Budapeste-Viena-Praga: use a receita da Wanessa

Palácio Hofburg, Viena

A querida pessoense Wanessa Lima, dona do excelente blog Cadernos de Viagem, acabou de voltar de um tour cultural por Budapeste, Viena e Praga. E, como não está sobrando tempo para atualizar o blog, decidiu presentear os leitores do Viaje na Viagem com o completíssimo relato da viagem, com todos os detalhes mastigadinhos para quem quiser usar. Olha só que maravilha. Vai pela Wanessa:

Texto | Wanessa Lima
Fiquei 4 noites em Budapeste, 4 em Viena e 5 em Praga. A Budapeste, eu tinha ido ano passado, mas a viagem foi interrompida por um problema de saúde, então, quis começar do zero. Com 3 dias inteiros, ainda faltou tempo para ver algumas coisas, mas acho que isso se deve ao meu ritmo de viagem, que tende mais para o lento. Em Viena, também achei que 3 dias inteiros foi pouco. Eu adoro visitar museus e fotografar a arquitetura da cidade, e Viena oferece muito disso! Muita gente inclui um dia a mais para fazer um passeio a Bratislava, mas eu passaria esse quarto dia em Viena mesmo. Em Praga, tive quase 5 dias inteiros, pois meu vôo de volta era só às 19:50h, e achei que o tempo foi suficiente para explorar bem a cidade.

Passagem internacional

Comprei as passagens aéreas com agente de viagem (pagando uma taxa extra por isso) pela Iberia, saindo de Recife para Budapeste e a volta de Praga para São Paulo, sempre com conexão em Madri. Talvez por a Malev Hungarian e a Czech Airlines serem membros da aliança One World, como a Iberia, as conexões oferecidas eram muito melhores do que as das companhias da Star Alliance. Já li muita critica à Iberia, mas a única coisa que fez falta foi um sistema de entretenimento individual. No resto, não deixou a dever à TAM e à TAP, outras empresas com que já voei para a Europa.

Deslocamentos internos

Fiz todos de trem. De Budapeste para Viena, deixei para comprar a passagem dois dias antes da viagem e não encontrei das mais baratas (13 euros). Como tinha de chegar a Viena com hora certa, comprei a mais cara mesmo, na primeira classe. Se eu tivesse maior flexibilidade, ainda teria encontrado a passagem na segunda classe para outros horários no dia pretendido. A compra teve de ser feita na Keleti Station, pois a MAV, empresa que explora os trens na Hungria, ainda está implantando a venda pela internet (eu consegui ver os preços, mas não deu para concluir a compra on line).
De Viena para Praga, comprei a passagem pela internet. O tutorial do Riq é perfeito.

Transporte na chegada e saída dos aeroportos e estações de trem

Em Budapeste, usei o shuttle Minibusz, contratado no próprio espaço da retirada das bagagens no aeroporto (também dá para contratar já no saguão de desembarque). O transfer é feito em vans, mas o número de passageiros é bem razoável. Ano passado, já tinha usado esse serviço reservando pela internet, e funcionou direitinho. Para ir à estação Keleti, fui de táxi, pedido na recepção do hotel.

Na chegada a Viena, usei o metrô, de acordo com as orientações deixadas pelo Riq aqui no VnV. Mesmo carregando mala e tendo de fazer uma conexão no metrô, foi muito tranqüilo, pois todas as estações tinham elevador/escada rolante. Ainda assim, na hora de ir embora, preferi pegar um táxi, por causa do peso da mala, que aumentou consideravelmente depois dos livros comprados nas lojas dos museus…
Aqui cabe um aparte: eu tenho problema com malas. Não consigo fazer mala leve de jeito nenhum! Mas dessa vez, houve uma circunstância agravante, que foi ter planejado uma mala “ligeiramente” inadequada para a temperatura que estava fazendo. As médias de temperatura do Weather.com me induziram a pensar que estaria bem mais frio do que efetivamente estava. Então, já em Budapeste, percebi que não iria precisar de várias peças de roupa. Em situações normais, eu simplesmente abandonaria algumas no hotel, mas aquelas eram peças das quais eu não podia me desfazer, já que aqui no Nordeste, onde eu moro, não se adquire com facilidade roupa de frio! A solução foi mandar um pacote de roupa pelos correios pra casa. Postei em Budapeste e ainda estou esperando chegar, mas foi uma mão na roda (se chegar mesmo!).

Voltando ao assunto do shuttle: como a chegada a Praga ia ser à noite, preferi não arriscar e contratei pela internet o serviço que o Riq sugeriu. Funcionou tudo à perfeição, igualzinho está no post. Quando vi de longe o cartaz laranja, nem precisei ler o meu nome pra reconhecer o motorista que me esperava! Devia ter contratado logo a volta para o aeroporto, mas deixei pra depois, fiquei sem acesso à internet e, quando me lembrei do assunto, não tinha mais tempo. Aí, morri no transfer oferecido pelo hotel, que foi ótimo, mas um pouco mais caro do que o da chegada.

Transporte público

Usei bastante o metrô em Budapeste e Viena. Em Praga, um pouco menos, mas também usei. Nas duas primeiras, logo que cheguei, adquiri tickets de 72 horas. A compra foi feita nas máquinas das estações de metrô, com cartão de crédito (ou VTM). Todas têm opção de vários idiomas, de modo que ninguém precisa entender húngaro pra comprar. Com o bilhete na mão, é só validar no primeiro uso em uma maquineta na entrada do metrô ou dentro dos trams e ônibus, para marcar o horário em que o ticket começou a ser usado.

Em Budapeste, na porta de TODAS as estações de metrô, havia fiscais conferindo a validade dos tickets de TODOS os passageiros. Nos trams, ao contrário, nunca vi fiscais. Uma vez, um desses fiscais tentou me aplicar uma pegadinha (eu acho que foi isso). Pegou meu ticket, me levou até a máquina de venda de bilhetes e pediu que eu apontasse o tipo que eu tinha comprado. Mas não havia a opção de ticket de 72 horas! Falei que não era nenhum daqueles, já preocupada, e ele disse que estava tudo ok. Assim eu descobri que nem toda máquina vende esse tipo de bilhete.

Em Viena e Praga, não vi nenhuma fiscalização, foi tudo na base da confiança mesmo, mas eu não gostaria de pagar (ou de não pagar) pra ver o que acontece com quem é pego sem ticket válido…
Ainda sobre Praga, como não planejava usar tanto o transporte público, comprei bilhetes simples ou de 24 horas quando foi necessário.

Todas as informações sobre transporte público podem ser encontradas em:

Hotéis

Quando vou escolher hotéis, procuro o que tem a melhor localização dentro da faixa de preço que estou disposta a pagar e com o nível de conforto que espero. Sempre fico na faixa dos 100,00 euros pra baixo.

Em Budapeste, minhas pesquisas me mostraram que a hotelaria é bem barata e por isso, ao invés de economizar, resolvi escolher um hotel mais confortável, ainda dentro da minha faixa de preço.

Fiquei no Opera Garden Hotel & Apartments. Para mim, a localização era muito conveniente, pois a minha programação incluía uma apresentação na Ópera e outra no Teatro Thália, que também fica nessa região, e eu pude ir caminhando desde o hotel. Também é um hotel conveniente para quem pretende ir ao Conservatório de Música (Zeneakadémia ou Franz Liszt Academy of Music). O hotel fica em uma rua de pedestres e a área é bastante tranqüila. Dá para fazer vários passeios a pé ou usar a estação Opera do metrô. Minha reserva foi feita pelo Booking.

Outra localização que achei boa para ficar em Budapeste é na região próxima à Deak Ferenc Ter, onde fica a principal estação de metrô, que conecta três linhas, e à Vorosmarty Ter, por causa da facilidade de transporte e dos restaurantes e cafés por perto. É grande a oferta de hotéis ao longo da Váci utca (rua de pedestres com bastante comércio), mas acho que só vale a pena ficar nos que estão no começo dessa rua, que é na Vorosmarty Ter.

Ao contrário de Budapeste, em Viena, a hotelaria é beeem cara! Estava difícil conseguir um hotel com diária de até 100,00 euros dentro do Innere Stadt, que é a parte que concentra a maioria das atrações da cidade. Fiz uma reserva do tipo que podia cancelar sem ônus no Booking e continuei procurando, até que, mais ou menos um mês antes de viajar, encontrei uma oferta do tipo 4 noites pelo preço de 3 no Hoteis.com e reservei o Austria Trend Hotel Rathaus. A localização não foi perfeita, porque essa região, apesar de bem próxima da Universidade de Viena, “morre” nos fins de semana e não tem muita oferta de restaurantes à noite. Isso muda um pouco nos dias de semana. Mesmo sem muito movimento, a região é segura, e usei a estação de metrô (Rathaus) à noite sem medo.

Em Praga, os preços são intermediários. A dificuldade de escolher vem do fato de que a oferta de hotéis é muito grande, e todos parecem iguais. O ponto de referência para a localização da hospedagem é a Ponte Carlos, que corta o Rio Vltava. A maioria dos hotéis se situa em Stare Mesto (cidade velha), mas resolvi seguir a dica do Riq e procurar um hotel em Mala Strana, do “outro lado do rio”. E ainda bem que segui essa dica! Mala Strana é um emaranhado de ruelas antigas, que parecem ainda não ter sido “descobertas” por ninguém e permitem que você passeie com calma por um cenário de filme (de filme mesmo, já que “Amadeus” teve cenas gravadas ali). E tudo isso a um pulo de Stare Mesto, região da cidade que também é linda e que dá ótimos passeios (mas pra isso ninguém precisa se hospedar lá, no meio daquela muvuca toda!). Também existem muitos hotéis em Nove Mesto (Cidade Nova), perto da Praça Venceslau. Mas eu acho que também não teria gostado de ficar nessa região, que é muito comercial e – impressão minha – não deve ter muita graça à noite. Enfim, decidida a ficar em Mala Strana, peguei aqui no VnV mesmo a dica do hotel Kampa Garden, que é simples (com preço compatível), mas a dois passos da Ponte Carlos. Reservei pelo Hoteis.com, que tinha o melhor preço na época.

Passeios

Além do VnV, usei os seguintes blogs na montagem dos meus roteiros:

Usei também esses relatos de viagem que achei pelo Google no fórum do Fodor’s:

Queria deixar umas dicas para quem quer aproveitar a – intensa – programação cultural, que é uma característica das três cidades, e que foi o foco da minha viagem.

Tanto em Budapeste, quanto em Praga, e principalmente em Viena, é possível assistir a maravilhosos concertos de música clássica, óperas e balés. Mesmo para quem não gosta especialmente desse tipo de apresentação (ou para quem nunca foi a uma), quer lugar melhor no mundo pra tentar? E, se não gostar do espetáculo, dá para apreciar os belos teatros por dentro. Então, é aproveitar a oportunidade!

Em Budapeste, a Ópera é conhecida pela boa relação custo benefício: ótimos espetáculos e preços baixos. Assisti lá à minha primeira ópera, que foi “As Bodas de Fígaro”, de Mozart. Eu nunca gostei de “ouvir” ópera, mas, ao vivo, a coisa é bem diferente, achei emocionante! O espetáculo tinha uma montagem bem tradicional – diferente da apresentação que vi em Praga – e foi uma iniciação perfeita nesse gênero. O site da Ópera encaminha para o um site de venda de ingressos onde dá pra comprar tickets para muitas outras atrações.

Fui ver também “Carmem”, da Compañia Antonio Gades, que estava participando do Festival de Primavera de Budapeste. Foi difícil conseguir o bilhete, estava esgotado em alguns sites de vendas de ingressos, então, precisei recorrer a uma agência. Usei os serviços da Vienna Ticket Office. Localizei a agência pelo Google e comprei no escuro, sem referências do serviço. Troquei alguns e-mails com uma funcionária para acertar detalhes da compra e, mesmo tendo achado o atendimento muito sério, fiquei apreensiva até retirar o ticket na bilheteria do Teatro Thália, mas deu tudo certo. Claro que paguei uma comissão, mas o valor foi razoável, e o espetáculo valeu muito a pena! Eu poderia ter também entrado em contato com o hotel para tentar conseguir esse ingresso, mas ainda estava meio indecisa sobre a escolha da hospedagem, por isso, não usei essa alternativa.

Ainda pesquisei sobre concertos de música clássica, mas não daria para encaixar na minha agenda. Descobri que a principal sala de concertos de Budapeste, que é a da Zeneakademia ou Academia de Música Franz Liszt está fechada para reformas atualmente. Outras opções são o Centro Kodály e o Palácio das Arts.

Em Viena, é difícil até mesmo desviar da oferta de apresentações de música clássica, principalmente em frente à Stephansdom e no Hofburg. Mas eu preferi evitar os espetáculos montados apenas para turistas. Fui ver o balé “Don Quixote”, encenado na Ópera. Minha cadeira era praticamente no teto do prédio, mas era o único tipo de ingresso disponível cerca de um mês antes da viagem, quando organizei minha programação, e achei que valia a pena. É claro que existia a opção dos “stand tickets”, para uma sala onde as pessoas assistem aos espetáculos de pé (sobre o assunto, recomendo a leitura deste relato. Mas como minha “agenda” exigia que eu fosse à Ópera em Viena no mesmo dia em que viria de Budapeste, não tinha tempo de chegar cedo, por volta das 16h, 17h, para guardar um lugar, por isso resolvi comprar o ingresso mesmo para uma cadeira mal localizada. E o espetáculo foi tão lindo que o desconforto não prejudicou a experiência. A compra foi feita no site da Ópera mesmo.

Também fui assistir a um concerto de música clássica no Musikverein. Não consegui ver a Filarmônica de Viena, que é a mais conceituada das orquestras da cidade. Tive de me “contentar” com a Orquestra Sinfônica de Viena! Quem fizer questão de ver a Filarmônica, tem que entrar em contato por telefone uma semana antes da data da apresentação para comprar um dos ingressos restantes (a venda não é feita pelo site) ou apelar para os stand tickets.

Outra boa sala de concerto em Viena é a Konzerthaus, mas não deu tempo de ir. Várias igrejas também promovem concertos de música clássica. Uma que fiquei com vontade de ir foi a Karlskirche. Para quem gosta de música sacra, o Vienna Boys’ Choir se apresenta nas missas da capela do Hofburg.

Enfim, Praga. Aqui a oferta de concertos também é enorme, mas a cidade não tem tanta “tradição” no assunto quanto Viena, então, é mais fácil conseguir os ingressos, e os preços são mais baixos. Para se informar num lugar só sobre todas as opções, ao lado da entrada para a Igreja de Nossa Senhora Diante de Tyn, fica uma lojinha de CDs chamada Via Musica, que tem um painel com folhetos de todos os espetáculos, não só de música clássica, mas também de jazz.

Programei uma ida à Ópera para ver um balé. Dei a sorte de ver a estréia da montagem local de “Giselle”, que foi uma apresentação arrebatadora, com direito a muitos aplausos em cena aberta. Na hora da compra, o site da Ópera redireciona para o Bohemia Tickets, que vende ingressos para outros espetáculos também.

Vi ainda “A Flauta Mágica”, de Mozart, numa versão modernizada. A história dessa ópera é tão fantasiosa que um cenário e um figurino um pouco atualizados não fizeram mal nenhum. E poder ouvir a tão famosa ária da Rainha da Noite ao vivo… não tem preço! O espetáculo era montado pelo Naródni Divadlo (Teatro Nacional tcheco), que tem vários prédios (é bom conferir exatamente em qual teatro vai ser o espetáculo, pois quase perdi o início da apresentação por ter ido pro local errado!). No meu caso, a apresentação aconteceu no Estates Theatre, local em que Mozart em pessoa regeu a estréia em Praga de outra de suas criações, a ópera Don Giovanni. Para compra de ingressos, o site do Naródni Divadlo redireciona para o Ticket Portal.

Faltava conhecer o Teatro Negro de Praga, que é tão típico da cidade. Eu já tinha passado pela porta de uma infinidade de locais com apresentações desse gênero, mas não tinha ficado realmente interessada em assistir a nenhuma delas, todas me parecendo apenas “pra turista”. Pois eu devia ter me conformado à minha condição (de turista, afinal!) e ter ido ver um desses espetáculos. Mas resolvi inovar e ver o Lanterna Magika, que também faz parte do Teatro Nacional. Era a estréia da montagem “Legends of Magic Prague”, mas eu tenho de confessar que não gostei. Nem sei explicar o motivo de não ter gostado, talvez não tenha entendido a coisa, mas acho que não fui a única, porque pessoas sentadas ao meu lado não retornaram após o intervalo… Comprei o ingresso no teatro mesmo, cerca de uma hora antes da apresentação (foi um dos últimos lugares).

Nessa noite, eu poderia ter escolhido ir a um concerto de música clássica: ou ver a Orquestra Filarmônica Tcheca se apresentar no Rudolfinum ou uma orquestra de câmara no Smetana Hall, na Casa Municipal. Esse segundo, eu gostaria de ter ido nem que fosse só para conhecer a sala de concertos, que é linda.

Só para dar uma idéia da facilidade de comprar ingressos em Praga: Joshua Bell iria tocar com a Filarmônica cinco dias mais à frente – ah se eu ainda estivesse lá… – e ainda havia tickets disponíveis para essa apresentação, o que não aconteceria em Viena de jeito nenhum! Aliás, em Viena, tinha visto uma reportagem sobre a estréia da ópera Anna Bolena, em que um monte de gente muito fina, vestida para a apresentação de gala, exibia em vão as notas de euro em busca de um bilhete! Assistiram debaixo de chuva, num telão montado na rua…

Sobre os preços dos ingressos: como adiantei, em Viena, paga-se sempre mais do que em Budapeste e em Praga (mas é assim em todos os aspectos, Viena realmente não é uma cidade barata). Mas há ingressos para todos os bolsos, começando com os stand tickets, que custam apenas alguns euros. Em alguns casos, paguei menos do que os preços dos ingressos de espetáculos voltados somente para turistas que, segundo vi, não são exatamente baratos…

Recomendo muito para quem vai viajar para essas cidades aproveitar essa programação cultural tão ampla. Eu acabei fazendo uma maratona de teatros e óperas, o que só deixou a minha viagem ainda mais inesquecível!

Lindo, Wanessa! Muitíssimo obrigado em nome de todos os leitores!

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590 comentários

Daniel passei por Dresden dia 23 de junho que passou. Vale a parada. E como já foi dito fica apenas 1h30 de Berlin. Antes de chegar na Alemanha tem uma cidade Checa muito bonita chamada Ústí nad Labem.
Mas,nada se compara ao encanto de Dresden.
É um aperitivo para Berlim que é uma cidade fascinante!

    Leila, bom dia.
    Eu e minha esposa estamos nos programando para fazer Budapeste e Viena no inicio de maio e pretendo me hospedar no Ibis que você ficou.
    Minhas perguntas são as seguintes.
    1.É facil o deslocmento de trem/metro/onibus do aeroporto para o hotel? Média de preço?
    2. Qual o valor médio de uma refeição em lugares comuns onde os locais comem?
    Sou do ABC em São Paulo e agradeço desde já a gentileza da sua atenção.
    Abraços
    Rogerio e Wanice Macri

Olá pessoal, boa noite!

Ficarei 4 dias em praga em agosto e gostaria de uma dica de como passar um dia (bate e volta) em dresden ou bratslava saindo de praga, queria saber se vale a pena? Ou teria outra cidade pra conhecer nas proximidades? É muito complicado? Obrigado desde já pela atenção. Daniel

Wanessa
Estou de volta e agradeço muito suas dicas,do Bóia e do Ricardo,bem como de outros “viajantes” que passaram por aqui e deixaram sua contribuição. No meu caso,todas foram valiosas. Fizemos um roteiro(mini agenda) com tudo registrado. Aí foi só correr para o abraço.
Adoramos cada cidade e mesmo em tão poucos dias tudo foi digno de nota DEZ.
1. Budapeste. LINDA! Cheia de música, concertos nas Igrejas e nas praças.Assistimos um na Basílica Sto.Estevão (Requiem de Mozart) e na Igreja São Miguel ( As quatro estações de Vivaldi,A Rapisódia Hungara,nº2 de Lizt e Eine kleine Nachtmusik, a serenata nº13 de Mozart. Lembram do filme Sorrisos de uma noite de verão?) Monumentos bem cuidados. Passeio pelo Rio Danúbio imperdível,idem Museu Etnográfico. Custo de vida compatível com o nosso real.
Aproveitando sua dica. Trocamos o mínimo de euros para forintes no aeroporto e utilizamos o serviço do Minibusz.Ótimo serviço,cerca de 8 euros por pessoa.
Hotel:Ibis Centrum Budapest (69 euros c/bom café da manhã). Como todo Ibis não é “pertinho” e nem compromete o serviço.Aliás,Wi-Fi é gratuito. Fácil acesso a tudo.É próximo da Ponte Elisabeth e Váci Útca e a Praça Vörösmarty (aí fica o Café Gerbeaud). Na rua do Hotel (Raday u.6) há uma série de barzinhos e restaurantes muito simpáticos.
Não vou enumerar todos os locais que visitamos,mas não se pode deixar de conhecer a Ilha Margit Szieget,as Termas de Geller,o Mercado Central (que delícia,adoro mercados,Palácio Real, a região do Castelo (Monte Geller),o bairro judeu,o Museu Nacional,o Museu de Belas Artes( bem perto pode-se provar o gulyás,uma palacsinta (panqueca) saborosa.Vale a pena caminhar por ruas e ou locais não citados nos roteiros turísticos e conhecer um pouco daquela cultura e povo que fala uma língua que nem o diabo entende,mas são muitíssimo hospitaleiros. Coloque no seu roteiro a Opera Budapest e o Ballet Nacional Hungaro. Paga a viagem!
2.De Budapeste seguimos para Viena de trem (Railjet 41).A passagem compramos na Kaleti Pályaudvar,cerca de 11.000 HUF ( 1 euro igual a 226 huf). Trem excelente e a paisagem é lindíssima! Curtimos toda viagem,os campos lavrados, as lavouras de milho,batata,trigo, as cidades ao longo da via e as imensas torres de energia eólica. Surpreende!
Chegamos na estação Westbanhof,tudo bem sinalizado e indicado. Aí já compramos a passagem para Praga. O trem para Praga partiu da estação Wien Meidling (uma estação mais acanhada).Os deslocamentos de metrô é uma facilidade. Não tem erro. É só seguir as orientações e,na dúvida, perguntar.
Em Viena hospedamos no Hotel De France,em Innere Stadt, a 50 metros do Metrô Schottentor (linha U2).É um elegante e luxuoso 5 estrelas,bem localizado e a diária não era de assustar (114 euros sem café).Coisa de cinema!!! (rsrsrs).
Como já disse no inicio todas as cidades são lindas e sem qualquer comparação. Já conhecia Viena (e os seis estados austríacos no inverno e abaixo de muita neve).Mas,visitá-la no verão foi demais!
Os jardins estavam floridos,dias solarengos,musica por toda parte e boa comida. Temos por costume escolher sempre locais de gastronomia regional e não turístico. Assim,poder compreender um pouco da vida social e cultural dos países que visitamos. A propósito,ao lado da Universidade e do outro lado do Teatro fica o prédio (palacete) da prefeitura municipal. Vale a pena conhecer os restaurantes que ficam no subsolo do prédio (porão mesmo)como o Wiener Rathauskeller. Ao final do expediente os Cafés estão lotados e é uma tentação os doces,os pães,os cafés.O Wiener Kaffeehaus (café Sacher) é requintado. Mas,como ele existe outras dezenas de cafés espalhados por uma Viena elegante como os passos de uma valsa.
Não vou também enumerar os monumentos que todo mundo quer ver em Viena.Mas, se tiver tempo e gostar não deixe de ir ao Teatro, a Ópera, Museu de Hofburg,a catedral de S.Stephans,ao mercado Nascmarkt e,claro, ao Palácio de Schönbrunn.
3. O Trem para Praga não foi tão confortável e bom quanto o que viajamos no trecho Budapeste-Viena. E bem mais caro.
Todos aqueles cuidados alertados aqui quanto aos taxis procede e casas de câmbio. Toda atenção é pouca. De Prague Central Station até o nosso Hotel Eurostars Thalia (um excelente e moderno 5 estrelas,104 euros com café da manhã)pagamos 8 euros.Fica na mesma rua do Teatro Nacional,praticamente vizinho.No Hotel, que é uma conhecida rede espanhola, todos os funcionários falam espanhol.
A cidade é pequena e dá para conhecer tudo a pé (os pontos de maior interesse). Muito bem localizado (Narodni Trida,13),no exato local onde se encontram a antiga cidade (Stará Mesto),a cidade moderna (Nove Mesto)
Praga é a capital da juventude. Nunca vi tantos jovens juntos. Uma “tribo alegre” que se espalha por toda Praga de manhã à noite.
Aliás,também não recomendo ninguém parar (hospedagem) perto daquela “muvuca” em torno do Relógio Astronômico. É roubada pela grande mobilidade de turistas.
É uma cidade belíssima! De encher os olhos.Muito hospitaleira.Sempre tem alguém pronto a te ajudar.O Castelo, a Viela Dourada (séc.XVI)e a casa de Kafka,a Catedral de São Vito, a troca de Guarda no Palácio Real, a Basílica de São Jorge,Museu Nacional,a Ponte Carlos (que loucura de gente!!!,a Praça da Cidade Velha,o relógio Astronômico (não sei se gostei mais de ver o Relógio ou a afluência das pessoas em seu torno); o quarteirão judaico (impressiona).Para quem tem devoção vale uma visita especial a Igreja Nossa Senhora da Glória onde está a imagem do Menino Jesus de Praga. Foi um momento de emoção,pois sou devota desde criança. Do alto da Praça de São Venceslau fiquei observando aquele mar de jovens (de idade e de espírito como nós)num constante ir e vir por praças e monumentos.É muito bonito.
Por toda parte da Mala Strana, ruelas da Praça Velha e da Praça São Venceslau (Stará Mesto)encontra-se um intenso comércio de cristais, jóias de granada,antiguidades e “lembrancinhas”. Lojas Na Parizska estão lojas de grifes internacionais e sonho de consumo de muitas mulheres do planeta.
Imperdível:o Teatro Negro e um espetáculo de Lanterna Mágica.
nesta época há música por toda parte. Ficamos com pesar de não poder assistir um concerto (Organ Concert) na Igreja de São Francisco. No Programa peças conhecidas no mundo todo de Mozart,Vivaldi,Handel,Shubert,Dvorak Vejvanosky,Bach…Também não dá para ir a tudo,não é?
Comida típica boa:Typial Czech Restaurant,na Venceslau Square (bom goulash).Ah!nós gostamos demais do restaurante “U Medvídku” fundado em 1466.Fica na Perstynè,7.É também uma fábrica de cerveja. Comida farta,típica e barata. Cozinha medieval.
Todas as informações sobre a moeda,casas de câmbio e taxis seguimos à risca e socializamos com quem fomos encontrando.
Foi aqui,com alguém que escreveu ao “Bóia” que pegamos a dica do ônibus da empresa Orangeway. Excelente! Fizemos de ônibus o trecho Praga a Berlim passando por Dresden. Passagem de 22 euros.Ônibus de luxo com TV,wi-fi,frigobar.
Aqui tenho duas observações: 1)- eles cobram um euro por mala colocada no bagageiro(no embarque);2) a estação final em Berlim fica na periferia e é LONGE. Se pegar um taxi até a Alexander Platz pagará 100 euros no mínimo. Bem próximo fica um metrô que faz conexão com um trem de superfície(2,10 euros por pessoa). Levamos cerca de 2 horas até a Alexander Platz.
Mas Berlim fica para outro dia…por hoje está de bom tamanho.
Um abraço e muito obrigada pelas dicas.
Valeu!
Leila

Mariana,

Quando fui a Viena, ano passado, fiquei no Mercure Wien Europlatz, localizado bem perto da estação de metrô Westbanhof (estação que chega o trem q vem de Budapeste), os quartos são pequenos mas gostei da localização.

Que ótimo! Tb sou de lá. Estou morando em Recife, mas sempre com o pezinho em JP.
Pesquisei os hoteis em Innere Stadt e fiz a seleção de alguns.
Ainda estou em dúvida, pq vi boas indicações do Ibis Mariahilf, que é perto da estação e bem mais barato, mas, apesar disso, não sei se é uma boa região no final de semana, principalmente, à noite.
Então tenho que decidir entre os hoteis em Innere Stadt ou o Ibis.
A diferença do preço total é em média 150 euros.
Alguém pode me ajudar? 🙂

    Mariana, eu acho que a Paula* (https://www.viajenaviagem.com/2009/09/paula-e-fred-na-europa-central/) ficou nesse Ibis. Veja se você enconta o relato dela. Eu li um pouco sobre essa região antes de viajar, mas só passei lá de dia e não caminhei até a Westbanhof.
    Viena é uma cidade bem segura, e acho que você não enfrentará nenhum risco se ficar lá, mas meu voto ainda vai para o Innere Stadt (se o seu hotel for bem localizado mesmo, perto da Stephanplatz, ou da Ópera…).

Obrigada pelas respostas.
Irei pesquisar mais os hoteis e ficarei em Innere Stadt sim.
Wanessa, obrigada pela dica dos posts.
Estou salvando tudo, inclusive o seu relato de viagem, para fazer um roteiro depois.
Você é de Joao Pessoa? Acho que li isso em algum lugar.

É longinho, Mariana. A cidade não é perigosa, mas qdo fui (outubro) era bem deserta à noite.
Eu fiquei no K+K Rudolfsplatz e já não curtia ir caminhando até o burburinho.

Oi!
Pelo que li aqui, o melhor local para ficar em Viena é em Innere Stadt.Porém, só estou achando hoteis muito caros.
A região de Leopoldstadt é boa? Sei que é perto, mas a noite é legal? Tem algum problema em ir andando para Innere stadt à noite?
Obrigada.

    Mariana, quando eu estava programando a minha viagem, fiquei nesse mesmo dilema, porque tudo no Innere Stadt é bem caro. Acabei ficando na “divisa” com Josefstadt. Mesmo sendo perto do centro, usei bastante o metrô.
    Leopoldstadt até parece perto no mapa, mas tenho a impressão de que não é bem assim na vida real… Eu evitaria, mas falo sem conhecer, porque não cheguei nem a andar por ali pra saber como é a região.
    Se fosse voltar a Viena, eu me esforçaria pra ficar no Innere Stadt mesmo, porque é lá que está quase tudo o que a gente quer ver na cidade. Como alternativa, consideraria algum hotel na região da Mariahilferstrasse, o mais perto possível de alguma estação do metrô.
    Não é dica de hotel, mas a Dri Setti esteve há pouco em Viena e fez uns posts ótimos: https://viajeaqui.abril.com.br/blog/achados/category/austria/

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