[caption id="attachment_4661" align="aligncenter" width="450" caption="Palermo Soho"][/caption]
Eu sou você amanhã. Antes era o Efeito Orloff, daqui a pouco vai ser o Efeito Tamiflu.
À medida que a gripe suína vai chegando ao Brasil -- trazida não por turistas, mas pela proximidade geográfica, pelo inverno, pelos caminhoneiros, pela vida, enfim -- vai ficando cada vez mais claro que evitar o contágio tem mais a ver com os cuidados que você toma do que o lugar para onde você vai.
A Laura Brum Doval, que faz o ótimo blog da agência de turismo receptivo Celeste, de Buenos Aires, acaba de pôr no ar um excelente post sobre como está a rotina de Buenos Aires.
Além de servir como fonte de informação serena e equilibrada para quem vai à Argentina, o post da Laura também dá um trailer do que pode ser a nossa rotina na parte de baixo do Brasil ainda neste inverno.
Férias de julho começando, cambio extremamente favorável e Buenos Aires sem turistas brasileiros. Só uma epidemia mesmo para fazer isso.
(...)
A epidemia está completando 4 meses e creio que todos já buscaram informações sobre prevenção, formas de contágio, já cansaram de ler e ouvir estatísticas diariamente. A gripe suína é uma realidade tanto na Argentina como no Brasil, como em dezenas de outros países e cada um está adotando suas próprias medidas de precaução. Cada um com seus critérios, com a informação que julga importante, com mais ou menos atenção aos conselhos médicos e ao pânico da mídia.
Creio que minha única contribuição relevante é dizer como está a rotina na Argentina.Muitas pessoas estão preferindo atividades ao ar livre e evitando aglomerações e locais fechados, mas há os que não estão deixando passar as liquidações e lotando os shoppings da cidade.
Os espetáculos teatrais, suspensos por duas semanas, já estão em cartaz novamente e a calle Corrientes segue fervendo todas as noites.
Tem gente de máscara na rua, mas a maioria não usa.
Tem gente que não sai de casa, e gente que lota os restaurantes de Palermo nos fins de semana.
Alguns órgãos públicos e instituições educativas seguem com as atividades suspensas, portanto, as ruas do centro, metrôs e ônibus estão mais vazios, mas longe de ser a cidade fantasma que alguns sites do Brasil chegaram a sugerir.
Ou seja: quem não optou pela reclusão social está se cuidando, e por isso Laura termina seu post com uma recomendação fundamental:
IMPORTANTE: Aos que seguem de viagem marcada para a terra do bife de chorizo, lembrem-se de comprar álcool em gel no Brasil. Lavar as mãos nunca é demais e o produto está em falta em muitas farmácias argentinas.
Obrigado por permitir a reprodução do post aqui, Laura! E se tiver alguma informação de Bariloche, conte pra nós!
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