Estive rapidamente em Punta del Este esta semana. Foi a minha terceira visita -- e a primeira na altíssima temporada (esta era a intenção: conferir Punta ainda em janeiro).
Da primeira vez (na outra encarnação), fui do aeroporto de Montevidéu até Punta no banco de trás do carro de amigos e nem me lembro do caminho. Na segunda vez, no início de 2008, cheguei de navio (no tempo em que os cruzeiros ainda pernoitavam por lá).
Esta foi a primeira vez em que peguei um carro em Montevidéu e fui dirigindo.
Pois achei o percurso chato e, apesar de curto, cansativo. São 120 km em pista duplicada (em bom estado) e paisagem monótona. Para não dizer que não acontece nada, acontece sim: a velocidade muda o tempo todo. De 90 pra 60 pra 90 pra 60 pra 110 pra 90 pra 60 de novo. (O trecho final, a partir do aeroporto de Punta, é todo a 60 km/h. E a pista livre, duplicada...). Não deixa de ser tenso.
Fui na segunda, voltei na quarta. E tive, na volta, a mesma impressão da ida.
E daí fiquei pensando: e quem vai e volta no mesmo dia? E, entre a ida e a volta, ainda quer rodar até José Ignacio (40 km adiante)? E fazer coisas que se fazem na praia (tomar sol, beber clericó)? E ficar para o pôr do sol, que é imperdível em Punta (e no verão acontece lá pelas 9)? Não ficará puxado demais pegar a estrada depois disso tudo?
Roteiros prontos:
Meu conselho: pernoite em Punta del Este. Você vai se cansar menos e se divertir muito mais. Se for verão, fique pelo menos duas noites. Três dias por ali seria o mínimo ideal para descobrir as diferenças entre todas as Puntas -- a Península, La Barra, José Ignacio.
Se você não tem nem uma noitezinha sequer para gastar em Punta, mas faz questão de ticar todos os cartões postais (a escultura da mão na areia, a Casapueblo, a ponte ondulada, as mansões do Bosque) então considere pegar um passeio organizado saindo de Montevidéu.
Mas vou avisando: vais perder um pôr do sol...
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