Já que tanta gente cai aqui perguntando sobre furacões no Caribe, este ano vou acompanhar de perto a temporada das ventanias para ver se aprendo alguma coisa
O caso desta tempestade Emily é exemplar. Um belo dia o National Hurricane Center americano, que fica na Flórida, identifica a formação de uma tempestade tropical em algum ponto do Atlântico Norte e do Caribe. Tão logo é identificada, a tempestade ganha um nome (de uma lista pré-definida) e, olhem que prestígio, uma página na Wikipedia.
A tempestade é então acompanhada de perto. Prognósticos aproximados da sua passagem são feitos, e todos os países que possam estar no caminho são alertados.
No caso da República Dominicana, o aviso foi dado no domingo, alertando para a possível passagem desta tempestade tropical nas 72 horas seguintes.
A tempestade é então acompanhada de perto: é feita a sintonia fina da sua trajetória. Na segunda-feira havia a possibilidade da tempestade passar por Punta Cana. Na quarta-feira pela manhã já se sabia que o centro da tempestadade não passaria por nenhuma das zonas turísticas, nem pela capital Santo Domingo. No fim da tarde os radares já previam que o centro da tormenta atravessaria a ilha de Hispaniola pelo oeste, em território haitiano.
(Ser poupado do olho da tempestade, porém, não significa escapar das chuvas; são previstas chuvaradas até sexta-feira em todo o país.)
Assim como a trajetória é redesenhada a todo momento, caso seja notado um aumento da velocidade dos ventos, a tempestade pode ser classificada como furacão. Emily é a quinta tempestade tropical do ano; nenhuma até agora ganhou o temido upgrade.
Lições do dia: 1) nem toda tempestade vira furacão; 2) os ventos não atingem indiscriminadamente todos os países que entram em estado de alerta -- aos poucos a trajetória exata vai sendo definida (e redefinida); 3) mesmo que não sofra com o olho da tempestade (ou do furacão), é impossível escapar da chuva pesada.
Saiba mais a temporada de furacões, que vai até novembro, aqui.
Acompanhe as tempestades no StormPulse.
E se você não quer passar por nenhum stress nesse departamento, tenha em mente que:
1) Aruba, Curaçao, Los Roques e Barbados estão fora da rota dos furacões (mas outubro-dezembro é a época de chuvas em Aruba, Curaçao e Los Roques);
2) O Ceará, o Piauí e o Maranhão tem tempo firmíssimo até o fim do ano;
3) A costa leste do Nordeste, do norte da Bahia pra cima, já fica com tempo seco a partir de setembro (o Sul da Bahia é imprevisível).
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