Essa semana, uma leitora que vai a Nova York perguntou o que achávamos do hotel que ela havia escolhido para ficar, no Queens. Razão da escolha: nas pesquisas que fez, encontrou poucos hotéis por lá que oferecessem café da manhã, e esse era um deles.
Por desconhecer a geografia de Nova York, e a quantidade de delis e lanchonetes a poucos metros de distância de qualquer hotel bem localizado, nossa tripulante quase caiu numa roubada. Mas consigo entender o raciocínio que ela fez. Primeiro, porque não sou ninguém sem café da manhã – o mau humor vai crescendo proporcionalmente ao tempo que passo sem pão e uma xícara de café bem forte. Segundo, porque parte da graça de se hospedar em um hotel é justamente o café da manhã de hotel, com ovo mexido, frutas madurinhas e dois sabores de bolo.
(Não sei quanto a vocês, mas eu já viajo pensando naquele ovo mexido que só os hotéis sabem fazer.)
Ou seja: se não conhecesse bem as características do lugar onde iria me hospedar, muito provavelmente acabaria optando por diárias que incluíssem café da manhã, mesmo sendo pago à parte.
Nem todo hotel, porém, conta com buffets tão variados, ou a nosso gosto. Vai dos hábitos alimentares de cada lugar, e da categoria do hotel também. Como saber, então, onde vale a pena pagar o café da manhã por fora, ou em que lugares o café do hotel é plenamente dispensável?
Aí é a vez de vocês, caríssimos leitores! Contem pra gente suas experiências com o café da manhã mundo afora. O Comandante já contribuiu:
Estados Unidos – só costuma estar incluído em redes básicas-funcionais, como Holiday Inn Express, Hampton Inn, Hilton Garden Inn. Se não estiver incluído, o melhor é fuçar uma delicatessen nas redondezas do hotel, comprando salada de fruta, bagel e/ou muffin, café. Sentar pra tomar café em restaurante é roubada: pra montar um café à brasileira tem que pedir muitos pratos e a conta fica caríssima. Em Nova York, um hotel que inclui café ótimo é o Washington Square.
França – normalmente não está incluído (mas a rede Ibis Styles, antigo All Seasons, inclui). O buffet nos hotéis de duas e três estrelas custa entre 8 e 12 euros, é pequeno, mas sempre oferece baguete, croissant, salada de fruta (em calda), iogurte, frios e müsli. Tomar um café au lait com uma tartine (baguete com manteiga e geléia) num café sai um pouco mais barato, mas não é de longe tão variado.
Alemanha – é o melhor café da manhã do mundo, e normalmente está incluído. A variedade de pães (muitos integrais!) e frios é sensacional, mesmo nos menores hotéis. Pro gosto brasileiro, só falta papaia – mas sempre tem banana.
Argentina – está incluído e normalmente é bem fraquinho, com frutas em calda e iogurte de baunilha (xogúr de bainixa).
Caribe – quando não está incluído na diária (nos hotéis não-all-inclusive, normalmente não está), custa entre 18 e 20 dólares. Os buffets são bastante variados e valem a pena, se você aproveitar o café farto para fazer apenas um lanche na hora do almoço. A alternativa para os mãos-fechadas é aproveitar que os apartamentos costumam ter cafeteira, e comprar bolinhos, frutas e queijo no supermercado.
Queremos saber: você costuma preferir hotéis que ofereçam café da manhã? Em que cidades dispensou o buffet e decidiu tomar café na rua? Em que hotéis pagar pelo café da manhã foi um bom negócio?
Aos comentários!
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