Tulum, por Dani W.

A Dani W. agradeceu numa caixa de comentário as dicas que pescou aqui sobre Tulum — e deixou o link da página do Flickr em que ela armazenou as fotos. Só que esse Flickr da Dani não era só de fotos: continha um relato pedaçudo. Foi então que eu resolvi pedir permissão para transcrever o texto aqui. Adoro quando umas diquinhas básicas aqui levam vocês a fazer viagens mais bacanas do que a que eu fiz :mrgreen: Passo o microfone pra Dani W.:

Varanda do Zulum

Simplesmente AMAMOS Tulum, é o lugar para você desligar mesmo, esquecer celular, email, facebook, twitter, tudo, e só curtir a praia maravilhosa, de areia branquinha e fofa, o céu super mega estrelado, vimos a “maior” estrela cadente da nossa vida, cortou o céu de lado a lado! Ah, e o nascer do sol!!! Algo fenomenal, realmente de cair o queixo.

Demos muita sorte, porque pegamos uma promo no Zulum, acho que era 126 doletas com café da manhã e taxas, para qualquer quarto. E ficamos na cabana #2, de frente para o mar, a melhor da pousada, com uma varandinha priceless, dá pra ver o mar deitado na cama!!! A cama é pendurada, e balança mesmo, mas você se acostuma e fica até bom.
Tínhamos uma brisa constante, que levou embora todos os mosquitos!

O café era excelente, podíamos pedir qualquer coisa do menu desde omeletes, quesadillas, etc, mas acho que foi uma exceção, por não ter mais ninguém no hotel com café incluído… Senão teria um buffet básico para nos servirmos.
Ah, não saiam de lá sem provar o ceviche Yucatán, camarones, pescado y pulpo – MARAVILHOSO!

O Zulum é bem rústico, mas cheio de charme… O bar da praia poderia ser melhorzinho, as almofadas bem gastas, manchadas.

Kite em Tulum

Vimos muitos europeus em Tulum, uma gente mais alternativa, tem até uma “comunidade hippie”. Muito topless, de cada 5 mocinhas, acredito que 1 não fazia questão da parte de cima do biquíni. Sorry, mas não tenho fotos para comprovar…

Um povo muito moderrrno, numa tarde, um bacana que andava só de sarongue o tempo todo, deu uma chocada na galera, simplesmente deixou cair a canga e entrou no mar, como veio ao mundo, pelado pelado, nu com a mão no bolso!

Venta muito em Tulum, o mar é bem mais agitado. Paulo, meu marido, fez umas aulas de kiteboarding , um pessoal mega bacana. O instrutor dele foi o Adrian, um espanhol de Barcelona. Se o seu espanhol e o seu inglês estão enferrujados, o David, um dos fundadores da escola, fala português, o cara já morou em Porto Alegre, gente finíssima.

Fomos ao pueblo uma noite para jantar, alias, o pueblo é bem pobrinho mesmo, comemos uma pizza bem honesta, desculpem, mas não lembro o nome do lugar, era numa esquina, bem na Av Central. O Adrian do kite deu a dica de um lugar que chama Divino Paraíso, até passamos lá pra dar um hello, mas é bar era bem chinfrim mesmo, um misto de boate de beira de estrada e bar caído de interior…

Para compensar, na nossa última noite em Tulum fomos jantar no Mezaninne , eles se descrevem “classic beach cuisine with a Thai twist”. Tocava um bossa lounge que me fez me sentir em casa (moro nos USA, então tenho essas saudosices com certa freqüência) mas o restaurante e o ambiente são ótimos, comida deliciosa, vale a visita!

Cobá: o Castillo
Tiramos um dia para fazer as visitas ás ruínas. Primeiro fomos a Cobá, fica há 45 min de Tulum, indo floresta adentro. São várias ruínas espalhadas pelo parque, os guias estão logo na entrada, junto com os “táxis” que na verdade são bicicletas com um banco na frente, que te levam para onde quiser, mas o objetivo principal é o Castillo, o castelo, a mais alta ruína dos Mayas, e uma das poucas que você pode realmente subir até o topo. Nós não pegamos o taxi para ir, fomos caminhando, foi tranqüilo, acho que 15 minutos até o castillo. Mas na volta, um mexicano esperto nos seguiu no caminho e então a oferta foi irrecusável. Voltamos com o táxi. O que foi ótimo, porque ele explicou um pouco sobre as ruínas, e sobre a cultura maia — aliás, ele do quanto eles realmente acreditam que o mundo acaba em 2012, preparem-se! Você também pode alugar uma bicicleta na entrada do parque.

Ruínas de Tulum
As ruínas de Tulum são realmente uma paisagem inesquecível. Mas aquela praiazinha que você pode ir desde o parque, deu um arzinho de farofa pra história…

Cenote Los Ojos, Tulum
Em Tulum, há muitos cenotes, uma experiência bem diferente do que temos no Brasil, uma água limpíssima. Nós paramos no Cenote dos Ojos. Lindo! Lindo! Lindo! Tinham alguns grupos fazendo mergulho. E se você gosta de mergulhar, essa é uma oportunidade imperdível para fazer o mergulho na caverna.

Bem, e agora o que dizer de Playa del Carmen… Eu esperava mais de Playa, ou melhor dizer, menos… Muuuitos gringos, muitas lojinhas, muito garçom laçando o freguês na porta, como odeio isso!

Playa del Carmen: bar de praia do Mosquito Beach
Mas claro, tudo tem suas exceções. O restô do Mosquito Blue, maravilhoso, comida e serviço impecáveis! Já o restaurante do Divino ficou com o segundo lugar, comida excelente mas serviço razoável.

O Mosquito Beach, onde ficamos, não deixou a desejar, só quarto com um cheirinho eca de cigarro na primeira noite que me decepcionou — é, eles não têm quartos para não fumantes.

O beach bar é legal, serviço bem ok. A Florencia, uma argentina que vive em Playa com o namorado, é uma das gerentes do bar, uma fofa. Aliás, ela sabe bem a fama dos portenhos e concorda plenamente! Todas as manhãs ela nos dava dicas bem legais do que fazer. Ela que nos deu a dica ótima da playa Maroma.

Playa Maroma

Essa praia foi eleita pelo Travel Channel como uma das mais bonitas do mundo, no que achei um certo exagero, mas sim, a praia deserta, bem larga, de areias branquinhas, e claro, com o mar do Caribe complementando o visual.
A entrada é meio secreta, indo de Tulum para Playa, tem uma placa de propaganda bem grande, do lado direito mesmo, Maroma Paradise. Tem um portal, onde você paga 10 dólares por pessoa para ter acesso à praia. Lá tem um restaurante, e você pode usar as espreguiçadeiras, e claro, se você se animar, todo tipo de atividades, jet ski, passeios de catamarã, cavalgadas,etc… Nós ficamos lagarteando, lendo, tomando uma cervejinha e água de coco, e claro, um belo ceviche.

Ah, estava quase esquecendo, uma atração imperdível em Playa é o famosíssimo La Bodeguita del Medio, um bar cubano super tradicional, com animadíssima musica cubana e comidinhas de dar água na boca.

Faltou Cancún! Pois é, foi só da janelinha do avião, mas só pelo naipe da galera do aeroporto, eu passo, obrigada. 🙂

Gracias, Dani!

Leia mais:

Para entender Cancún, Playa del Carmen e Riviera Maia

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37 comentários

Ricardo, no hard feelings!! 🙂
Não foi essa minha ideia. É que gostei tanto de Cancun… Lógico que Tulum e outros pedacinhos da Riviera tem mais estilo e são menos americanizados, mas que Cancun é bom é!!

O texto ficou ótimo, e traz a verdadeira sensação de estar em Tulum; estive em Cancun e região em janeiro, e Tulum foi o ponto alto da viagem. Mas achei o último parágrafo desnecessário, para dizer o mínimo.

Cancun é uma ótima cidade, dependendo do tipo de passeio que se quer fazer; tem bons restaurantes, boa vida noturna e hotéis agradáveis, entre outras qualidades. É óbivio que, como qualquer lugar, tem seus defeitos. Mas acho que é parte das experiências de vida conhecer os mais variados locais do planeta, no mínimo, para ter opinião a respeito.

Fora isso, o naipe das pessoas no aeroporto é o naipe das pessoas que estavam em Cancun, em Tulum, em Playa e em vários outros pontos da Riviera Maya, pois Cancun é a porta de entrada e saída para as pessoas que estavam em todas essas áreas. Então, generalizar que as pessoas de um certo naipe que não agradaram eram turistas que estavam em Cancun, e que por isso Cancun é passável, é uma baita de uma simplificação, baseada em uma visão absolutamente limitada de um local. É isso, abraços.

    Aqui tem um pouquinho de culpa minha, Renato.

    A Dani escreveu o texto pro Flickr dela, não pra este site. No contexto em que estava inserido (!), esse desfecho funciona como um final interessante, que reforça a sensação dela de ter ido a um lugar fora do circuito.

    Se ela tivesse ficado em Cancún, provavelmente estranharia esse povo descabelado de Tulum que encontraria no aeroporto.

    No hard feelings, people :mrgreen:

Ricardo,
Eu acho que você devia credenciar a Dani como sua colaboradora e promoter …
Toda vez que alguem que ela conhece vai viajar ela fala: entra lá no Freires e ve se tem dicas … além dela sempre aproveitar e incrementar as suas dicas nas viagens que ela faz.
Eu mesma já recebi tais dicas e hoje o roteiro de Buenos Aires por exemplo repasso para todos que me perguntam o que fazer por lá.
Eu de verdade, bem perdida que sou, nem sabia de Tulum e já estou doida de vontade de conhecer, o texto é realmente inspirador.

ADOREI !

Dani adorei a forma como vc escreveu o texto, me fez imaginar como foi gostoso e relaxante os dias que vcs passaram em Tulun, acho que quando for novamente a Playa del Carmem quero ir a Tulum por pelo menos 2 dias e aproveitar todo este paraiso…Obrigada pelas dicas, valeu!
Eu prefiro Riviera Maia a Cancum mais tudo isso eh uma questao de gosto e depende tambem se quem vai viajar esta afim de curtir noitada ou simplesmente relaxar….
Beijos e adorei as fotos!

Que texto gostossisimo de ler! E que viagem linda! Deve ter sido ótimo mesmo… também, não tem como ser ruim passear pelas praia do Caribe e largatear por aí!

O interessante é que ao ler o texto acredito ter tido a sensação de relaxamento que ela deve ter tido na viagem, sem se estressar em visitar e faezr todos os “lerês” habituais, mas sem perder de vista os lugares que eles realmente queriam conhecer!

Beijos!
Ah, e belíssimas fotos

Otimo texto e belissimas fotos..
Ai.. eu ainda tenho um “sonho” de conhecer Cancun.. poderia ter ido à exatos 15 anos atràs, mas era “aborrecente”.. bem, acho que não preciso explicar + nada..
😳
Então Luciana, và e aproveite por mim tb!!
=)

Otimas dicas em boa hora, anotadas pra minha viagem semana que vem! Coba estava na minha lista mas acho que nao vai rolar por causa da distancia. Pena (sera?) que eu nunca ia encontrar com a Dani, ja que eu vou ficar em Cancun e ela e cool demais pra gente que nem eu…

    Juliana,

    Nós já encontramos!Na verdade eu a encontrei faz uns três anos. Eu seguia o seu blog logo que cheguei aos USA, ler os seus posts fazia eu me sentir menos perdida nesse período negro dos primeiros meses morando fora. Obrigada! Na época você estava mudando de Seattle e estava grávida, se não me engano. Depois literalmente perdi o link, mas agora voltarei a segui-la 🙂
    Enjoy a sua viagem!

    Dani W.

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