Quais foram as suas viagens inesquecíveis na infância?

Lagoa Azul, Jijoca

Outro dia, a propósito da Semana da Criança, eu estava pensando: será que as viagens que a gente fez na infância definem o nosso perfil de viajante adulto?

Pensei um pouquinho mais e vi que, no que diz respeito a mim, a tese é furada. Minhas viagens de infância foram todas para ficar na casa de parentes. OK, minha família é espalhada pelo Brasil e com isso zanzei pra cima e pra baixo, mas não havia nenhum componente turístico nessas viagens. Não tinha parquinho nem museu nem aquário. O turismo a gente fazia mesmo quando recebia os parentes em Brasília — eu adorava subir a rampa do Congresso e tentar escalar a cúpula do Senado (naquele tempo podia).

A maior aventura de que me lembro foi ter viajado sozinho de avião aos 6 ou 7 anos — e ainda com a obrigação de tomar conta da maninha um ano e meio mais nova 😀

Naquela época o que havia de mais parecido com resorts eram as colônias de férias. E a Disney era um destino para os riquinhos e só. (Consegui que meu pai me mandasse para lá, mas só aos 15 anos, e no lugar de um intercâmbio — olha que burrice.)

Depois que o pai se aposentou (e voltamos para Porto Alegre), ele e a mãe passaram a fazer viagens internacionais a cada dois anos — sempre em excursão, com a Abreu. Nunca passou pela cabeça deles levar os filhos. E nunca achamos estranho que eles fizessem essas viagens sozinhos.

Na volta deles eu curtia os álbuns, as sessões de slides e as histórias dos micos. Eu talvez tenha sido inoculado pelo bichinho carpinteiro da viagem nessa época — mas se aconteceu, foi por osmose, não por experiência própria.

Como era na sua casa? Seus pais viajavam com você? As viagens tinham um caráter infantil ou você aprendeu a viajar como adulto desde a infância? Você herdou o DNA de viajante da sua família ou foi influenciada pelo meio ambiente?

Dê uma viajadinha na memória e divida com a gente 🙂

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64 comentários

Minha infância foi marcada por viagens para a praia, culpa da minha mãe que adora. Foram anos seguidos passando férias na Região dos Lagos, no RJ e no litoral do Espirito Santo, São Paulo e até uma ida de carro mais aventureira para Florianópolis. Não acho que isso me influenciou muito porque não sou a maior fã de praias hoje. Com 15 anos eu dispensei aquela famosa viagem para a Disney, que eu nunca quis conhecer, e troquei por um intercâmbio para a Austrália quando completasse 18 e terminasse aquele meu curso ad eternum no CCAA…fiquei com a promessa porque meus pais surtaram quando perceberam que a hora chegou e era sério. Em função de uns outros problemas, não fui, só consegui realizar meu intercâmbio depois. Mas minha primeira aventura viajante que considero foi em 2002, quando eu resolvi ir para a Bahia viajando sem pacotes e agências. Pesquisei tudo na internet, discada, reservei hotéis e passagens e arrastei minha mãe por 20 dias, entre Salvador, Morro de São Paulo e Trancoso, incluindo um trecho inesquecível de ônibus entre Valença e Porto seguro. Como a fórmula deu certo, não parei mais, no fim do mesmo ano foi Porto de galinhas, Fortaleza e Jeri, e continuo na estrada até hoje.

Sempre fui muito pra casa de parentes também, em Londrina/PR e Viçosa/MG. Uma das poucas fora do roteiro foi pra Balneário Camboriú, prum apto de uma tia (acabou sendo pra casa de parente também 🙂
Tinha uns 12 anos, e foi a primeira vez que vi o mar. Até hoje me lembro da primeira imagem daquela imensidão azul 🙂

Em casa não tínhamos rotina de viagens, minha primeira viagem foi aos 2 ou 3 anos para o sul do país pela CVC com meus pais. Só sei q fiz essa viagem pelas fotos… hehehe Depois voltamos qdo eu tinha 12 e meu irmao 2, apesar do frenesi das viagens de excursão eu gostei muito. Depois lembro de ainda pequena ter ido para Caldas Novas de carro com meus pais, adorei o lugar e as piscinas quentinhas. Fomos tb para o pantanal de excursão CVC, depois aos 15 anos fui para o Beto Carrero dessa vez com uma prima e um casal de tios tb pela CVC num feriado. Viagem ao exterios era coisa de rico e só fui fazer depois da faculdade para a Europa onde fiquei por 7 meses. Sonhava em fazer um intercambio, mas nao teve jeito de convercer meus pais… Hj não viajo de CVC nem de graça, detesto! Mas nao sei de onde vem a “rodinha do pé” pra sair por ai sempre q possível… Deve ser os avós imigrantes… hehehe

No meu post de apresentação do blog conto um pouquinho como tudo começou. Minha primeira viagem de avião foi com 20 dias de vida. Eu e meus pais morávamos em Aracaju e todo o resto da família no Rio, então estávamos sempre nessa rota.

https://anitavaiviajar.com/eu-anita/

Meu pais e avós sempre viajaram. Meu avô, minha referência em muitas coisas além de viagens, já foi de forma independente para Europa, URSS, Panamá, EUA e outros luagares sem falar inglês. Isso nos anos 70 e 80, sem www e gadgets. Quando criança “viajava” olhando seus cartões postais.

Eu e meus pais viajamos muito de carro pelo Brasil quando eu era criança. Também acampávamos bastante. Nos virávamos no orçamento reduzido de uma família classe média na década de 80. Na década seguinte tudo melhorou, fui a primeira vez à Disney, também de forma independente e acabamos por rodar a Flórida inteira, desde Key West à St. Augustine. Sempre fui a consultora da família para buscas nos guias e mapas em nossas roadtrips e adorava essa função!

Minhas repetidas viagens a Regiao dos Lagos ocuparam boa parte da minha infancia. Minha avo tinha uma casa em Iguaba com piscina e tudo mais a que tinha direito. Esticavamos em Cabo Frio, Arraial do Cabo, Buzios. Mas minha maior emocao foi aos 7 anos, quando andei de aviao pela primeira vez, indo para o Nordeste, com meus pais e minha irma. Ah! Aos 11 anos fiz um cruzeiro para Fernando de Noronha, no navio Funchal, que ja nem navega mais faz tempo…
Bjkss

Também só ia para casa das avós, mas desde cedo, tinha vontade de viajar. Tinha uns sonhos malucos, como conhecer a Grécia dos livros escolares, sabe…Talvez eu seja fruto do meio ambiente mesmo. 😛

Já falei sobre isto em alguns posts e acho muito bacana dividir estas reminiscências, Riq! Herdei um DNA viajante. Em casa tudo começou com meus avós, que eram super viajantes. Meu avô não falava uma palavra de inglês, mas foi de excursão para os recônditos do mundo, numa época que poucos brasileiros ousavam ir a Índia, Coréia, Japão, etc. Meus pais são e sempre foram adictos viajantes, já viajaram o mundo inteiro e, como no seu caso, não costumavam levar os filhos junto nestas viagens ao exterior 🙂 Era o momento deles, a única época do ano que podiam curtir a companhia um do outro sozinhos. Mas em compensação viajavam com os filhos pelo Brasil, com meu pai fui do Rio Grande do Sul ao Amazonas 🙂 Estas viagens eram viagens de família, passeios de adulto mesmo, não tinha este negócio de ficar em resort, de ter recreação. Eram passeios turísticos e no máximo uma mesa de ping pong ou pebolim no hotel depois rsrsrs… Comecei a viajar pequena, minha primeira viagem inesquecível foi com minha avó, tios e primos para Disney. Como todos em casa faziam parte do CISV, uma ong de acampamentos pelo mundo, viajávamos muito sozinhos. Fui à Coréia do Sul sozinha com 16 anos de idade 😉 E aí tudo começou!

Quando criança e até os 15 anos, costumava viajar com frequencia. Com minha mae, fui para todas as capitais do Nordeste e Sul, algumas cidades da regiao Norte e do Sudeste. Uma falha no meu curriculo, que dura até hoje, é alguma cidade do Centro Oeste 😀 Com uns 12-14, fui para a Disney e em outra oportunidade para algumas cidades do EUA e Canadá. Aos 15 anos, no lugar da festa tradicional, fui para a Europa (Barcelona, Madri, Paris, Londres, Roma). Apos isto, cai no limbo de viagens e passei varios anos, com rapidos passeios ou viagens especificas (Fernando de Noronha, por ex.) Mas há 1 e meio, desde quando me casei, nossa prioridade é viajar, entao ja fomos para Buenos Aires-Santiago, Lima-Cuzco-Machu Picchu e alguns cidades brasileiras (para meu retorno e primeira vez do marido). Meus pais amam viajar. Com eles, as viagens eram em outro ritmo e estilo, mas com certeza, eles me influenciaram, sempre dizendo que o “importante é viajar”, conhecer outras cidades, culturas. Eles sempre me incentivaram neste sentido e vibram com cada viagem que faço. E hoje com a vida mais ordem ($$) e com mais autonomia em fazer meu roteiro (já viciei o marido tambem), viajar segue firme nas minhas prioridades e sonhos!

Minha infância foi toda na Ilha do Mosqueiro, que dista 70km de Belém. Tínhamos casa de praia e nas férias grandes de julho e feriados prolongados, era obrigatório irmos pra lá. Minha mãe levava nós, os 4 filhos, mais todos os sobrinhos e amigos. Éramos uns 15 a 20 entre crianças, adolescentes e jovens. Havia muita brincadeira entre nós e os vizinhos.
Meus pais eram como os do Ricardo, viajavam muito, mas não levavam os filhos. Iam sempre à Europa, sem pacotes ou excurssões, pois isso meu pai odiava, e durante esse período ficávamos com nossos avós. Férias com os filhos era mesmo só no Mosqueiro!
Minhas primeiras férias fora de Belém, foram na cidade de Natal. Tinha 16 anos e fiquei em casa de uma tia. Era o ano do primeiro Rock in Rio e vi tudo pela TV! A praia da Ponta Negra era longe do centro! hahahahaha Só íamos lá aos sábados e domingos. Durante a semana frequentávamos a praia dos Artistas. Mas, o bar Chaplin já existia!

Tenho muitas lembranças de viagens com meus pais, 99% organizadas pelo meu pai. A grana não era vasta lá em casa, então viajávamos do jeito que dava, mas ele sempre fez questão de usar pelo menos 3 das 4 semanas das férias para viajar. Podia ser numa praia a 2 horas de Vitória(onde morávamos) mas tinhamos que sair de casa e relaxar. Acampávamos muito, e tenho muitas lembranças das barracas, adorava acampar! E era tudo muito profissional, eles levavam 2 barracas, uma era a “sala/cozinha” e a outra para dormirmos. Tinhamos mini tv(com antena e bombril na ponta!rs), mini fogão, mesa desmontável, cadeira, tudo adaptado. Era tanta tralha que a gente levava que só cabia mesmo porque éramos em 3. Lembro também de uma viagem bem longa que fizemos aos 3 estados do sul do país, ao Paraguai, Uruguai e Argentina. Nunca mais voltei a nenhum desses lugares mas consigo lembrar como se fosse hoje da entrada de Gramado com suas hortências, de uma churrascaria maravilhosa e das compras no Paraguai, que naquela época era a alegria de qualquer criança as porcarias made in Paraguay. Mas o mais inesquecível dessa viagem foi ver as cataratas do Iguaçu. É tão grandioso que fica impossível esquecer a sensação de ver de perto, sentir a água soprar no corpo, muito legal. Tenho muitas lembranças do Rio e da Bahia também, onde íamos sempre. Desde pequena sou completamente apaixonada por esses dois estados, principalmente pela Bahia. A minha primeira viagem de avião só foi aos 10 anos, para Recife. A grande maioria das viagens eram feitas de carro e sem dúvida a estrada é outra lembrança das viagens da infância. Hoje faço outros tipo de viagem. Mas com certeza eu tenho o DNA apaixonado por viagens do meu pai. Acho que com ele aprendi também que essa é a recompensa do trabalho. Enquanto muitos amigos dele tinham prazer em dizer que não tiravam férias há anos para se mostrarem super homens de negócios(nunca entendi!), ele fazia questão de um descanso anualmente para recarregar as baterias. Acho que também aprendi a não ter frescuras. Dormia em barraca, comia o que tinha, meus pais sempre me fizeram comer a comida local, ia como sardinha enlatada no carro entre malas, colchões e travesseiros, etc.. e tudo sempre estava bom, nunca reclama, nem meus pais. A única viagem de caráter totalmente infantil foi quando fomos ao playcenter em São Paulo, acho que também fomos ao zoológico desta vez. Ano passado fizemos uma viagem bem parecida com as da minha infância. Meus pais já se separaram há quase 20 anos, e depois de todo esse tempo foi maravilhoso ir para Bahia de carro com os 2(e mais a família do marido) pelo sul da Bahia parando em várias cidades praianas até chegar na casa da minha sogra em Porto Seguro.

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