Minha primeira notícia sobre o terremoto no Japão não foi sobre o terremoto no Japão. Acordei, tomei café, entrei no Twitter e um dos primeiros tuítes era da Lucia Malla, falando dos alertas de tsunami que estavam soando em Waikiki, no Havaí, onde mora. Só então fui desenrolando o emeranhado de frases soltas vindas de todos os cantos que levavam para a tragédia do norte do Japão.
Durante a manhã (noite aqui pra gente) a Lucia foi relatando o que estava acontecendo por lá: as sirenes, o plantão da TV, a preocupação com ammigos que viviam à beira-mar na Micronésia. Lá pelas tantas, ela tuitou que estava muito cansada e ia dormir, porque no dia seguinte precisava voar para a Big Island.
Não sei se foi ali ou foi no outro dia que eu tuitei pra ela -- "escuta, quando passar isso tudo escreve sobre esse negócio de 'pronto, o tsunami passou, vou viajar'? De longe, ficamos anestesiados, achando que a vida nunca mais regressará ao normal. Mas a verdade é que a vida continua.
Hoje a Lucia -- que está estreando, em soft-opening, um novo endereço para seu Uma Malla pelo Mundo -- publicou o relato daquele dia e dos que se seguiram. (Em tempo: os amigos dela da Micronésia estão sãos e salvos.)
Leia:
De como vivi um dia de tsunami, por Lucia Malla
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