Recapitulando: de Nova York voamos para Burlington, em Vermont. De lá, depois de uma rápida visitinha, continuaríamos para o Canadá. Burlington fica a 40 minutos da fronteira com o Québec; da fronteira a Montreal dá mais uma horinha, e só.
Não há trem neste trecho (a rota das Adirondacks vai pelo outro lado do lago Champlain), e não era negócio alugar carro pois não voltaríamos para lá. Solução: busão.
Tentei comprar a passagem ainda no Brasil, pelo site da Greyhound. Sem sucesso. Não, não era problema nenhum com o cartão de crédito; o site sequer carregava os horários. O Zé-JET então lembrou que há um guichê da empresa no aeroporto. Compramos então ao desembarcar, para dali a dois dias. Pediram os passaportes. Deu 26 dólares por pessoa. Não achei caro.
O ônibus sai do aeroporto mesmo. Pediram para a gente chegar com vinte minutos de antecedência. Chegamos um pouco antes. Daí recebemos a notícia: o ônibus estava uma hora atrasado (vinha de Boston). Uma hora!
Na hora de embarcar, outra pequena decepção: as malas não são registradas. E é o passageiro quem põe a mala dentro do maleiro do ônibus. O motorista só abre a portinhola e diz o destino onde será aberta. Môntchriól!
Agora a parte boa: o ônibus era novo e tinha wifi. As poltronas eram confortaveizinhas, com revestimento imitando couro. (Mas não reclinavam muito.)
O wifi funcionou às maravilhas em território americano, tanto no celular quanto no laptop. (Ah, sim: tem TOMADA pros seus gadgets queridos não morrerem sem bateria; pena que esqueci de fotografar.)
Ao chegar à fronteira, porém, o sinal sumiu.
Passamos reto pelo posto americano; assim como acontece nos aeroportos, não há checagem de saída do país. Descemos todos no posto canadense, com nossas bagagens de mão e retiramos as malas do compartimento para passar pela imigração.
A agente foi meio rispidazinha com todo mundo. Dos que tinham cara de aprontar (jovens meio grunginhos), pediu para abrir a mochila. Um lipo-americano (sim, estou sendo politicamente correto) foi encaminhado ao chefe do departamento por problemas na documentação.
Em 15 minutos estávamos todos de volta ao ônibus (sim, enfiamos as malas novamente por conta própria no compartimento), mas o passageiro retido para averiguações continuava atrasando a saída. Acabamos ficando 45 minutos no total ali na fronteira, e partimos sem o lipo-americanão.
O wifi praticamente parou de funcionar no Canadá; o sinal era muito fraco e não permitia sequer carregar emails. Só foi aparecer forte de novo quando estávamos entrando em Montreal. A vista do skyline contra o rio St.-Laurent nos deu as boas-vindas.
Descemos na rodoviária, tirei dinheiro canadense do caixa automático e subimos num táxi. 10 dólares canadenses depois, estávamos no hotel.
Ou seja: tirando os atrasos, foi uma boa experiência, sim. Para viagens desta duração, eu repetiria.
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