Puerto Madero
O Hugo passou uma semana em Buenos Aires com a esposa e amigos, em junho de 2013. Conheceu a cidade sem pressa, e deixou pra gente um roteiro dia a dia na capital argentina para estadias mais longas. As dicas detalhadas do Hugo incluem todos os passeios e avaliações de cada restaurante. Só teremos que discordar em relação às milanesas.
Vai pelo Hugo:
Elaborei um roteiro com base no vasto material do Viaje na Viagem e com a ajuda muito atenciosa da Carla Portilho e da Sylvia, que auxiliaram na organização da viagem. Obrigado, vocês foram essenciais para o sucesso das nossas férias!
Assim, considerando o roteiro que eu já tinha e a experiência recém-adquirida, pensei em apresentar, de forma resumida, uma sugestão de viagem para uma semana num ritmo calmo e tranqüilo.
Refeições
Sugiro fazer reserva em todos os restaurantes para jantar. Os preços que indico são sempre para casal, com uma garrafa de vinho (básico), e logo em seguida coloco nossa nota pessoal para o lugar.
Quanto à comida, minha dica é evitar o bife à milanesa, pois a carne é muito fina e sem tempero. Experimentamos em dois restaurantes e não foram boas escolhas. Todos devem tomar cuidado também com a água e o cafezinho nos restaurantes, pois são muito caros. Para se ter uma idéia, em algum lugares uma garrafa de vinho estava 90 pesos e um cafezinho, 22 pesos (preços de 2013).
Roteiro
Primeiro dia, sábado
Recoleta
Tarde: Considerando que você leu o VnV, provavelmente vai se hospedar na Recoleta. Ficamos no Intersur Recoleta (Av. Callao 1764) e adoramos o hotel, o quarto e principalmente a localização. O café da manhã também é interessante. Nesse primeiro dia o melhor é ir para o hotel, descansar um pouco e sair à noite para passear.
Jantar: Nós optamos pelo Sottovoce (Libertador 1098), na Recoleta. (Nota: 8 para os pratos em geral, e 4 para o bife à milanesa.)
Segundo dia, domingo
Caminito
Manhã: Por volta das 9h fomos direto para o Caminito. Nesse horário o local estava tranqüilo e com poucos turistas, mas mesmo assim é importante ficar atento com bolsas e câmeras. Por volta das 10h, 10h30 começarão a chegar as excursões, então é hora de pegar um táxi para a Feira de San Telmo.
Almoço: Ir ao Faena e comer no El Mercado. O restaurante é muito agradável, e mesmo eu que sou louco por carne adorei a pizza margherita de lá (na verdade acho que é a única que já gostei). (Nota: 8 para a pizza margherita e 4 para o bife à milanesa.)
Tarde: Passeio pelo Puerto Madero para ver o fim de tarde.
La Cabrera - mas não foi o bife Wagyu do Hugo, não
Jantar: La Cabrera. Tínhamos reserva para as 21h, mas nesse horário o lugar já estava lotado e tivemos que aguardar. Minha dica é chegar mais cedo. (Nota: 8,5 para os pratos em geral e 10 para o filé Wagyu.)
Terceiro dia, segunda-feira
Manhã: Um passeio pelo Centro pode começar na praça San Martín. De lá deve-se subir a Calle Florida em direção à Plaza de Mayo. Assim como no Caminito, deve-se ter atenção redobrada a bolsas, carteiras e câmeras.
No caminho tem as Galerías Pacífico e muitas lojas. A região está passando por reformas, o que traz algum incômodo.
Após o passeio, basta ir a pé até o Puerto Madero.
Almoço: Escolher um restaurante que lhe parecer interessante. Quem não quiser correr muitos riscos, pode optar pelo Cabaña Villegas ou o La Parolaccia Casa Tua.
Tarde: Passeio pelo Museu-Barco Fragata Presidente Sarmiento, e um sorvete no próprio Puerto Madero.
La Glorieta, Barrancas de Belgrano
Noite: A partir das 20h ir para a milonga La Glorieta em Belgrano, praça de Barrancas de Belgrano.
Jantar: Bem próximo da Milonga está o El Pobre Luis. Mesmo estando em um local afastado esse restaurante vale muito a pena. O local é interessante, o atendimento ótimo e o clima muito agradável. O “Luis”, que já não deve ser tão pobre, está sempre por lá garantindo que tudo saia perfeito. As lingüiças de entrada estavam deliciosas, as pamplonas (carnes recheadas) medianas e os bifes de chorizo muito bons. (Nota: 9 para a lingüiça, 6 para as pamplonas e 7 para o bife de chorizo.)
Quarto dia, terça-feira
Jardín Japonés
Manhã: Visitar o Jardim Japonês e o Rosedal e depois retornar para a Recoleta.
Almoço: Quando a fome aparecer, independentemente de onde estiver, com uma rápida caminhada chega-se no El Sanjuanino (Posadas 1515), onde é possível comer deliciosas empanadas (a de carne e de carne picante são ótimas). (Nota: 8.)
Quem quiser um chocolate quente depois, pode passar no café La Rambla (esquina da Ayacucho com Posadas).
Tarde: Tour pela Recoleta, com especial atenção para (I) cemitério, (II) Floralis Generis, (III) Faculdade de Direito, (IV) Buenos Aires Design (shopping de decoração), (V) Igreja do Pilar.
Jantar: Para sair um pouco do circuito da carne, fomos jantar no Hernán Gipponi (Soler 5862 - Hotel Fierro), e adoramos os 7 pratos do menu degustação. (Nota: 9).
Quinto dia, quarta-feira
Colonia del Sacramento, Uruguai
Manhã: Pegar o barco para o bate-volta a Colonia del Sacramento. Minha sugestão é comprar as passagens no site da Seacat com o máximo de antecedência. Dessa forma pagamos 300 reais ida e volta para um casal. E o barco que fez a travessia era da Buquebus, que na época vendia passagens por quase o dobro do preço. (Nota do VnV: veja mais dicas aqui.)
Não esqueçam do passaporte, da identidade e do papel que recebeu da imigração (se tiver usado a identidade para entrar no país).
Manhã / tarde: Em Colonia, a única atração mais afastada é a Plaza de Toros. Como resolvemos ir lá, alugamos um carrinho elétrico. Quem não fizer questão da Plaza pode ir a pé para o centro histórico.
As principais atrações em Colônia são o (I) Bairro Histórico, (II) a Basílica do Santíssimo Sacramento, (III) o Farol, (IV) alguns pequenos Museus espalhados e a (V) Calle de los Suspiros.
Almoço: Por volta das 13h30, fomos para o restaurante Buen Suspiro (Calle de los Suspiros 90), que serve deliciosas tábuas de queijos e presuntos. Sugiro reserva, e o pagamento pode ser em reais (não aceita cartão de crédito). (Nota 8,5.)
Jantar: De volta a Buenos Aires, recomendo um local mais perto do hotel, pois a viagem para Colonia é cansativa. Nesse dia comemos no restaurante Marcelo, dentro do próprio Hotel Intersur, e gostamos muito (440 pesos). (Nota 8.)
Sexto dia, quinta-feira
Manhã: Fomos para a Plaza de Mayo, de onde fotografamos a Casa Rosada e a Catedral de Buenos Aires. Vale muito a pena visitar o Museu do Bicentenário, que somente fica aberto de quarta a domingo e é de graça.
Em seguida um passeio a pé até o Café Tortoni, onde sugiro experimentar o chocolate espesso. A menos que você seja louco por chocolate, peça somente um para cada duas pessoas.
Nesse dia compramos também ingressos para o show de tango, às 20h30, e em seguida passeamos mais um pouco centro, até o Obelisco.
Almoço: Restaurante El Desnivel (Calle Defensa 855, San Telmo). O lugar estava cheio, mas com algumas mesas vazias. Eu tinha lido muitos comentários sobre a limpeza duvidosa do lugar e o atendimento grosseiro, mas achei o local agradável e o garçom que nos atendeu era ótimo. (Nota 9.)
Acredito que quem vai no domingo, dia de maior movimento, deve ter outra impressão, mas indo durante a semana foi muito tranqüilo e agradável. A conta ficou em 85 reais por casal (dessa vez sem vinho).
Tarde: Por causa do tango, sugiro ir para o hotel descansar, e sair por volta das 19h30 para o Café Tortoni.
O tango foi interessante. Tem um preço acessível e garante bons momentos de diversão. Mas quem quiser algo mais técnico, sugiro optar por outro local. O Tortoni é ideal para quem quer pagar pouco e ter um bom entretenimento.
Fervor, Recoleta
Jantar: Fervor - Brasas de Campo y Mar (Posadas 1519), que tem uma parrilla de frutos do mar excelente. Serve de 4 a 6 pessoas com tranqüilidade. (Nota 9.)
Sétimo dia, sexta-feira
Palermo Soho, Buenos Aires
Manhã: passeio pelo Jardim Botânico de Buenos Aires e depois pelo Palermo Soho. Minha dica é ficar dentro do “quadrilátero Sylvia”: Nicaragua, Malabia, Gorriti e Uriarte.
Almoço: Don Julio (Guatemala 4691) ou se alguém quiser algo “diferente”, pode ir no Hard Rock Café (Av. Pueyrredón y Libertador - Buenos Aires Design).
Tarde: Livraria Ateneo (Av. Santa Fé 1860), com direito a um cafezinho na lanchonete montada no palco, e depois um passeio pelas lojas da Av. Santa Fé.
Jantar: Para finalizar uma grande viagem, vale a pena uma extravagância no restaurante Aramburu (Salta 1050). É um menu degustação de 12 pratos, simplesmente maravilhoso. (Nota 10.)
Oitavo dia, sábado
Manhã: volta pela Recoleta, nas proximidades do hotel.
Tarde: Passar no free shop para gastar os últimos pesos e voltar para o Brasil.
Obrigada, Hugo!
[Transcrito manualmente de um post publicado em junho de 2013. Pedimos desculpas pelos comentários que não puderam ser transferidos]
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