"Em Roma, faça como os romanos" deve ser um dos três clichês mais repetidos em qualquer idioma ocidental, mas na vida real a tarefa é das mais difíceis de realizar. Para começar: onde é que estão esses tais dos romanos? Por onde quer que se ande no centro histórico de Roma, os turistas dão a impressão de estar em maior número do que os nativos. E boa parte dos estabelecimentos comerciais que você encontra pelo caminho parece estar mais consciente disso do que seria desejável.
Qualquer guia com alguma pretensão descolex vai recomendar que você evite lugares com cardápios poliglotas afixados na porta ou com qualquer apelo em inglês visível da rua. E vai sugerir lugares que... bem, que logo vão ficar lotados por turistas que fogem de lugares lotados de turistas...
A única solução parece ser sair do caminho dos colegas. Naquela semaninha de junho de 2008 que passei em Roma, só me senti em lugares não-turisticos nas ruazinhas mais escondidas do Trastevere e também no charmoso bairro do Monti (que fica numa posição ótima, entre o Coliseu e o Quirinale). Ah, sim: também fui numa sábado à noite ao Testaccio, um bairro mais humildinho, perto da estação Ostiense, que tem trattorias freqüentadas pelos nativos e uma megamuvucona na rua nos fins de semana de verão (a foto é de lá). Mas não tive tempo de ir à região do Flaminio, que a Marcie (que morou anos por lá) tinha me indicado. Também não consegui forças para zanzar à noite para os lados da via Tiburtina, em San Lorenzo (próximo ao Termini!), que parece ser uma das áreas favoritas da estudantada.
Isso tudo veio à baila porque o Beto vai terminar um périplo umbro-toscano com uma pequena temporada em Roma. Como já fez todos os lerês em vidas, perdão, em viagens passadas, desta vez ele queria fuçar por lugares da cidade que ainda não tivessem sido invadido por bárbaros como nós.
Fazendo aquele meu deverzinho de casa, inicio as discussões com:
Testaccio & Ostiense no Spotted by Locals
San Lorenzo (via Tiburtina) no Spotted by Locals
Mas o que eu queria mesmo eram as dicas que você tem a dar pro Beto, pra mim e pra quem quiser encontrar a Roma dos romanos. Grazie mille!
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