O deslocamento da nuvem de cinzas do vulcão Impronunciável para o sul da Europa acabou por afetar Lisboa, principal hub do continente para brasileiros. A versão online d'O Globo entrevista vários brasileiros nesta situação. Nesta madrugada Milena Rodrigues, uma leitora ilhada, deixou este comentário desesperado:
Por favor, alguém nos ajudeeee!!! Somos mais de 100 brasileiros presos no aeroporto de Lisboa, sem informações sobre quando regressaremos. Cheguei de Roma às 3h da manhã, mas tem gente que está aqui há 3 dias. Não consigo twittar daqui. Por favor, se algum de vocês conseguir, estamos no meio do caos, sem assistência!! Eles nos dão pouquíssima informação. Deram-nos um vaucher de 16 euros para alimentação e fim. Não há sequer cadeiras suficientes para todos. Ajudem divulgando e contatando autoridades. Não conseguimos ser atendidos pelo consulado. Obrigada!!
O Ernesto, que é advogado, deu-lhe a seguinte recomendação:
Veja se há diferença de tratamento entre brasileiros e estrangeiros. Fotografe e filme tudo, e guarde todos os recibos, inclusive de hospedagem. Depois entre com uma ação para cobrar os prejuizos que teve pelo destrato que voce esta sofrendo.
No primeiro capítulo deste caos aéreo, há pouco menos de vinte dias, a União Européia emitiu um comunicado reforçando o direito dos passageiros (europeus ou não-europeus) de companhias aéreas européias a alimentação e hospedagem durante o período em que forem forçados a permanecer em terra.
Não sei os detalhes da viagem da Milena nem dos passageiros que estão ilhados há três dias, e espero que este post seja lido por quem possa ajudar.
Para minimizar o incômodo ou, pelo menos, aumentar as possibilidades de ressarcimento de gastos, volto a reforçar a recomendação de tentar resolver toda a sua viagem aérea na Europa por companhias convencionais, numa passagem em que os vôos estejam vinculados.
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