Deu n'O Globo: passageiros economizam descendo na conexão (ATENÇÃO: SÓ É POSSÍVEL SE VOCÊ NÃO TEM VÔO DE VOLTA) 1

Deu n’O Globo: passageiros economizam descendo na conexão (ATENÇÃO: SÓ É POSSÍVEL SE VOCÊ NÃO TEM VÔO DE VOLTA)

O Globo publicou ontem uma ótima matéria intitulada Ao descer na conexão, vôo entre São Paulo e Rio fica 61% mais barato.

A pesquisa do repórter Danilo Fariello mostrou que uma passagem Santos Dumont-Ribeirão Preto (com conexão em Congonhas) pode sair 61% mais barato do que uma passagem Santos Dumont-Congonhas no mesmo vôo. E uma passagem Congonhas-Vitória (com conexão no Santos Dumont) pode estar 30% mais barata que uma Congonhas-Santos Dumont no mesmo vôo. Por isso, muita gente esperta está comprando a passagem mais barata até mais longe e simplesmente abandonando o vôo na escala ou conexão.

Pode, Arnaldo?

A prática não é novidade. Nos Estados Unidos tem até nome: chama-se “hidden city ticketing” (uma pesquisinha no Google voltou com 46.000 menções). Lá as cias. aéreas chegam a proibir a prática no contrato de compra da passagem. Mas segundo o Nathan Silver (o guru da estatística), as regras não têm força de lei e, se for pego, o passageiro precisa apenas ser honesto e dizer que estava aproveitando uma brecha do mercado livre (caso minta, pode ser processado por falsidade).

[Ou seja: antes da Embratur inventar mais uma comissão federal para acompanhar de perto mais esse abuso, vamos avisando que o fenômeno das passagens mais caras para destinos mais próximos não foi inventado pelas cias. brasileiras.]

Mas por que uma passagem para um destino mais próximo pode ser mais cara do que uma passagem para um destino mais distante?

Porque na fórmula maluca de precificação e ocupação dos vôos das companhias aéreas, o que vale não é a distância, mas a procura. Aeroportos muito procurados, como Congonhas e Santos Dumont, tendem a encarecer todos os vôos. Vôos diretos a Brasília também podem ser bastante caros, dependendo do horário.

O truque tem duas regras fundamentais: a passagem precisa ser de ida, e você tem que embarcar sem bagagem, ou com bagagem de mão pequena. Se houver um risco da bagagem ser despachada no portão de embarque, sua mala vai para o destino final, sem possibilidade de negociação.

ATENÇÃO: ESTE ESQUEMA NÃO É POSSÍVEL SE VOCÊ TEM UM VÔO DE VOLTA VINCULADO À PASSAGEM DE IDA. SE VOCÊ DESCER NA ESCALA NA IDA, PERDE A PASSAGEM DA VOLTA.

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    102 comentários

    A TAP, companhia aérea de bandeira de Portugal que tenta a privatização, tem uma classificação mediana de atendimento por inquéritos a clientes brasileiros.
    Nos voos para o Brasil (vários destinos) faz overbooking, não ouve as reclamações, cobra preços abusivos nos voos para Portugal (sendo por exemplo mais barato voar para Madrid com escala em Lisboa do que só para Lisboa… ISTO É ABUSO PURO)…

    Há um monopólio da TAP nos voos Brasil para Portugal … já para Madrid ou Paris, Londres, etc., há saudável concorrência.
    Para várias capitais de estados brasileiros, a TAP faz as únicas ligações diretas à Europa. Por exemplo Porto Alegre (Rio Grande do Sul, 4º estado mais rico do Brasil).

    Fiz isso uma vez. Comprei um voo POA-VIX por R$70,00 e desci na conexão, em Congonhas. O mesmo voo POA-CGH custava R$380,00.

    Há companhias não brasileiras que mesmo sem bagagem despachada caso o passageiro não se apresente para o trecho final desembarcando na escala, eles debitarão a diferença da tarifa no seu cartão , caso o bilhete tenha sido pago desta forma. Vivenciei tal fato num vôo Sao Paulo – Zurich – Berlin, em que o bilhete de SP para Berlin é mais barato que para Zurich.

    Já fiz algumas vezes e certa vez me dei mal! O voo fazia uma conexao em Brasilia (que era onde eu ia descer) e seguiria pra Guarulhos (destino final da minha passagem). Adivinhem o que aconteceu? Não tinha teto naquela manhã em Brasilia e o voo seguiu pra Guarulhos! Enfim, tive q comprar Guarulhos-Brasilia no mesmo dia e foi beeem salgado…

    Uns 3 meses atrás eu tinha um voo Salvador-Palmas-Salvador. O voo de volta passava em Brasilia e surgiu um trabalho para fazer lá, então tentei mudar a perna de volta, mas a Cia queria cobrar mais do que eu paguei por toda a passagem de ida e volta para que eu ficasse no meio do caminho! O que eu fiz: embarquei em Palmas apenas com a bagagem de mão e desci em Brasília. Ainda avisei no desembarque. Não tive problema nenhum.

    Marido já fez isso em um voo KLM Rio-Amsterdam com conexão em Paris. Ele parou em Paris! 🙂
    O essencial é a bagagem de mão, não pode despachar a mala, claro! E para a volta, teve que pegar o trem até Amsterdam (mas pegou uma promo Thalys muito boa e tinha uma reunião lá).

      Oi Sut, Estou querendo fazer a mesma coisa num voo KLM RIO-MAdrid com conexão em AMS.

      Sabe dizer se a KLM procurou algum tipo de confusão?

    Só uma pequena correção: é possível ir com bagagem despachada e eu já fiz isso algumas vezes. É só pedir, no check-in, para etiquetarem a mala até o aeroporto de conexão. Já tive esse pedido negado uma vez e aí fiz diferente: desci na conexão, fui ao balcão da companhia e informei que não continuaria a viagem por motivos de força maior. Fiquei esperando e alguns minutos depois entregaram minha mala.
    A sua mala nunca vai até o destino final sem você, é contra as normas de segurança. Eles ficam te chamando até o último segundo e, se você não aparecer no portão de embarque, procuram e retiram sua bagagem. Isso faz muitos voos atrasarem.
    Por isso, sempre que descer no aeroporto de conexão, com bagagem despachada ou não, avise a companhia aérea, de modo que não fiquem anunciando seu nome na última chamada de embarque e, consequentemente, atrasem o voo por sua causa.

    Ja fiz algumas vezes inclusive na volta de miami, descendo em guarulhos antes de ir pra poa.

    Economia de mais de R$ 600

    Uma vez um amigo fez isso em voo internacional, mas desembarcou em Salvador na volta. O voo era Aracaju-Miami, Gol no doméstico (AJU-SSA) e nos trechos internacionais era American (SSA-MIA).
    Na ida, ele foi de ônibus à Aracaju (saiu em horário noturno, chegando pouco depois da meia noite), foi ao aeroporto e esperou para embarcar em um voo que saia de no começo da manhã de volta a Salvador, e seguiu para Miami em conexão no voo diurno (acho que na época ainda fez escala em Recife).
    Na volta, a etapa internacional foi direta, e depois de fazer alfandega, ao invés de esperar a “conexão” para Aracaju, ele foi para casa.
    Segundo ele, na época a economia valeu apena mesmo com o deslocamento de ônibus a Aracaju e o taxi para o aeroporto (ainda mais para 4 pessoas). Só foi bem mais cansativo.

    Fazia sempre quando morei em Ipatinga e ia aos fins-de-semana para SP. O vôo era SP-IPATINGA-BH. A diferença de preço chegava a metade do preço. Nunca deu errado.
    Mas como se comprova que o percurso foi completado?

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