Discovery Cove (ou: o dia em que beijei uma golfinha)

Discovery Cove

Ontem foi o dia de ir ao Discovery Cove. Para começar, o parque tem um diferencial incrível: não tem montanha russa! Já pressenti que ia gostar.

É um parque pequeno, quando comparado aos outros, e portanto facilmente percorrível a pé. Cabem poucos visitantes — cerca de mil por dia (os parques chegam a receber 20 mil); por isso é necessário fazer reserva (na temporada, recomenda-se com umas três semanas de antecedência).

O parque abre às 9h, e antes disso a fila na entrada já é grande. É que o seu dia no Discovery Cove gira em torno da sua sessão com os golfinhos. E o horário da sessão é agendado por ordem de chegada. Cheguei às 9h, consegui vaga para a sessão das 11h.

Dá pra cabular o café do hotel: o parque funciona em sistema all-inclusive, e quando você chegar o buffet do café da manhã vai estar servido.

Antes e depois da hora do golfinho há muito o que fazer.

Há várias pequenas praias com areia branca e espreguiçadeiras. Uma grande piscina circunda todo o parque, com água climatizada.

Discovery Cove

Esse espelho d’água passa por uma ilhota onde há um viveiro de aves tropicais. Uma espécie de Parque das Aves de Foz do Iguaçu em versão mini.

Discovery Cove

Os pássaros são todos deslumbrantes — certamente há um rodízio do elenco e só os perfeitinhos ficam expostos. Pássaro de primeiro mundo, entende?

Discovery CoveDiscovery CoveDiscovery Cove

As outras piscinas têm água fria (cerca de 17ºC) mas são bem mais divertidas. Para entrar nelas você pode pegar um colete ou uma roupa inteira de neoprene. Eu normalmente não pegaria, mas como estou meio resfriado catei um colete.

Discovery Cove

Uma das piscinas frias é um tanque rasinho onde vivem arraias.

Discovery Cove

A outra é funda e cheia de peixes coloridos. Assim do lado de fora você não dá nada — eu pelo menos não dava –, mas uma vez dentro, valha-me Netuno: é como mergulhar num pesque-pague em Noronha.

Discovery Cove

Ou, para ficar numa imagem mais orlandiana: é o conceito do shopping center aplicado ao mergulho. Você chega, estaciona, põe a máscara e o fundo do mar está ali, concentrado, tudo num só lugar. Incrível. Dá pra ficar horas snorkelando. Fiquei tão entretido que acabei esquecendo que em algum lugar de alguma piscina existem viveiros envidraçados submersos de tubarões e barracudas (o vidro é invisível e parece que você está mergulhando com os tubarões).

E tem, claro, Flipper time.

Se alguém me perguntar qual é a grande contribuição dos Estados Unidos à civilização, eu vou responder: o timing. Com exceção dos musicais da Broadway, que poderiam TODOS ter uma hora a menos, todo e qualquer produto de entretenimento made in USA tem timing perfeito.

A Sessão Golfinho começa com uma rápida passagem de instruções, seguida por um vídeo translumbrante, só com imagens qualidade National Geographic em Hollywood de golfinhos.

Daí os visitantes são divididos em grupos de seis, cada um sob o comando de uma dupla de treinadores. Os treinadores têm texto e — olhaí de novo — timing de comédia stand-up. O script dá chance para todo mundo. Todo mundo faz carinho no golfinho. Todo mundo se comunica com gestos com o golfinho. Todo mundo dá um beijo no golfinho. Todo mundo dá uma volta na garupa de um golfinho. E no final — inacreditável — ao comando dos treinadores espalhados pela piscina os quatro golfinhos do turno se juntam e dão três saltos sincronizados. Absurdo.

Discovery Cove

A estrela que nos coube foi Jenny, uma golfinha de 30 anos que já é avó mas continua sexy. Acho que me apaixonei. Não é lindo, dois cetáceos in love?

Discovery Cove

O Discovery Cove fica em Orlando, na região do Sea World. O preço do pacote completo (com Sessão Golfinho) varia entre US$ 229 e US$ 339 conforme a época. O ingresso dá direito a entrar em outros parques do grupo Sea World (Sea World e Aquatica), com visitas ilimitadas num período de 14 dias consecutivos a partir do primeiro uso. É possível adicionar o Busch Gardens a essa lista por mais US$ 25.

Dentro do parque você não gasta com comida ou bebida (o almoço inclusive é bem bonzinho, e há cerveja e frozen drinks), mas venha preparado para comprar as fotos da família com o golfinho. Não é permitido levar câmera para a água, e você não vai ter como não morrer com mais US$ 150 pelo CD com as fotos (há pacotes mais caros, com fotos já impressas).

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236 comentários

O parque é maravilhoso, sempre tive vontade de conhecer, mas preso às excursões nunca tive chance.

Fantástica a foto do beijo eheheheh

Abraço!
Geraldo Figueras

O dia mais feliz da minha vida foi qdo depois de assistir 3 vezes consecutivas!!!! o show dos leões marinhos e dos golfinhos, até q enfim, o treinador me chamou na plateia pra dar peixe e abraço neles todos!!
Mtoooo emocionante!!! AMEI demais!
São mto fofinhos, mto queridinhos!!! e enormes!!

Deve ter sido delicia mergulhar com o golfinho!!!!!!

    Particularmente eu gosto mais de leões marinhos do que de golfinhos. Acho os mesmos extraordinários.

Riq,

Vc já viu o documentário The Cove que ganhou o Oscar. Acho que depois de assitir nunca mais vejo golfinhos como antigamente!

Assista!

A

    Eu tentei avisar Arthur, mas segundo alguns, isso aqui é um site de viagens. Nâo há espaço para críticas, ponderações com argumentos ou eco-chatos. Há espaço para vários textos que não falam de viagens, mas quando criticamos ou alertamos para algo que não é de conhecimento de todos e que prejudica, e muito, os animais, somos colocados para escanteio.
    Fazer o que?… A humanidade ainda vai pagar caro por essas e outras.
    Continuo admirando o trabalho do Ricardo, mas aceitar esse patrocínio e divulgar algo tão cruel com os animais é muito ruim. Espero que ele assista o documentário e reflita sobre isso.

    Acho que não precisamos exagerar as coisas. Há várias visões de mundo diferente, as pessoas podem escolher ir, ou não, a determinados programas. Já rolou aqui desde conversas interessantes sobre visitas a lugares em que a pobreza é atração turística, visita a áreas afetadas por tragédias (lembro disso desde a época do tsunami e o antigo VnV) e por aí vai.

    Eu respeito opiniões diversas. Entendo quem não goste de programas do tipo “visita à aldeia indígena”, respeito quem opta por não ir a rodeios e touradas, bem com quem considera desrespeitoso programas do tipo “Favela Tour”. Só acho que o VnN, em minha modestíssima opinião como um frequentador assíduo do site que fala por si e por mais ninguém, que esse apenas não é o espaço mais recomendado para alarmismos mais “crus” como um site gastronômico não seria o espaço mais adequado para alguém vegan apresentar um vídeo sobre a produção do foie gras.

    O mais legal de uma comunidade online como essa é que podemos ir usando o que nos interessa e atrai, e participar dela. Eu por exemplo não tenho a menor vontade de ir a Buenos Aires, destino hiper coberto aqui no VnV, mas nem por isso eu preciso fazer campanha contra a cidade para os habitués do fórum lá (tem até um termo pra eles, mas eu esqueci :S ). Eu também não me identifico com a aversão do Riq a carro alugado em viagens, mas nem por isso ignoro as preciosíssimas dicas que ele dá desses destinos, mesmo que use um meio de transporte diferente do meu para chegar lá.

    Exatamente, André.

    Golfinhos me são extremamente queridos (basta ver o banner do meu blog…), já nadei várias vezes com eles no mar aberto, já os vi em diversos parques e aquários do mundo – e sempre vou nestes lugares exatamente para “investigar” como os animais ali são tratados, em q condições vivem, se há alguma estratégia/idéia interessante sendo implementada q gere menos sofrimento pro animal. Pq confinação para um animal selvagem do porte de um golfinho ou de um tubarão é sofrimento, não tem jeito. (Minha opinião sobre o “The Cove” aliás, está aqui, p/ quem tiver curiosidade:

    https://www.interney.net/blogs/malla/2010/04/03/os_golfinhos_da_enseada/

    )

    Dito isso, concordo muito com o André no senso de q o VnV é um ponto de informação e ninguém aqui está sendo obrigado a ir a lugar nenhum nem compactuar com nada. Pelo menos é como eu vejo o VnV… posso estar errada, though, e isso aqui é realmente um fórum de alerta de tudo relativo a viagens – mas prefiro ler como um ponto de informação updated. Mas tb não devemos condenar, já “rotular” de ecochato quem tem uma opinião contrária, já q a caixa é aberta e a diversidade de opiniões só enriquece ainda mais o conteúdo.

    O Riq nos faz a gentileza de compartilhar o q rola pelo mundo sobre turismo, em todas as nuances, cores, sabores e sentidos, e isso é priceless. Cabe a cada um digerir a informação ao seu modo, com seu background, seus melindres, suas convicções e sua história de vida.

    (Eu particularmente não curto, é a minha opção. O q me perturba é o julgamento do outro pelo q ele faz ou deixa de fazer na viagem dele. Pq há taaaaaantos lados nessa questão dos golfinhos e entretenimento… Como disse no meu post acima linkado, o filme é extremamente maniqueísta. Não aborda um monte de outras questões q afligem quem trabalha diariamente em aquários e parques aquáticos, ou quem está lá no Japão fazendo a “maldade”. Há o componente educacional de ter um animal desses num parque, por exemplo, q fica esquecido no meio dessa discussão thecoviana. E se for para ser radical como no filme, o ideal é então parar de comer qualquer peixe agora, pq o dano pro ambiente disso é enorme. E aí, alguém topa? Deles ninguém tem pena, né…)

    (Puxa, falei demais. E tinha me prometido não me meter nesse post desde q o li hj de manhã, cala-te boca. Mas puxa, a língua coçou, pq me sinto mal com maniqueísmo; para mim a gente tem q sempre buscar um equilíbrio, há sempre um tom de cinza entre o preto e o branco. Desculpa, Riq, pela ecochatice.)

    Norton, nao estou sendo patrocinado pelos parques. Aceitei um convite para viajar a Orlando e comecar a decifrar um destino importante para muitos leitores.

    Em nenhum momento eu censurei qualquer manifestacao que fosse (esta eh a minha primeira resposta).

    Acho tocante a preocupacao com animais mas confesso que eu faco coisas terriveis com eles. Comer, por exemplo. Hah documentarios sobre abate de animais que transformam qualquer um em vegetariano. Eu tenho pena de cavalo.

    Por enquanto eu estou completamente embasbacado com o que esses bichos sao capazes de fazer sob treinamento.

    Tá, eu seeeeeei q não devia fuçar neste post, mas não resisto. Na qualidade de eco-chato (já que eu trabalho nisso – e mais moderninho é chamar de biodesagradável tá- hehehe) se eu fosse deixar de fazer tudo por causa de ação antrópica ia ficar como uma árvore parado peladão vivendo de luz… foco, eu só peço foco na crítica ambiental! No mais se tivesse uma chance ia rolar tb uns beijinhos com uma golfinha legal!

    Riq brigadaão por mais essa viagem e tô esperando a foto com as orelhas do Mickey!! hehehe

    Pessoal,

    Eu que comecei a polemica sem querer. Nunca foi minha intenção criticar o Riq que faz um trabalho espetacular, só queria saber se ele tinha visto mesmo e o que ele tinha achado.

    Acredito, como os acima, que o Riq mostra e muito bem o que existe por aí e nós escolhemos o que devemos fazer.

    A

Riq, que fofo!!! Fico imaginando minhas meninas nesse parque…Adorei!

    Riq, vc vai aos parques da Disney tb? BTW achei essa idéia de parque all inclusive excelente. Não sabia que existia isso.

    Vou tentar dar uma chegadinha. Vou ter uns dias livres depois da maratona dos parques do Sea World.

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