Outro dia, a propósito da Semana da Criança, eu estava pensando: será que as viagens que a gente fez na infância definem o nosso perfil de viajante adulto?
Pensei um pouquinho mais e vi que, no que diz respeito a mim, a tese é furada. Minhas viagens de infância foram todas para ficar na casa de parentes. OK, minha família é espalhada pelo Brasil e com isso zanzei pra cima e pra baixo, mas não havia nenhum componente turístico nessas viagens. Não tinha parquinho nem museu nem aquário. O turismo a gente fazia mesmo quando recebia os parentes em Brasília -- eu adorava subir a rampa do Congresso e tentar escalar a cúpula do Senado (naquele tempo podia).
A maior aventura de que me lembro foi ter viajado sozinho de avião aos 6 ou 7 anos -- e ainda com a obrigação de tomar conta da maninha um ano e meio mais nova
Naquela época o que havia de mais parecido com resorts eram as colônias de férias. E a Disney era um destino para os riquinhos e só. (Consegui que meu pai me mandasse para lá, mas só aos 15 anos, e no lugar de um intercâmbio -- olha que burrice.)
Depois que o pai se aposentou (e voltamos para Porto Alegre), ele e a mãe passaram a fazer viagens internacionais a cada dois anos -- sempre em excursão, com a Abreu. Nunca passou pela cabeça deles levar os filhos. E nunca achamos estranho que eles fizessem essas viagens sozinhos.
Na volta deles eu curtia os álbuns, as sessões de slides e as histórias dos micos. Eu talvez tenha sido inoculado pelo bichinho carpinteiro da viagem nessa época -- mas se aconteceu, foi por osmose, não por experiência própria.
Como era na sua casa? Seus pais viajavam com você? As viagens tinham um caráter infantil ou você aprendeu a viajar como adulto desde a infância? Você herdou o DNA de viajante da sua família ou foi influenciada pelo meio ambiente?
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