Aproveite que você está online e responda: é possível viajar desplugado?

Já entramos na segunda metade do projeto Palco HSBC, e os temas agora começam a ficar mais próximos do nosso universo de viajantes. A pergunta desta semana traz a questão da tecnologia nas férias. Até que ponto, durante a nossa viagem, aproveitamos a tecnologia para aproveitar melhor – e a partir de que ponto nos deixamos escravizar pelos aparelhos e suas baterias? Evidentemente não há uma resposta certa: cada um viaja do seu jeito, e muitos já devem ter encontrado o seu ponto de equilíbrio tecnológico fora de casa. Conte pra gente qual é o seu e ajude a compor mais esse mosaico de opiniões.

Quer saber como respondemos à questão da semana passada?

A pergunta “A honestidade compensa?” recebeu respostas consistentes. Pensamos muito parecido neste tema.

O que pode compensar mais do que a consciência limpa?

“Melhor ter paz do que angústias. A desonestidade só traz isso” (Thiago/PI).

“O prazer e orgulho de ser honesto não tem preço, mesmo em um país onde a lei dos mais espertos impera. Poder colocar a cabeça no travesseiro todos os dias com a consciência leve é muito bom” (Alessandro/RJ)

No entanto, há alguns poréns.

“Poucos sabem ou acreditam nisso. A honestidade é um valor abandonado no nosso país, pois somos a terra da impunidade” (André/DF).

“A honestidade compensa muito. Mas, no Brasil, às vezes também faz a gente se sentir idiota” (Gabe/RS).

“É claro que compensa. E infelizmente, por aqui, o crime também!!!” (Eduardo/SP)

O problema principal da honestidade é que a desonestidade também parece ter suas compensações.

“Com a palavra, a dupla dinâmica da corrupção: políticos e empresários: desonestidade é altamente compensadora e vicia. Estão todos ricos e gozando de ótima saúde financeira e o povo que se dane” (Rosa/DF).

Quanto vista sob o ângulo apenas da sinceridade, a honestidade pode ser contestada.

“Entre amigas nem sempre fale a verdade pois quando perguntam:’Você acha que estou com muitas rugas?’, responda que não. Elas nunca querem saber a verdade e você corre o risco de perder a amiga” (Malu/SP).

“A sinceridade absoluta é a mais pura falta de educação. Muita gente grosseira se esconde atrás da ‘sinceridade”‘para dar opiniões não-solicitadas e alfinetadas despropositadas” (Sílvia/MG).

Nesse campo da opinião, a honestidade pode mesmo trazer problemas.

“As pessoas não estão preparadas pra honestidade do outro, pois isso implica muitas vezes em ouvir o que não se quer ou se despir diante de alguém, quando é mais fácil mascarar, se esconder. Pagamos o preço pela nossa honestidade: a segregação por vezes, o preconceito, a cara feia do outro, a incompreensão de quem, diferentemente de você, opta por se chatear e passar a tratá-lo de modo diferente ao invés de chegar, conversar e ser honesto” (Bianca/RJ)

Existe desonestidade com boa intenção? De repente, existe.

“Alguém maior que eu um dia disse: ‘os artistas contam mentiras pra falar a verdade, os politicos contam mentiras para esconder a verdade’. Sem querer ser Robin Hood, mas por uma causa nobre, vale a pena ser desonesto” (Miguel Ângelo/PB)

Para muitos, a pergunta nem é cabível.

“A honestidade não é questionável. Já tive chance de chutar o pau da barraca e ser desonesta e não o fui. já me senti incompetente, por não ter tido competência e coragem de ultrapassar a barreira e aceitar os agradinhos. nenhuma situação justifica a falta de honestidade. Mentiras bem intencionadas são apenas mentiras.Não são honestas. Olho a minha volta e o que vejo me deixa feliz: tudo construido com o meu trabalho” (Lucia/SP).

“O mundo será um lugar muito melhor quando todos se derem conta que ser honesto é cool e faz com que as noites de sono nos deixem zerados!!! Não adianta, não admito a desonestidade nua e crua, tampouco aquela disfarçada de ‘não sabia que não podia’ ou o popular ‘joão sem braço’. Fico consternada ao ver a expressão de certas pessoas quando agimos corretamente. Não deveria ser o comportamento honesto o socilamente aceito e esperado?! Tenho inúmeros defeitos, mas tento sempre agir de forma que me deixe tranquila, feliz e penso muito na responsabilidade que tenho em criar minhas filhas de forma que venham a se tornar pessoas íntegras, conscientes de seu papel no mundo. Não adianta, é clichê, mas é verdade…um exemplo vale mais que mil palavras” (Paula/RJ).

“Eu poderia me estender aqui e dar uma lição de moral sobre honestidade, mas cá entre nós, compensa a partir do momento que pensamos: Se fulano for desonesto comigo, eu não vou gostar!Então o que eu não quero para mim, não farei para com o próximo” (Miriam/SP)

Mas talvez o erro esteja no próprio enunciado: o verbo talvez não esteja bem escolhido.

“Para mim honestidade não é uma questão de compensar ou não, e sim uma questão de ser ou não ser honesto. Se você é honesto, provavelmente não vai estar preocupado se isso vai trazer alguma recompensa, uma vez que a honestidade deveria ser inerente a todos os indivíduos. A honestidade não tem que ser recompensada, é a desonestidade que tem que ser punida e combatida” (Maria Aparecida/GO).

“Honestidade não deve ser compensada, deveria ser uma força inerente de cada ser humano. Quem sabe um dia fiquem os justos na face da Terra, e os que nos fazem sentir impotentes diante de tanta impunidade sintam a humilhação de ter envergonhado seu próprio nome” (Jefferson/RS)

O que justifica o puxão de orelha que eu escolhi para fechar o texto:

“O sujeito que é honesto só porque acha que compensa é um tremendo desonesto” (Carlos/SP)

Muito bom, pessoal! Não deixem de responder à pergunta sobre tecnologia, no alto da página, à direita!

20 comentários

Riq, como fica o palco do HSBC no Natal e Ano Novo?
Eu adoro participar, mas pra isso na semana do Natal vou ter que quebrar minha regra de viagem nº1: desplugada. Eu sei que é por uma boa causa…

    Haha: só porque você falou, o projeto vai tirar férias. Vai haver só mais uma enquete, que entra no ar na quarta-feira, depois volta só depois do carnaval 🙂

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