O que eu tenho na cabeça? Uma entrevistinha pra Xpress

EuzitoMomento Tommy (você sabe: Tommy, o primo da Tássia Achando): a agência de relações públicas Xpress me convidou para inaugurar a seção de entrevistas do seu site, o XComunicação.

Fiquei todo prosa. Em todos os sentidos: soltei o verbo, e respondi às perguntas do Rodrigo Dionisio e da equipe da agência com uma sinceridade quase desconcertante 😯

O pior é que não tem nenhuma boutade, não (ao menos não intencional).

Querendo saber o que eu penso sobre o turismo no Brasil e a influência da mídia na decisão de viagem do turista brasileiro, dá uma chegadinha lá.

55 comentários

Riq,

Dou meu braço a torcer e confesso minha ignorância. Sempre fui daquela que preguei a reciprocidade em relação a exigência de visto brasileiro prá americano entrar no país. Nada contra o Tio Sam, mas depois do que normalmente passamos para obter o visto deles, considerava a conduta correta.
Mas, olhando a situação da sua perspectiva, é fato: só quem perde com isso somos nós.
Obrigada por mais essa.

A entrevista está ótima.

Show Riq! É por causa disso que tu tens na cabeça que essa galera toda te segue 😉 Do jeito que tu escreve parece tudo muito óbvio, mas só com essa bagagem toda que se pode ter essa visão. Aprendemos muito contigo, cada dia mais.

Ótima entrevista, devidamente arquivada. Ah..vc não sabia que eu arquivo todas suas entrevistas? Pois sim….no dia que você ganhar um prêmio super-importante, vou levá-las, todinhas, pra você assinar…. 😆 😆

Ja falei no twitter, repito aqui: adorei. Nao imagino respostas mais apropriadas, certeiras e elucidativas, juro.

Um dos objetivos enrustidos (ninguém admite) de uma viagem é aumentar a sua aprovação social; fazer uma viagem que vai transformar você num irresponsável junto ao seu círculo é um problema. Viajar ainda é um bicho de sete cabeças para boa parte da humanidade, e o mundo é visto como um lugar muito perigoso.

De fato, a mídia nos apavora todo dia (especialmente pais de filhos únicos, que ficam apavorados ao quadrado), e eu mesmo fico com medo. Eu não iria para Machu Picchu na época da enchente, por um fator simples: a destruição da infra. E nem ao Chile logo depois do terremoto, mas agora iria. Ano passado fui à Colômbia no auge da gripe suína, tudo bem, não havia casos por lá, mas encarei e fui com máscara no avião. Mas não iria ao México naquela época.

Quanto à questão da aprovação social e do bicho de sete cabeças que é viajar, eu mesmo vou hoje em dia para lugares que eu nem pensaria há alguns anos. E amigos com mestrado, coisa e tal, têm uma profunda ignorância sobre o mundo. Mas não me espanto, porque já fui assim e ainda tenho barreiras a vencer (acho que não iria me dar bem na Índia / Nepal, p.ex. Pode ser que amanhã eu mude de idéia). Apesar de todo o excesso de informação – ou talvez por isso mesmo – creio que as pessoas ainda sabem muito pouco sobre os lugares fora dos bairros que costumam frequentar (!), que dirá sobre outros países. Só ficam no estereótipo, o qual, reconheço, só sai da nossa cabeça com fórceps – ou com uma repentina iluminação…

Na verdade, eu tenho uma teoria: acho que em geral o brasileiro só viaja em três situações: no carnaval, para beber, pular e pegar alguém; na lua-de-mel, que é obrigatório; e nos feriadões com a família (também obrigatório), e, portanto, vão para os lugares clássicos – vide os engarrafamentos e hotéis lotados a um preço absurdo nessas efemérides. O turista que gosta mesmo de viajar, de conhecer outros lugares e culturas, é uma minoria. Não sei se esse comportamento é igual em outros povos.

Quanto ao mundo ser um lugar muito perigoso, de fato o é – mas e aqui? O cara pode viajar para o Iraque (Alá me livre), voltar inteiro e tomar um tiro na Linha Vermelha…

De resto, parabéns pela entrevista.

Parabéns, Ricardo. Suas visões demonstram que vc realmente ENXERGA o turismo em todas as suas nuances.

Será que dá pra sonhar com vc no Ministério do Turismo um dia? Ora, se um grande economista é cogitado para o Ministério da Fazenda, porque um grande conhecedor do turismo não pode ser cogitado para o Ministério do assunto que ele conhece?

Em tempo: o site da ANTT dá diversas rotas de ônibus intermunicipais.

    Vira essa boca pra lá :mrgreen:

    Obrigado pela informação da ANTT, vou entrar.

    Ricardo, tenho leitor do blog que já se suicidou depois de tentar usar o site da ANTT 😉 Aliás, esse site é um ótimo exemplo de quanto as coisas precisam mudar em termos de como se trabalha a informação para o turista. Bela entrevista.

    Eu disse que as informações estavam lá (e de fato, tem informação sobre quais empresas fazem o trajeto, horários, preço da passagem, etc.) não que o site era uma maravilha, ehehe.

    Eu gosto bastante do site Linhas Rodoviárias https://www.linhasrodoviarias.com.br

    Ele pesquisa diversas rotas/empresas saindo de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza para todos os estados brasileiros. Dá o valor da passagem (no executivo, no convencional, no leito e semi-leito), frequência e horários da linha, nome e site da empresa que opera o trajeto, tempo de viagem, distância em km e quantidade de paradas. Há um link – “Terminais Rodoviários” -com o contato das principais rodoviárias do Brasil. Pode não ser completíssimo, mas é bem ajeitadinho!

    É muito pouco, Sílvia. As linhas de longa distância são as que têm menos importância para o turista. O que a gente precisa saber é — como vou de Vitória pra Porto Seguro? E de Porto Seguro pra Ilhéus? E de Natal pra Galinhos? E de Lençóis pra Brasília? E de Campo Grande pra Bonito?

    Tudo isso precisa estar num site com versão em inglês e espanhol e compra online.

    Você acabou de me dar uma ideia de empreendimento! 😀

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