| Ponta dos Ganchos |
Meus pais me levaram muitas vezes a um mesmo hotel, quando eu era criança. Ficava em Itatiaia, dentro do Parque Nacional. Escolhiam sempre o mesmo chalé, e tínhamos sempre o mesmo casal austríaco como vizinhos. Quando chovia, a cachorra vira-lata do hotel ia dormir debaixo da minha cama. Eu até dei um nome pra ela: Bolinha. Lembro do cheiro da lenha da sauna, do garçom que equilibrava mil pratos num braço só, das árvores cheias de jabuticaba e do encosto das cadeiras, vazados com o formato de um coraçãozinho. Que saudade.
Já estive em muitos outros hotéis, desde então, e um punhado deles era realmente ótimo. Mas ainda não encontrei um para chamar de meu, como aquele de Itatiaia (que, pelas minhas pesquisas, anda mal administrado e parou no tempo; uma pena). Afinal, melhor ainda do que conhecer um hotel novo a cada viagem, é poder voltar para aquele que você já sabe que é a sua cara. Com a sua rede na varanda, o seu ovo mexido no café da manhã, a sua caipirinha à beira da piscina... Quando é o próximo feriado, mesmo?
A verdade é que, mesmo naquele tipo de viagem em que se passa pouco tempo no hotel, um chuveiro gostoso, um recepcionista amável e uma localização nota 10 fazem bastante diferença na experiência como um todo. Um bom hotel, no fim das contas, acaba emprestando à cidade visitada alguns pontinhos na avaliação final das férias.
Queremos saber: qual o seu hotel inesquecível? Existe um para onde você volte sempre, ou gostaria de voltar? Valem também pousadas, albergues e resorts.
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