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Cias. low-cost na Europa: modo de usar

O aparecimento das companhias aéreas de baixo custo revolucionou a aviação na Europa. Nomes como a irlandesa Ryanair e a britânica easyJet são, hoje, megacompanhias pan-européias, que operam inúmeras rotas fora de seus países de origem. Já a espanhola Vueling foi incorporada pela Iberia (com a qual mantém um compartilhamento de vôos), enquanto a Air Berlin é a primeira low-cost a virar membro de aliança (a oneworld).

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O esquema funciona à perfeição para quem mora na Europa e faz viagens curtas. No entanto, para quem sai do Brasil com um itinerário picadinho, as low-cost nem sempre são a melhor solução.

Antes de fechar a passagem mais barata que conseguir e sair comprando vôos low-cost a torto e a direito, faça seu dever de casa:

Pesquise os preços

As pechinchas inacreditáveis de € 10 ou € 20 ainda existem, mas normalmente estão ao alcance de quem recebe os alertas de ofertas por email (é preciso cadastrar-se nos sites) e pode marcar viagens na base do impulso. Pela minha experiência, é difícil voar por menos de € 70. Pesquise as datas exatas no Skyscanner.net (metabuscador que traz todas as low-cost) e no Kayak.com (para descobrir se há companhias convencionais oferecendo tarifas promocionais na mesma rota).

Confira o aeroporto

Algumas low-cost – sobretudo a Ryanair – usam longínquos aeroportos secundários, aonde se chega apenas por ônibus especiais que nem sempre se encaixam direitinho com o seu horário de check-in. Informe-se sobre a distância e o transporte (todos os sites têm uma seção sobre como chegar) e veja se a economia compensa o acréscimo de tempo.


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Promoções sempre valem a pena?

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Pegue leve

Todas as low-cost cobrarão pelo despacho de bagagem, terão limites para bagagem de mão e cobrarão uma fortuna por quilo de excesso. Antes de comprar a passagem, confira no site as regras correntes (mudam o tempo todo, não vale a pena a gente transcrever aqui não, porque desatualiza sempre).

Conexão, não!

Nunca programe um vôo low-cost como conexão para seu vôo de chegada à Europa ou de volta ao Brasil. Como não há vínculos entre as duas companhias, se um vôo atrasar, você perde a passagem do vôo seguinte. Use um agente de viagem para montar a passagem intercontinental chegando à Europa por uma cidade e voltando ao Brasil por outra. (Ou então programe um pernoite na ida e outro na volta, para não dar chabu.)

Rentabilize sua passagem

As passagens intercontinentais costumam conter “gorduras” que podem viabilizar trechos intra-europeus por tarifas semelhantes às das low-cost – usando aeroportos principais, mantendo o seu limite de bagagem e com alguma assistência em caso de atraso. Examinando seu roteiro, um agente de viagem pode achar uma classe tarifária que permita desdobrar sua passagem em mais vôos. Peça um orçamento e compare com o que você pesquisar nas low-costs. Você pode ter uma boa surpresa.


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Compare e escolha:

Qual o melhor meio de transporte na Europa: avião, trem ou carro?

Entenda bem

Não estou querendo dizer que as low-costs não valham a pena — muitas vezes, talvez até na maioria dos casos (sobretudo para quem estiver cadastrado nos sites ou resolver sua viagem com antecedência) a conta deve ficar menor. O meu pitaco é para que você não feche a passagem intercontinental antes de orçar quanto ficaria incluindo os trechos internos. Não esqueça de converter os preços das low-cost para dólar, que é a moeda das passagens intercontinentais. E finalmente, ao comparar os dois preços, procure levar em conta não só o número frio, mas também o custo x benefício (principalmente se os trechos intra-europeus incluírem cias. com limite de bagagem de 15 kg).

Leia mais:

444 comentários

Riq, descobri um site que ajuda bastante nessa história de analisar custos e locomoção de aeroportos menos concorridos (e muitas vezes sem site decente em inglês). É o http://www.inflationbusting.com . É tipo uma versão mais nova, em desenvolvimento, do seat61.

Abril vou usar a vueling de Granada para Barcelona, duas pessoas por 85 euros. Mas, já mudaram o horário do voo e avisaram por e-mail. Espero que tudo dê certo.

    É comum mudarem horário, é um dos inconvenientes das low-cost. Preste bastante atenção nos seus emails.

Bom, eu sempre viajei de low-cost e nunca tive problemas.
So nao arrisco de jeito nenhum a Ryan Air.

Vueling e uma das minhas preferidas! No mes que vem vou viajar de Air Berlin e Smartwings!!

Alias, vou me arriscar um pouco. Meu voo da TAM esta previsto pra chegar em Frankurt as 1500, e meu low cost pra Berlim e as 19h.

se nao houver grandes atrasos, da tranquilo. Espero.

Farei isso, vou tirar com a agente de viagem o aéreo e ficar de olho pra qdo abrir o prazo pra tiras os tickets avulsos por aqui. Obrigada!

Ric,
Estamos para fechar as passagens!!!
Apesar da vontade de incluir mais algumas cidades e quase não acreditando que cortamos a Provence 8-), o roteiro inicial continua o mesmo: Roma, Florença, Bordeaux e Paris.
O único trecho que faremos de avião depois de estarmos lá, será entre Florença e Bordeaux (Será comprado junto à passagem intercontinental)com 1 parada em Paris.
Em Florença acredito que será onde mais iremos fazer os bate e voltas. Um dia para Pisa como foi sugerido no post “Itália para aluna da Carla”, que aliás é meu post favorito e o que me fez chegar aqui no blog. 😉 Passando em San Gimignano. Um dia a Siena e outro a Cinque Terre.
Depois conforme sua dica tbm, faremos Bordeaux a Paris de trem. Em Paris o máximo que faremos, além de curtir cada momento a cidade, é um bate e volta a Reims.
Você acha que compensa adquirir um passe de trem ou comprar tickets avulsos para os trechos de trem? As viagens que faremos na região de Florença, caso decidirmos pelo passe, tbm poderão ser feitas com ele? Ou só compramos os trechos principais Rom-Flo e Bor-Par por aqui, e deixamos o restante para decidir lá?
ps. Vou tirar as passagens desde sao paulo pelo site da Decolar, acho que sem problemas, né?

    Acho que para fazer essa passagem pelo Decolar (múltiplos destinos) você vai precisar de assistência por telefone. Não sei se dá pra fazer na ferramenta online. É uma passagem melhor resolvida por humanos. Eu faria com um agente de viagem.

    Passes dificilmente valem a pena. Comprando os trechos avulsos com antecedência vocês conseguem preços melhores.

Amigos,
nem viajei e ja estou assustado com as low coast, a minha passagem ja esta comprada porem cometi um equivoco e nao inclui as bagagens, alguem pode me informar como inclui-las após a aquisiçao da passagem ?
Obrigado

    Acho que depende da cia., Henrique. Volte ao site e tente acessar a sua reserva. Tudo o que você fizer online vai ser mais barato do que no aeroporto.

    E não se apoquente! Tudo vai dar certo :mrgreen:

Ric,
Muitíssimo obrigada pelas dicas. Vou pesquisar todas as opções que me passou. Tenho agendada visita a uma, não duas, agências para decidir com qual vamos tirar as passagens, além disso, pesquisando por conta tbm. Mas a luz inicial já se acendeu! Obrigada.
Karina

Ric, minha primeira vez aqui (comentando). Eu e o marido vamos fazer nossa primeira viagem para França e Itália de 15 dias em Maio. Estamos na fase de pesquisar, passagens, hotéis ou Hostels, roteiros, tudo pra conseguirmos conhecer as cidades e regiões que queremos (Roma, Florença, Bordeaux e Paris) com o orçamento que temos. Pensamos em fazer a viagem nessa ordem das cidades, sendo que o único trecho feito por avião, seria entre Florença e Bordeaux pela distância, o restante seria por trem, para podermos curtir mais o “ar” dos lugares que passarmos e não ficarmos em aeroportos. Como será nossa primeira viagem à Europa e por causa do orçamento, estamos um tanto perdidos por onde começar, primeiro compramos as passagens e depois vamos reservando hoteis/albergues? Esse roteiro que planejamos seria o mais viável? Se puder dar seu pitaco, ficaríamos muitíssimo agradecidos.
Karina

    Sim, Karina, comece comprando a passagem.

    Procure um agente de viagem, porque é uma passagem complicada.

    O melhor negócio a fazer é comprar uma passagem com chegada em Roma e saída de Paris — Brasil-Roma//Paris-Brasil. Qualquer cia. que vá à Europa pode vender uma passagem assim (se for Tap, ficaria na prática Brasil-Lisboa-Roma//Paris-Lisboa-Brasil; se fosse British, ficaria Brasil-Londres-Roma//Paris-Londres-Brasil, e assim por diante).

    O mais confortável seria fazer pelo grupo Air France-KLM-Alitalia, porque daí você conseguiria chegar em Roma (num vôo Alitalia) e voltar desde Paris (num vôo Air France) sem baldeações. Mas essa provavelmente também deve acabar sendo a alternativa mais cara (como regra geral, para a Europa, vôos diretos são mais caros que vôos com conexão).

    Entre Roma e Florença vá de trem, claro https://www.trenitalia.com, passagens compradas com 60 dias de antecedência

    Entre Bordeaux e Paris, trem também https://www.voyages-sncf.com, passagens compradadas com 90 dias de antecedência

    Entre Florença e Bordeaux você tem várias opções.

    A mais confortável: voltar pra Roma de trem e pegar o vôo direto diário da Alitalia/Air France que faz Roma-Bordeaux direto. Esse vôo deve ser incluído na sua passagem intercontinental (ficaria Brasil-Roma-Bordeaux//Paris-Brasil), e deve ficar mais barato se você voar Alitalia-Air France desde o Brasil.

    Ainda de avião: dá para voar de Florença, Pisa ou Milão a Bordeaux com conexão em Paris. Isso também deve ser incluído na sua passagem intercontinental.

    Se quaisquer um desses vôos encarecer demais a sua passagem, você pode voar de low-cost de Pisa ou Milão ou Roma a Paris (veja em https://www.skyscanner.net ) e seguir de Paris a Bordeaux de trem.

    https://www.viajenaviagem.com/2009/06/trem-na-europa-qual-e-a-antecedencia-necessaria-para-conseguir-as-tarifas-promocionais/

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