O Silvio está planejando uma belíssima viagem de um mês por Portugal. E, por sinal, está me matando de inveja, porque vai numa época ótima: setembro (quando o país estará muito mais ensolarado do que nessas fotos de fim de novembro).
Cinco dias da viagem estão reservados ao Douro, cujos socalcos (vinhedos organizados em terraços montanha acima) são classificados pela Unesco como patrimônio da humanidade. O trecho mais bonito é o compreendido entre a Régua e Pinhão.
O Silvio vai chegar por lá da maneira mais bonita: em vez de subir pelas auto-estradas próximas ao litoral até o Porto, ele vai pelos "fundos" de Portugal, onde as estradas são mais lentas e mais bonitas e ainda passam pelos vilarejos. (O Alex Bezerra, do blog Portugal Legal, tem dado valiosíssimas dicas nas caixas de comentários.) De Lisboa ele vai ao Alentejo, então sobe à Serra da Estrela e de lá continua até o Douro, desembocando já no trecho mais bonito do Alto Douro. Só depois do Douro é que ele vai ao Porto.
Pois o Silvio outro dia pediu dicas específicas para esses dias no Douro, e então a Bóia sugeriu que eu abrisse um post participativo. Topei na hora.
Começando pelo básico: se você, ao contrário do Silvio, vai ao Douro a partir do Porto, tem várias opções de passeios bate-volta. O mais simplesinho é o Cruzeiro das 6 Pontes, da Douro Azul, um passeiozinho rápido (apenas 50 minutos) que navega pelo Douro mais próximo da cidade. Esse passeio não leva à região dos vinhedos tombada pela Unesco. Há outros cruzeiros de um dia ao Alto Douro (Régua ou Pinhão) combinando subida de barco e volta de trem ou ônibus, ou o contrário; confira as opções no site da Barca Douro. É possível também ir de carro até a Régua (100 km pela auto-estrada) ou Pinhão (124 km pela auto-estrada) e pegar localmente um passeio de barco (como este). Num dia de verão, saindo cedo, dá para fazer a ida ou a volta costeando o rio. No alto verão também funciona o Comboio (trem) Histórico da CP. O serviço começa no finzinho de junho e vai até setembro, sempre aos sábados.
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Mas o melhor, claro, é fazer como o Silvio, e passar alguns dias na região, alternando passeios de barco e carro, visitando quintas (vinhedos) e conferindo os restaurantes festejados da área.
(Meus pitacos: com cinco dias, Silvio, dá para dar uma escapulida um dia a Bragança, no extremo noroeste de Portugal, a 140 km da Régua; invista também uma manhã ou uma tarde indo a Casa de Mateus, em Vila Real, a 20 km da Régua.)
Dos relatos anteriores publicados aqui no VnV, temos a Teresa e a Lu recomendando vivamente a hospedagem na CS Vintage, em Pinhão. Já a Sheila passou três noites no Folgosa Douro, entre a Régua e Pinhão. A Candida tem família na região e recomenda vários passeios de barco e trem a cidadezinhas menos conhecidas. Nossa correspondente Isabel O. (saudades!) recomenda fazer marcações (reservas) em cinco quintas e nos restaurantes DOC, do chef Rui Paula, e Gato Preto, na Régua.
E você? Já esteve hospedado no Douro? Onde dormiu? Que passeios fez? Se você foi ao Douro de bate-volta desde o Porto, também compartilhe sua experiência, se faz favor...
Obrigadinho!
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