O jornal russo Siberian Times publicou no dia 23 a existência de planos para a construção de uma nova rota de trem de alta velocidade cruzando a Rússia e que, unida à outras estradas já existentes, ligaria Europa, Ásia e América do Norte. Em um encontro da Academia de Ciência Russa, Vladimir Yakunin, responsável pela Russian Railways, apresentou a idéia da Trans-Eurasian, que custaria “trilhões de dólares”, segundo o empresário, mas traria retornos consistentes para a economia do país.
A ligação, que permitiria ir de Londres ao Alaska, envolveria também a construção de uma auto-estrada ao longo da atual ferrovia Transiberiana, além de canais para distribuição de energia elétrica, água e gás. O apelo turístico da rota é óbvio.
A Trans-Eurasian sairia de Londres, aproveitando o Eurotunnel, seguiria a Paris e Berlim e cruzaria a Rússia, passando pela região de Chukotka e seguindo por um túnel (de 100 km) pelo estreito de Bering até o Alaska, num percuso de quase 20.000 km. A Transiberiana liga Moscou a Vladivostok em 9.258km, e leva 7 dias para ser transposta.
Será que sai do papel? Com a economia russa no fundo do poço, é bastante pouco provável. É bom lembrar que, ano passado, o Guardian inglês noticiou estudos de um trem de alta velocidade da China ao Alaska, também passando pela Sibéria e construindo um túnel pelo estreito de Bering. Alguma dúvida de quem chegaria primeiro?
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