Seu hotel é bem localizado? Descubra com o Google Maps

Google Maps

No post sobre aplicativos para smartphones comentei que não saía de casa sem o Google Maps. Mas na verdade lanço mão do serviço desde bem antes de chegar no meu destino. É com o Google Maps que começo todo o planejamento das minhas viagens.

Uma das perguntas que mais pipocam nas caixas de comentário do site é “O meu hotel é bem localizado?” (com a variação “O meu hotel fica muito longe?”. Nesse caso, normalmente fica). O que muitos leitores não sabem é que eles mesmos podem descobrir isso comparando as informações dadas pelo Riq com o resultado no mapa do Google. É o que A Bóia faz, sempre!

As páginas-guia de Buenos Aires, Montevidéu, Santiago, Nova York, das capitais européias (Amsterdã, Barcelona, Berlim, Lisboa, Londres, Madri, Paris e Roma) e das capitais brasileiras trazem as indicações de onde é melhor se hospedar. Ficar longe significa mais dinheiro e mais tempo para ir e vir de onde realmente interessa. Principalmente, significa estar distante de onde se vive a cidade, de onde você experimenta verdadeiramente o clima do lugar que escolheu para conhecer.

Pense na cidade em que você mora. Onde está o centro turístico? Onde é bacana sair para jantar, badalar, ver o movimento? Agora pense naquele hotel super econômico que fica bem lá longe de tudo isso. Você recomendaria a alguém? Com as suas férias é a mesma coisa.

Como localizar o seu hotel no Google Maps

Não precisa nem do endereço. Entre no Google Maps e coloque o nome do hotel completo no campo de busca. Às vezes é preciso colocar também o nome da cidade ou país. Selecione a opção correta:

Google Maps

O Google vai apresentar alguns resultados, sinalizados no mapa como A, B, C, D… a opção A é sempre a mais provável.


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Achamos o nosso hotel. (Esse é um exemplo real, consultado por uma leitora.)

Comparando com o que o Comandante diz sobre hospedagem em Nova York, A Bóia viu logo que não era uma boa:

O grosso da rede hoteleira de Manhattan fica em Midtown – mais especificamente, entre a Times Square e o Central Park. É a localização mais conveniente para ticar todos os programas da sua lista. Numa primeira viagem, não tem erro.

Eu gosto mais de Downtown, a parte sul da ilha, onde os colegas turistas são mais esparsos e o comércio me parece mais interessante. As palavras-chave para procurar hotel ou apê por ali: Chelsea, Union Square, Village, Meatpacking District, Soho, Lower East Side, Tribeca.

A forma mais fácil de comparar as localizações sem perder a referência do seu hotel é traçar uma rota entre ele e uma determinada área recomendada. Clique com o botão direito do mouse no ponteiro “A” e escolha “Como chegar a partir daqui”. Digite no campo à esquerda o nome de um local indicado. Por exemplo, Chelsea ou Times Square:

Google MapsDistância entre o hotel, no Brooklyn, e Times Square

Nada próximos, não?

Outra ferramenta útil é usar o bonequinho amarelo, que mostra como é aquela rua com imagens panorâmicas. Clique sobre o ponteiro A e, na janelinha, clique em “Mais / Street View” ou “Vista da rua”. Funciona também se você arrastar o bonequinho amarelo do controle de zoom até a rua do hotel.

Assim descobrimos como são as redondezas. Você ficaria neste hotel?


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Como encontrar serviços, lojas e restaurantes

Um truque para saber tudo que existe perto do seu hotel é buscar o endereço dele e em seguida digitar palavras-chave no campo de busca. Como exemplo, podemos usar o Holiday Inn Express Times Square, um basicão que temos como referência para o nosso Ibismômetro. Quer saber onde estão os restaurantes, cafés, farmácias próximos? Digite restaurant, cafe, drugstore no campo de busca.

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Os pontinhos vermelhos e os marcadores com letras que aparecem após a busca representam onde os serviços estão. Passe o mouse por cima ou aproxime o mapa (duplo clique) para ver detalhes. O marcador do hotel ainda está lá; vira um ponteiro sem letra, de outra cor.


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Isso também funciona para encontrar lojas específicas – caso queira saber onde fica a filial mais próxima da Best Buy, da Victoria’s Secret, da H&M…

Como calcular distâncias e simular rotas

Para descobrir quanto tempo leva do aeroporto ao hotel, ou qual o melhor caminho entre o hotel e uma atração, clique no marcador do hotel e depois em “Rota” na janelinha. Coloque no campo de busca o nome do local. Por exemplo, o aeroporto JFK:

Google Maps

Temos como resultado algumas opções de trajeto, com o tempo que levam e as distâncias estimadas:

Google Maps

Essa ferramenta funciona também para saber como ir do hotel a um museu, do museu a um restaurante, do restaurante a um teatro, e por aí vai. Clique no botão com um bonequinho caminhando para simular uma determinada rota a pé. Adicione campos de busca e veja como percorrer a seqüência de lugares.

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Nova York é uma das cidades em que o Google Maps informa ainda como ir de um ponto a outro usando transporte público (indicando as linhas de ônibus, metrô, baldeações e tudo mais). Mas, para isso funcionar bem, deixe para fazer a pesquisa logo antes de sair ou com o seu smartphone – o serviço de transporte pode sofrer mudanças de acordo com o horário.

Isso é o básico para se virar em uma cidade que você não conhece. Sabendo desses truques (e escolhendo um hotel bem localizado, por favor!), o próximo passo é abrir uma conta no Google para poder criar o seu mapa personalizado.

Como fazer um mapa personalizado

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Você pode organizar o seu roteiro dia a dia sabendo o que fica perto do quê. Em cidades com muitas atrações, isso é fundamental para não acabar passando várias vezes pelo mesmo lugar – a não ser que isso esteja nos planos, claro. Se você quer ir no parque High Line e conhecer a Magnolia Bakery, com um mapinha logo percebe que vale a pena fazer isso em uma mesma ida a Chelsea e West Village.

Clique em “Meus lugares”, “Criar um mapa” e comece a diversão. É só continuar as pesquisas, mas a cada ponteiro que quiser guardar, clicar em cima e selecionar “Salvar em…”, marcando o nome do seu mapa.

Caso se torne um aficionado como eu, logo descobrirá que dá para guardar os ponteiros com diversas cores e descrições próprias.

Aproveite esta etapa para destrinchar o seu destino e chegar lá com um roteirinho-base como guia. Isso dá uma senhora segurança para qualquer viajante – principalmente para mudar de planos no meio do dia, o que também é uma delícia de fazer.

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28 comentários

Já usei mto o Google Maps, principalmente depois de umas dicas muito boas do Fred do sundaycooks sobre utilização dos mapas offline. E o post me fez lembrar tbm do plnnr.com que pode ser uma boa ferramenta (embora eu só conheça de fuçar, nunca usei ele na minha “vida real”)

O Google e o Street View são uma santa ajuda nas pesquisas de viagem e, pra mim, são um divertimento mesmo que eu não esteja planejando uma viagem.
Sempre gostei de mapas e com o Google comecei a criar os meus próprios. Só que uso o Google Earth onde vou marcando todos os pontos de interesse usando cores para diferenciar as categorias: locais, lojas, restaurantes, cafés, etc. Como sou análogica neste quesito e gosto do papel na mão, imprimo e uso na viagem. Cada região/bairro normalmente cabe num A4. Se o overplanning me fez colocar marcadores demais, imprimo um zoom e fica tudo ok.
Claro que isso não exclue um mapa ‘oficial’ da cidade, principalmente em função das indicações de transporte público.

Fantástico!! Minhas últimas viagens tem sido feitas assim. Indico plenamente. Quando chego no lugar reconheço cada pedacinho. Só não fiz ainda o meu mapa personalizado, mas ficará para a próxima.

Nossa quanta coisa eu não sabia desse google maps!!!Eu sempre uso, mas não sabia nem da metade das funcionalidades. Adorei as dicas!!

Sem duvida que esta eh uma boa forma de saber se um hotel eh bem localizaro

2 comentarios:

1) em algumas situacoes o Google Street View pode estar bem desatualizado, a dica acima do A.L. ajuda a saber desta desatualizacao.

2) Para os que usam iPhones, eu nao autalizaria por enquanto para o iOS 6 (tirando o Google Maps e indo para o Maps. O Maps (da Apple) ainda esta bem fraquinho comparado com o da google.

    oi philipp,

    pena que só li agora teu comentário; acabei de atualizar o iPhone e vi que o mapa mudou e para pior! lamentável. tem como voltar atrás?
    🙁

    Acho que tem uma app do Google Maps. Mas eu achei tão ultrajante que vou migrar para Android.

Eu também me utilizo de tudo isso, mas e a Síndrome do Overplanning a aqual o guru sempre se refere(nao digo em relaçao a escolher o hotel e estudar arredores )? Faço uma mea culpa aqui , só para reflexao .

Nossa, faço muito isso!
Olho a vizinhança antes de chegar, ‘passeio’ pelo lugar vendo o que tem por perto, e vejo os trechos entre os principais ponto turísticos e metrô, por exemplo. Ajuda MUITO!

Uma das cirscuntâncias mais úteis, para mim, é o caso de hoteis onde a vista pode fazer diferença, ou a proximidade com um ponto como montanha, praia, meio de elevação, lago…

Sabe aquela história do “vista parcial para lago”? Pois bem, o Google Street View resolve isso completamente 🙂

É muito útil, também, pra vc ter uma ideia se a vizinhança do seu hotel é caminhável ou não.

Uma última dica: no canto inferior direito (ou quase), o Google divulga o ano em que a imagem foi capturada (não confunda com a data do copyright).

Mariana,

Depois que inventaram o Google Maps e principalmente o Street View, acabou aquela estória de hotel dizendo que era bem localizado quanto na verdade ficava lá nos cafundó. Hoje é o app n.º 1 do viajante.
Eu costumo procurar direto pelo endereço na caixa de texto, pois às vezes, usando pelo nome do hotel, já notei algumas variações que podem ser grandes ou pequenas, mas que dependendo do destino fazem grande diferença.
Sempre uso, e principalmente para já saber de ante mão o que tem nos arredores, coisas simples tipo loja de conveniência ou supermercados. Facilita até achar o hotel quando você chegar lá, afinal já conhece a fachada e os arredores.

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