Hotéis não deveriam cobrar pelo wi-fi: “é como cobrar pela luz”, diz analista

wifizone

O melhor artigo que descobri esta semana no Twitter foi jogado na rede pelo Leandro Meirelles Pinto, do Urbanistas.

Jeremiah Owyang, analista de mídias sociais baseado no Vale do Silício, publicou em seu blog Web Strategy um post com o apelo “Hotéis, não nos cobrem pelo wi-fi“.

O que eu achei interessante é que, além da constatação, já feita por qualquer um de nós, de que hoje em dia conexão permanente à internet é tão essencial quanto uma TV que funcione ou um chuveiro que esquente, Owyang nota que os hotéis estão perdendo oportunidades de negócio ao cobrar pela internet.

Acompanhem o raciocíno do cara:

Se o hotel me oferecer wi-fi grátis — como já se deram conta os inúmeros cafés que oferecem conexão a seus clientes — eu naturalmente vou ficar mais tempo (e gastar mais dinheiro) no hotel. Vou usar seu bar, seu restaurante, vou fazer reuniões de negócio por ali mesmo. Vou usar meu smartphone na piscina, vou inventar o que fazer com as crianças dentro do hotel.

O artigo prossegue com sugestões de como usar as mídias sociais para fidelizar os clientes e fazer do hotel o centro da experiência de viagem do hóspede.

E termina com outra verdade dos novos tempos: tem muita gente que escolhe o seu hotel pela banda larga grátis.

Nos comentários, muitos dizem que já não sofrem mais com internet cobrada no hotel; que já levam o seu modem celular. Esse já é o meu caso; para não me aborrecer, já ligo o modemzinho da Tim direto, às vezes sem nem perguntar na recepção (mais ou menos como já fazemos com o celular, sem usar o telefone do quarto). Mas a notícia de que o wifi é grátis é algo que aumenta SOBREMANEIRA a minha simpatia pelo hotel.

Esta, aliás, é uma ótima vantagem que pode ser explorada pelas pousadas. Nunca vi uma pousada cobrar por wi-fi (normalmente elas cobram pelo uso do computador, até para ninguém estacionar nele a vida toda). 

Pousadas que têm banda larga sem fio devem anunciar isso grande na página de entrada de seus sites. Tem cada vez mais gente que não pode se dar ao luxo de ficar desconectado no fim de semana ou nas férias. (E muita gente também que pode fazer convenções-do-eu-sozinho — imersões de trabalho num lugar tranqüilo, desde que ofereça conexão.)

72 comentários

Essa cobrança pelo uso do wi-fi é irritante mesmo… Nas 2 viagens que fiz aos EUA tive wi-fi gratuito nos extremos – no luxo do Hotel On Rivington (onde o uso do Mac comunitário também era gratuito – se é que se pode considerar qualquer coisa gratuita quando a diária do hotel é de US$ 450!) e no Howard Johnson fuleirinho onde fiquei em Orlando. Já no Salisbury, em NY, a diária do wi-fi era de US$ 10…

HOTEIS CAROS QUE COBRAM X HOTEIS BARATOS QUE NÃO COBRAM -. Acho que o que ocorre é que hotéis econômicos começam a ver o wi-fi quase como uma necessidade para não serem “desqualificados”, especialmente os que são frequentados por gente que trabalha. Assim, como wi-fi, especialmente se for aberto para todo mundo sem restrição, é algo relativamente barato, todos acabam implementado.

Hotéis mais caros vêem isso como uma oportunidade de faturamento “a la carte”. É um fenômeno mundial que, na minha modesta opinião, é a consequência inesperada da popularização das ferramentas de busca online de preços de passagens, hotéis e carros: para “chamar a atenção” do possível hóspede, o hotel precisa oferecer uma tarifa bem baixa para poder atrair a atenção ou pelo menos aparecer na janelinha do site consolidador. Depois, cobra-se tudo: de tarifa para pagar com cartão, preços extorsivos de frigobar, Internet etc. Até que surja um movimento desses grandes sites de permitir buscas por tarifas que incluam certos serviços mais ou menos universais, acredito que a prática continua.

Isso me faz lembrar, segundo que conta (pois não sou dessa época hehe) minha família e alguns amigos, do tempo em que você podia viajar e pagar um “suplemento” para ter televisão “A CORES” no quarto ao invés de preto-e-branco.

Por outro lado, grandes redes como a Accor terceirizaram o servicó de Wi-Fi, aliás, isso ocorre profusivamente aqui na Europa, e as empresas que fornecem o serviço cobram caro em geral, e em geral pagam ao hotel um valor para poder oferecer com exclusividade o serviço. Mas a tendência, na minha opinião, é meio irreversível: assim como você não paga para ligar a luz ou tomar banho quente, daqui algum tempo não pagará para usar a Internet porque ficar em um quarto sem Internet será como ficar em um quarto sem água quente: inaceitável.

Em dia de feriado nacional (Dia de Portugal), peço desculpa por colocar aqui um tópico fora do caminho. Com o fuso horário diferenciado, acabo por nunca estar em sintonia convosco e gostava que o tópico ficasse “ao de cima”.
Lembram-se de há um tempo atrás o Ricardo ter trazido aqui as votações das 7 Maravilhas do Mundo e as 7 de Portugal?
Pois agora por cá uma nova votação está a ter lugar – as 7 Maravilhas Portuguesas fora de Portugal.
https://www.7maravilhas.sapo.pt/
Como é habitual é mais uma iniciativa embrulhada em polémica (como tudo por aqui…) – os textos que acompanham os monumentos não fazem referência a aspectos menos positivos da diáspora como, por exemplo, a escravatura, e isso tem suscitado oposição de alguns historiadores lusos e outros estrangeiros que se interessam por estes temas. A mim choca-me ainda mais o estado altamente degradado de muitos desses edifícios. Mesmo com uma leitura crítica dos mesmos seria interessante que estivessem preservados, pois a história não se rescreve mas nem por isso pode ser ignorada (o apagar da memória leva à ignorância).
Trouxe o tema aqui pois alguns dos edifícios em “concurso” estão no Brasil e, se calhar” já foram por vós visitados.
E lá vou voltar à correcção de provas, pois o fim do ano lectivo está à porta.

    Isabel O., que delícia “ouvir” você por aqui (sou mais uma fã do seu português caprichado)! Achei muito interessante o concurso e seu objetivo, uma vez que os portugueses espalharam sua arquitetura por todo o globo. Mas concordo com as críticas…

    Eu tb sou fã confessa do português-português (e não brasileiro) da Isabel. E “tópico fora do caminho” me caiu tão bem que nunca mais uso “off-topic”! 🙂

Moro em Genebra, na Suíça e viajo bastante pela Europa principalmente a trabalho. Já cheguei a pagar €14 ou £9 por uma hora de acesso a internet a alguns anos atrás. Hoje a agência de viagem que prepara mihas viagens já sabe. Só fico em hotel que ofereça o acesso grauito. Perdem os hotéis que (ainda) não o fazem…

Olá Ricardo Freire : É a primeira vez que comento no seu site e devo dizer que tenho me dado muito bem, aprendendo com as suas dicas e “sacadas” de viagem.Sou do Paraná e por aqui a maioria dos hotéis, principalmente os estrelados, cobram muito caro pelo uso do wi fi. Em compensação, muitas lanchonetes daquelas tipo drive-in tem internet banda larga de graça! Vai entender. Sigo acompanhando e colaborando se for possível.Digo colaborando, pois já publique algumas fotos de viagem no site da Constance Escobar e acho que um dia poderia publicar no seu também.Disponha,

daniel martinon * fotógrafo

O que me irrita aqui na America do Norte, é que os hoteis mais caros (os 5 estrelas) são os que cobram pelo uso… e muitas vezes o custo é mais que $15 o dia (um roubo).
Enquanto os hoteis 3 estrelas e de “beira de estrada” não cobram nada (é complementary).
Mas sem dúvida, eu SEMPRE dou preferencia a hoteis com wifi gratuito.
Belo post… até quando os hosteis vão continuar com essa mesquinharia?
Abs,

    Faço minhas as palavras da Mirella. Em meu quase mês pela Califórnia e adjacências, dos sete hotéis em que fiquei, um só foi cobrado. Justamente o mais caro, o Bellagio, em Las Vegas. E o wi-fi era tão caro, mas tão caro, que não usei. Como era minha última cidade, passei quatro dias desconectado e só voltei a ter contato com este blog, digo, com a civilização quando cheguei no Brasil. Nos demais hotéis bastava eu perguntar para ouvir um “sure” como resposta.

    Eu ia comentar exatamente isso. Aqui nos EUA praticamente todos os hoteis 4-5 estrelas cobram pelo wi-fi enquanto que os hoteis baratos oferecem de graca. Uma vez li uma justificativa dizendo que a maioria que fica em hotel 4-5 estrelas esta viajando a trabalho e a empresa nao vai se incomodar em pagar o extra de wi-fi pro cara trabalhar. Sempre fico morrendo de raiva…Ah, e a mesma coisa com cafe-da-manha: quanto mais caro e melhor o hotel, mais raro que o cafe esteja incluido na diaria.

Concordo 100% !
Na minha estada em Jericoacora no Reveillon, apesar do pousadeiro não ser assim uma simpatia, achei simpatississimo o wi-fi ser grátis, assim como o uso do computador da recepção.

Vocês já ouviram falar de um produto/serviço chamado MI-FI? Funciona como uma núvem de WI FI móvel, disponível sempre que você ligar o aparelhinho (do tamanho de um cartão de crédito). A vantagem sobre o modem de celular é que é banda larga mesmo, podendo substituir até o que você tem em casa e pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo!
A maravilha é americana, mas pelo preço que eu vi, vale a pena para substituir o Virtua!

    Não sabia que ele já havia sido lançado! Lena, vc teria mais detalhes do preço? Acho que li que seria algo entre US$ 40 e 60/ mês. Valeu, abç,

    Lu,

    o site é http://www.novatelwireless.com . O legal é que como funciona como um “hotspot”, até 5 laptops podem se conectar. Pelo que li, os preços variam de US$59.99 por mês para o plano de troca de dados ou US$149.99 por mês para um combo MiFi/telefone (este não cabe para estrangeiros).

    Na verdade não sei se eles disponibilizaraim o outro para estrangeiros também, mas que seria possível, seria 🙂

    Ah, existe um custo de aquisição também: US$99.99, para 2 anos de contrato.

    Ish!!!

    Acabei de ver o vídeo de demonstração do produto da CNBC no site que indiquei acima (até então, eu só havia lido uma notícia…). O Mi-Fi NÃO funciona fora dos EUA 🙁

    Vamos torcer para que lancem algo semelhante aqui e não custe um absurdo…

    Ai que pena, Lena, já tava ficando animada e sonhando com minha vingança contra o vírtua…. Sinceramente? Acho que vão demorar horrores para lançar, e quando lançarem, vai ser bem caro. Definitivamente os serviços de comunicação no brasil são ruins e caros.

    Carla, eu tenho o Virtua há 10 anos. Faço até comercial grátis para eles se quiserem…rs
    Lá em casa funciona que é um espetáculo! Acho que neste tempo todo não fiquei fora do ar nem 10 dias.

    Oi Mô! Pois é, o meu também sempre funcionou ok, mas nesse último mês, fiquei quase 20 dias com o serviço de forma intermitente, tive que chamar o técnico vááárias vezes. Como também foi um período que eu estava em casa e acessando direto, fiquei pensando se antes eu não percebia os problemas porque não usava… 😳
    A parte interessante é que me deram um desconto na fatura referente aos dias sem serviço, só que precisei pedir por isso, quando eu acho que deveria ser automático (ok, quer ser feliz muda para a Suiça, né?). E também acho 85 reais/mes caro…

Concordo plenamente. Acabei de voltar da Europa, e o hotel que que fiquei em Praga ( indicado pelo PeEsse) foi disparado o meu preferido. Tinha wi-fi no hotel todo,economizei um bom dinheiro fazendo ligacoes pelo skype. Falando nisso, usei muito meu I-touch para acessar o skype. É uma soluçao e tanto, porque dá pra acessar e-mail e fazer ligacoes sem ocupar nenhum espaço e com peso zero.

Riq,
Eu escolho quando viajo a trabalho hotéis com conexão gratuita.
Eu diria que a quase maioria atualmente possui.
Outro dia em Ribeirão Preto, no hotel que a-do-ro ficar, fiz um sermão na recepção por causa disso.
É a 4ª vez que fico lá e continuam cobrando R$20,00 de diária de internet. Ridículo!
E ainda acho que não é um hotel barato e francamente pega até mal. Parece mesquinharia…
O moço ali tem toda razão. Cobrar pelo uso do pc do hotel é uma coisa, mas pela internet wi-fi ou via cabo do apto é um horror.

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