Bate-volta de Aruba a Curaçao: a experiência do Marcio Antonio

Curaçao Seaquarium

A gente aqui no Viaje na Viagem não recomenda fazer bate-volta entre Aruba e Curaçao. O relato do Marcio Antonio nos reforça essa intuição. Ele conseguiu aproveitar bem o dia, mas ficou na dúvida se o passeio vale mesmo a pena:

Fui de Insel Air e verifiquei no site para ter certeza de que os vôos eram no MD-80 e não de Bandeirante… o vôo da ida foi pontual; o da volta atrasou aparentemente porque um passageiro que fez check-in não achava o portão de embarque e, em vez de decolarem sem o sujeito, resolveram procurá-lo.

Nosso objetivo em Curaçao era a Dolphin Academy, tínhamos comprado o Dolphin Encounter pra mim e pra minha esposa. O guia Lonely Planet torce o nariz para a Academia e eu até entendo o motivo, mas por outro lado tenho certeza de que os animais são muito bem tratados. Como não sei qual é a “área mínima” de que um golfinho precisa para viver bem, e não sei se treiná-los como um animal de estimação viola a sua natureza, meu julgamento fica em suspenso. Mas foi uma experiência fascinante poder interagir (mesmo que só um pouco — existem outras opções como o Dolphin Swim, mas que são bem mais caras) com um golfinho. Minha esposa ficou maravilhada.

Uma coisa que percebemos — se você tem criança muito pequena, pense duas vezes antes de alguma atividade na Academia de Golfinhos. Vimos algumas crianças que estavam numa boa, faziam carinho e tal, mas outras ficavam assustadas com o bicho e não paravam de chorar. A criança pode se dar bem com animais pequenos, em casa, mas golfinho é outra história.

O Curaçao Sea Aquarium parece estar passando por reformas. Vários tanques estão sem plaquinhas explicativas, mas mesmo assim o lugar é muito bacana e vale a pena visitar. Bem na hora em que estávamos saindo havia funcionários alimentando os flamingos, o pelicano e as tartarugas, e os visitantes são encorajados a entrar lá e ajudar. Foi muito divertido.

Já era meio da tarde quando fomos a Willemstad, que dá de 10 a 0 em Oranjestad. Andamos meio sem rumo ali pelo centro histórico em Punda, só olhando as construções; compramos óculos de sol Armani Exchange por metade do preço que tínhamos visto em Aruba e no dutyfree de Guarulhos (70 dólares), vimos a ponte abrir umas três vezes, visitamos a sinagoga (atenção, lá não aceitam cartão; homens devem cobrir a cabeça dentro da sinagoga, para as mulheres é opcional. Homens que não tiverem chapéu podem usar um quipá, tem um cesto cheio deles na entrada) e o museu anexo.

Infelizmente chegamos a Otrobanda faltando 5 minutos para o museu Kura Hulanda fechar. Paciência. Depois ficamos ainda um tempinho à beira do canal, e resolvemos ir pro aeroporto de ônibus urbano mesmo, porque achamos o táxi meio caro. No aeroporto de Curaçao, felizmente aceitavam cartão para pagar aquela taxa de embarque absurda (em Aruba é só cash).

Valeu a pena? Olha, como não sabemos quando (e se) teremos a oportunidade de voltar ao Caribe, sim, valeu. Mas pagar 70 dólares por cabeça em taxas de embarque foi altamente desanimador, considerando que era um bate-volta. Num eventual retorno nosso às ilhas ABC, talvez nos organizemos para ficar mais dias em Curaçao (o problema é ter que alugar carro — detesto dirigir carro que não é meu num lugar que não conheço), ou vamos buscar outra alternativa, mas bate-volta acho que estará fora de cogitação.

Obrigada pelo relato, Marcio Antonio! Para quem tem vontade de combinar Aruba e Curaçao numa mesma viagem, o Ricardo Freire recomenda dividir a estada, em vez de fazer só um bate-volta.

Leia também:

12 praias em Curaçao (públicas, pagas e de hotéis)

Aruba + Curaçao: o Ricardo acaba de voltar e conta tudo

Aruba: a lua de mel do Marcio Antonio

Página-guia de Curaçao no Viaje na Viagem

Siga o Viaje na Viagem no Twitter@viajenaviagem

Siga o Ricardo Freire no Twitter@riqfreire

Visite o VnV no FacebookViaje na Viagem

Assine o Viaje na Viagem por emailVnV por email


30 comentários

Márcio, estou indo em abril e comprei a passagem de Aruba a Curaçao.Gostaria de saber se estes usd70.00 é total de ida e volta, pois só terei o trecho de ida, pois volto com Copa por Panamá.
Comprei também com a Insel Air.
Achei que todas as taxas estavam inclusas.Obrigada.
Gostaria também de saber se alguém comprou alguma máquina fotográfica aquática no Panamá, se é mais barato que aqui.
Obrigada

Diego, só se mudaram isso muito recentemente. Quando eu comprei as passagens, paguei a tarifa mais uns “fees and taxes”, mas a taxa de embarque tiveram de ser pagas lá no aeroporto mesmo (em Aruba leve dinheiro vivo, em Curação já entraram no século 21 e aceitam cartão). Verifique se o preço do site inclui mesmo um “boarding fee” (só “fees and taxes” não adianta muito — pode significar qualquer outra coisa que não seja a taxa de embarque) de mais ou menos 36 dólares.

Um detalhe é que a minha passagem da Gol Aruba-BSB-GRU já incluía a taxa de embarque.

    Diego, fui lá no site da Insel Air e botei umas datas quaisquer para ver o que vinha. Deu o seguinte:

    Total price including taxes USD 132.60
    Base fare per traveller USD 89.00
    Total carrier-imposed charges and fees per traveller USD 43.60
    Total USD 132.60

    Quando você clica em “View breakdown of taxes, carrier-imposed charges and fees”, vem o seguinte:

    YQ Carrier Imposed Surcharges USD 43.60

    O que, claro, não explica absolutamente nada. Mas “boarding fee” com certeza não é, então acho que, se você estiver pensando em comprar uma passagem com a Insel Air, melhor seguir considerando que as taxas de embarque não estão incluídas.

    Sobre os Bandeirantes, quando eu fiz a reserva, em janeiro de 2012, pra voar em maio, eles ainda constavam como fazendo alguns dos voos. Se no processo da compra você clicar no número do voo e aparecer “EMB”, então ainda é Bandeirante. As outras opções são o MD80 e os Fokker 50.

Marcio, excelente relato.

Só duas coisas…

Primeiro, tem que pagar as taxas em Curaçao e Aruba no aeroporto voando Insel? Consultei no site da empresa agora e apareceu a cobrança das taxas de embarque junto com o valor da passagem.

Segundo, salvo melhor juízo a Insel já aposentou os Bandecos, e está só com os MD-80s.

Marcio.. eu quero fazer esse Dolphin Encounter ou o Dolphin Swim , mais meu noivo não faz muita questão, e o preço também é meio salgadinho… Caso eu for sozinha, ele consegue ficar por perto? Eles deixam tirar fotos? Obrigadaa!!!

    Érika, por 10 dólares seu noivo pode ficar num ponto de onde ele pode tirar fotos suas com o golfinho, quantas ele quiser. Claro que o fotógrafo da Academia fica muito melhor posicionado para as fotos “clássicas” (tipo você sendo beijada pelo golfinho). A vantagem é que, depois que termina seu tempo com o golfinho, você já poderá ver as fotos que seu noivo fez e, ao passar na loja, pode ver também as fotos do fotógrafo profissional, sem a obrigação de comprar. Aí você compara e, se quiser, deixa mais uns dólares por lá…

    Legal!!! Ai só para fica de fora nem precisa reservar pela internet como vc havia dito né? Obrigada pelas dicas..

    Erika, para a sua atividade com o golfinho, eu recomendaria reservar com antecedência. Como o processo todo ocorre por e-mail, você pode aproveitar e perguntar se já precisa reservar o “posto de observador” do seu noivo. De qualquer forma, todos os pagamentos são feitos apenas lá no local, eles não cobram nada antecipadamente, apesar de pedirem o número do seu cartão.

Não entendo nada de avião. Mas esse da DAE era de 45 lugares acho.

    Então acho que são os ATRs novos mesmo (novos no sentido de que a DAE acabou de recebê-los; sabe Deus se são zero quilômetro).

Kendrik, avião pequeno de que tipo? Eu fui ver na Wikipedia e eles têm Fokker 100 e MD-83, a não ser que você já tenha pego os ATRs que a empresa iria receber em maio. Já voei com alguns aviões menores (Fokker 50, um jato Embraer em que do lado esquerdo era só uma poltrona) e realmente é um pouco mais emocionante que a média.

Juliano, fiz também em maio bate-e-volta. E voltei de DAE.

Aluguei carro em Curaçao e tem que pagar para estacionar nas ruas do centro (apanhei 20 minutos, até que um lavador de carro me ajudou, aliás a educação deles em Aruba e Curaçao é um caso a parte. Um exemplo!). De manhã fiz compras em Punda e conheci rapidamente Otrobanda.

A tarde conheci (apenas ver mesmo, pois não dá tempo) várias e imperdíveis praias, que nuca sairão da memória, como Lagun, Port-Marie, Cas Abou, e a mais lida que vi na vida Kenepa Grandi.

Fui de Insel e voltei de DAE.

Fui no primeiro horário e voltei no último, por isso duas empresas. Compras tranquilas pela net, até quem não entende inglês como é meu caso.

O avião da Insel é muito maior.

O da DAE é pequeno e como venta muito, tive fortes emoções na volta noturna com a DAE.

O preço entres ela varia muito pouco. O que sai caro é pagar U$ 32 dólares por pessoa de saída tanto de Aruba como de Curaçao.

Fiquei 15 dias em Aruba (7 no Westin que não gostei e 8 no excelente Bucuti).

Ia ficar só em Aruba. E em uma outra oportunidade conhecer Curaçao. Mas quis matar a curiosidade logo.

O bate e volta realmente não é recomendado. Mas não me arrependo. O duro foi não aproveitar as praias de lá.

Vejo alguns dizer que uma semana é muito. Eu achei pouco 14 em Aruba e 1 em Curaçao.

Tive a oportunidade de conhecer Cancún (duas vezes no Cancun Palace), Punta Cana (Hard Rock e Secrets) e Aruba.

Gostei mais de Aruba. Minha esposa gostou mais de Cancun talvez pela comodidade e compras.

Aruba paz e praias lindas.

Curacao, dificil locomocao e praias distantes. Para’iso para mergulhadores.

Nao gostei de Punta Cana. Achei normal. Um pouco melhor que o nordeste e s’o.

Espero ter ajudado e nao ter causado panico com a DAE…

Pessoal, algué, já utilizou voos da Dutch Antilles Express entre Aruba e Curaçao? Abraço a todos!

Márcio, eu concordo, na maioria das vezes com o Ricardo freire e as questões dos bate/voltas, mas eu sempre penso quando é que vou ter a oportunidade de voltar e pumba: faço bate/voltas em tudo que é lugar, depois fico com o gostinho de quero mais.

Mariana, obrigado por organizar e transformar meus comentários em post! Pois é, não lembro em que texto o Ricardo falava daquele turista “já que estamos aqui, não custa dar um pulinho ali”. Acho que a carapuça serve pra nós. Aliás, foi justamente lendo o VnV que nos decidimos por Aruba (as outras candidatas para a lua-de-mel eram Curaçao e Punta Cana). Mas Curaçao tinha Willemstad (eu adoro centros históricos) e a Academia de Golfinhos, e decidimos aproveitar a chance. Sabemos que o Caribe custa caro e que talvez não tivéssemos a chance de voltar tão cedo, então encaramos o bate-volta.

Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

Assine a newsletter
e imprima o conteúdo

Serviço gratuito