagens, deixe no estacionamento pago, e não na rua. É caro (da 10 a 30 euros por dia) , mas já vi muitos e muitos relatos de furtos de malas, pois os meliantes vem a placa do carro, e sabem que é de outro pais, assim ele é mais visado.

    Eu aluguei um a Diesel em Portugal. Foi baratíssimo, inacreditavelmente econômico e economizei no abastecimento (nem precisava, pois fez 40km/l).
    MAS, é barulhento em baixa velocidade, poluente e ecologicamente inadequado.

Olha que legal: hoje mesmo meu marido falou que gostaria de conhecer Mônaco ( sim, por causa da F1). E agora leio este post! Muito inspirador, e ainda pelo litoral, paisagem que eu amo! Obrigada Riq! Beijinhos.

Eu fiz parte deste roteiro em dezembro com a diferenca que dei um “pulinho” em Carcassone e fiquei mais no interior da Provence. Simplesmente muito lindo, uma viagem pra se fazer mais de uma vez 🙂

Oi Ricardo e leitores

Primeiro devo dizer que amo seu blog. Entro todos os dias além de te seguir no Twitter . Suas dicas e dos leitores são ótimas e já me ajudaram muito nas minhas viagens. Moro em Abu Dhabi nos Emirados Árabes e pretendo( com meu marido) sair de férias na segunda metade de junho ( pra fugir do inferno do verão ) vou passar 10 dias no Brasil e depois estava pensando em passar 6 dias na França na região da Bretagne alguem poderia me dar algumas dicas?
Obrigada

    Vanessa,

    Do Mont Saint Michel não precisa nem falar né. A única recomendação que eu faria é dormir dentro do monte. Paga-se um pouco mais caro, mas a sensação de ter o monte só para você a noite compensa.

    Saint Malo, logo ali do lado, é muito turística e tem um centrinho intramuros interessante. Mas não acho grande coisas assim não.
    Prefiro Cancale que também fica perto e é famosa por suas ostras. Se quiser comer muito bem reserve um almoço ou jantar na Maison de Bricourt.
    Sem sair dessa entrada da Bretagne tem também Fougères e Dinan que valem a visita.
    Mas se quiser realmente adentrar a Bretagne, que tem uma cultura fantástica e paisagens lindas. Uma cidadezinha que me fascinou foi Plougrescant. Tem várias outras no mesmo estilo. A Cote du Granite Rose é toda bonita.
    Se tiver tempo para atravessar para o sul da Bretagne Pont Aven, próximo a Quimper, é uma cidadezinha super charmosa e famosa por seus ateliers. Dali você pode voltar a Paris pelo Vale do Loire, ou devolver o carro e Nantes e pegar um vôo ou TGV.

Em relação à definição de “roteiros” para viajar de carro, vou dar algumas opiniões (OBS: eu adoro viajar de carro e minha tendência de trocar o trem de alta velocidade pela autoestrada também é alta, tempo permitindo).

1. GPS. Sim, ele é uma mão na roda para mostrar o caminho de saída de determinada cidade ou para identificar a conversão exata em uma estradinha rural não sinalizada. Todavia, não esqueça do bom e velho ATLAS RODOVIÁRIO (os melhores na Europa sao os da série Michelin). Eles mostram com uma riqueza de detalhs as tais rotas panorâmicas, as estradas que por si só são bonitas o suficiente para justificar o desvio. Aí, você programa o GPS para esses roteiros, ao invés de digitar Hotel X na cidade Y – o que quase sempre te dará um roteiro em autoestradas para dirigir a 130 km/h. Se possível, alugue um GPS que funciona também como mapa, não apenas aquele em que vc digita o endereço e ele mostra esqueminhas do tipo vire à esquerda, siga em frente.

2. Sinais de trânsito básicos na Europa. Existe um conjunto básico de sinais que são usados em toda a União Europeia e que vale a pena conhecer. O site https://www.ideamerge.com/motoeuropa/roadsigns/ é meio desatualizado no restante, mas se vc descer a navegação terá a lista dos sinais de trânsito. As principais diferenças do Brasil dize, respeito ao sinal de “proibido transitar”, que é um círculo com borda vermelha e fundo branco (e aí se a proibição for só para caminhões, por exemplo, será um círculo de borda vermelha, fundo branco e um caminhãozinho); “proibido ultrapassar”, que é o mesmo círculo com um carro vermelho e outro preto; direção proibida, que é um círculo todo vermelho com uma linha branca central, e os sinais de conversão, que ao invés de mostrarem o que é proibido, mostram o que é permitido e são postos em fundo azul. Enfim, tem outros detalhes fáceis de aprender em um mini-curso de sinais de trânsito de meia-hora mas não dá pra colocar aqui.

3. Estacionamento. A principal fonte de perrengues para motoristas desavisados. Exceto em cidades pequenas e no campo propriamente dito, presuma que estacionar na rua sem pagar ou ter uma autorização é proibido: procure um parquímetro (você coloca moedas e sai um ticket com a hora até a qual você está autorizado a ficar), ou um estacionamento pago com aquelas placas P em sinal quadrado com fundo azul. Não custa horrores, e você fica tranquilo.

4. Estradas cênicas e “mountais passes”. Comentei em cima sobre os atlas que põe um destaque nas estadas cuja paisagem por si só é atrativa. Valem realmente a pena os desvios, pois a “faixa de domínio” aqui é muito bem cuidada, nada de lixo, caçambas e mato alto. Em algum casos, a faixa de domínio é inexistente porque tem um paredão de rochas de um lado e um abismo do outro. Mas tudo é bem sinalizado. Os “mountais passes” são os pontos mais alto de estradas que cortam cadeias de montanhas, em geral precedidos e sucedidos por longas séries de curvas. Se o estômago vai bem (falo de até 42 curvas para subir e 35 para descer como fiz semana passada indo pra Cortina d’Ampezzo aqui na Italia), as paisagens são in-crí-veis, mas reserve tempo para isso e, claro, não se meta a subir uma estrada a 2.700m no inverno (os bons atlas indicam em que meses do ano essas estradas mais altas fecham).

5. Paradas gastronômicas, museus inesperados, cidades (in)comuns. O mais legal de ficar viajando de carro é exatamente a flexibilidade de descobrir lugares que ficam fora das principais dicas turísticas porque são afastados, remotos, difíceis ou impossíveis de chegar com transporte público ou simplesmente tratados como ‘comuns’. Você pode dar de cara com uma vilinha medieval que nào imaginava existir, um museu sobre aquele tópico que te fascina, um campo de girassóis ultrafotogênico ou uma igreja barroca que recebe visitantes quase toda para você. Além disso, quem aprecia a “culinária local do dia a dia” tem uma chance única de apreciar pratos e guloseismas locais.

6. Separe claramente os trechos “a conhecer” dos trechos “a percorrer”. Se a viagem tem distâncias longar a percorrer, faça uma distinção entre os dias/locais em que vai usar bastaaante tempo para conhecer paisagens locais e outras coisas, dos trechos em que você vai simplesmente “se deslocar”. Nesses últimos, escolha as auto-estradas e vá em frente. A idéia de “oba, estamos passando por Bordeaux, vamos entrar pra ficar meia hora e ver como é” não funciona e estressa.

7. Hotéis estrategicamente posicionados. Se você vai explorar uma região por vários dias e quer economizar, escolha hotéis que tirem o melhor proveito da sua “motorização”: na estrada ou com fácil acesso às rodovias. No Brasil, qualquer hotel 2 estrelas tem um pátio ou um matagal onde você pode estacionar seu carro, aqui na Europa hotéis em centros históricos simplesmente não tem nada. Então, aproveite que você está de carro e pague BEM menos em um desses hotéis de estrada se, que não tem tanto charme, te colocam na posição ideal para explorar os lugares.

8. Carro a diesel. É um detalhe, mas com exceção da Suíça, o diesel é muito mais econômico de ser usado em todos os outros países da Europa e, como não existe no Brasil carro de passeio a diesel, quase sempre associamos a pergunta do atendente da locadora “prefere diesel” com a oferta de uma caminhonete ou algo grande.

9. Reserve com inteligência e descole upgrades em locadoras. Para aluguéis de curto período (menos de 10 dias), fuja da agência de turismo e faça você mesmo o serviço de casa. A Europcar (www.europcar.com / .it / .fr /.nl) é uma das mais competitivas e tem uma rede de atendimento legal. A autoeurope.com oferece preços excelente e pré-pagos e, o que é mais legal, sempre tem promoções que incluem isenção de franquia ou, no caso de Itália, França e Alemanha, ausência de tarifas para vc pegar o carro em uma cidade e devolver em outra NO MESMO país. De qualquer forma, fica a dica: ao reservar, pule a primeira ou segunda categoria de minicar ou econômicos e reserva uma logo acima. A diferença em Euros é pouca, mas o fato é que a maioria dos escritórios dessas agências não tem tanta variedade de carros assim (ao contrário dos EUA), e é provável que te ofereçam um upgrade sem cobranças a mais se você reservar uma categoria no meio entre os carrinhos e os full-sedans ou “carros de família”.

Bom, é isso, espero ter ajudado na dúvida de alguém.

Ah, prometi um retorno sobre a gripe suína no Reino Unido, mas como já reportaram, está tudo normalíssimo, e eu até esqueci. Só tinha uma japonesa de máscara em um castelo, e todo mundo olhou estranho pra ela…

Tá em cima da hora, e não tem nada a ver com o assunto, mas aí vai mais uma pergunta sem noção. Heeelp, de novo.
Consegui finalmente convencer o marido a ir assistir um musical em Londres (onde chego daqui há alguns dias). Não quero nada muito diferente ou muderno, não – só um musical legal, que não seja muito “de mulherzinha”, e cuja história seja conhecida (o marido tem medo de não entender o inglês). Ah, e que não tenha fantasias muito ridículas (é pedir muito?). O único musical que já assistimos ao vivo foi o Fantasma da Ópera, em SP. O marido adorou Andrew Lloyd Webber, mas só tem o Fantasma e duas outras peças meio desconhecidas dele em cartaz (o que não obedece o critério da história conhecida, dã). Algum palpite? E além da sugestão de musical, alguma de site para compra de ingressos? Muitissimo obrigada!

    Não tenho nenhuma sugestão Dani , mas fiz uma telepatia pra tu apareceres e responder o questionario pra faturar 30 livros do Riq ( sou tua sócia nessa viu ?)
    Juizo hem ? 😆 :lo: Abçs no chefe !

    Dani, se vocês não viram o filme, eu sugiro Mamma Mia, que é sensacional (achei o filme bobinho e chato, mas tinha achado a peça bobinha e óóóóótima).

    Opção número 2 seria Billy Elliot, de que falam muito bem também.

    A página do Visit London de teatro tem link para comprar. https://www.visitlondon.com/events/theatre/

    Dani S., eu, que não confio nada no meu inglês, assisti a 2 musicais em Londres:
    – Stomp: não tem texto, só mímica e música mesmo, então, não tem erro;
    – Billy Elliot: sobre um menino que quer ser bailarino, mas a família não deixa. Vcs podem ver o filme de mesmo nome e já ir conhecendo a história (não se preocupe q isso não estraga a peça, as músicas, por exemplo, não são as mesmas do filme). Tanto o filme quanto a peça são dirigidos pelo Stephen Daldry, que concorreu ao Oscar de diretor esse ano por O Leitor (aliás, ele tb concorreu pelo próprio Billy Elliot e por As Horas).
    O Fantasma da Ópera é sempre ótimo. Uma amiga viu esse ano em Londres e adorou, mesmo já tendo visto em São Paulo.
    Eu comprei os ingressos lá mesmo. Só não deixe de ir ao teatro por causa da língua!

    Obrigada! O marido adorou a idéia do Mamma Mia (a gente não viu o filme).
    SYLVIA: é lóooogico que já respondi o questionário. O comandante manda, a gente obedece :mrgreen:
    E a sua telepatia funciona, mesmo!

    Eu assisti do Andrew LLoyd Weber – “Whistle down the wind”, que não sei se continua em cartaz. É ótima com direito a coro de crianças e mistura de rock e pop.
    Eu adorei “The Miserables”, mas tem bastante texto.
    “Mamma Mia” vi em Madrid, é pura diversão!
    Beijos

    Dani, eu também voto em Mamma Mia! Vi em NY em fevereiro e achei uma delícia… Como o Riq, eu também não tinha curtido o filme.

Depois de quase 1 ano de pesquisas estou embarcando neste fim de semana pra Paris. Fico 8 dias na Cidade Luz e 2 dias no Loire; e passeio a Reims de trem. É nossa primeira vez na Europa e vou em lua de mel : 30 anos de casados, eu e a Sin. É claro que fizemos o roteiro com a ajuda de vocês, dos posts e dicas do Riq e dos comentários e dicas dos trips. Estamos muito emocionados e alegres e quero compartilhar desta alegria com todos os que nos ajudaram e com todos que participam deste maravilhoso VnV. Au revoir, a bientôt !!!

    Parabéns aos dois pelo aniversário , e tenham certeza de que terão dias maravilhosos !!! Não esqueçam da gente na volta ,
    e contem as aventuras 🙂

    Uma excelente viagem p/ vcs ! E parabéns pela data! Curtam bastante e depois contem tudo pra gente.

    Riq, Silvia, Marcie, Denise, e a todos. muito obrigado pelos cumprimentos. Agora à Paris. Fui.
    Wander e Sin.

😆
😆
É isso mesmo , e tb vale pra quem estiver sem carro .
Me lembrei de uma amiga que perguntou , quanto tempo levaria pra caminhar de A pra B em Paris . E a resposta foi : bom.. depende , se fores de olhos fechados , mais ou menos uma hora 😎 , mas pensa em no minimo meio-turno ( e coloca um despertador ) 😉

Delícia de roteiro!!! Com uns 15 a 20 dias pra curtir, então, ficaria no ritmo perfeito… 😉

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