Safári a cavalo? No Macatoo Lodge, em Botswana, tem
Enviado especial | Hugo Medeiros
O principal diferencial do Macatoo Lodge são os safáris a cavalo. As diárias a partir de 700 dólares por pessoa representam um valor razoável para um safari camp, mas se refletem em tendas um pouco mais básicas e áreas sociais simples.
O público-alvo deste lodge são pessoas interessadas em cavalgar. Mas somente aqueles com experiência podem fazer o safári a cavalo. Eu mesmo não obtive autorização, uma vez que o meu rápido passeio a cavalo em uma pousada em Petrópolis, alguns anos atrás, aparentemente não me tornou um exímio cavaleiro. Uma pena.
Nesse dia encontramos com 4 franceses que haviam escolhido o Macatoo exatamente por causa dos seus cavalos. Trajando vestimentas próprias e com experiência em cavalgar, saíram naquela tarde à procura de emoções.
Mesmo assim, preparamos nossas câmeras e fomos para um safári tradicional, que nos conduziu a uma das cenas mais belas de toda a viagem.
Após alguns quilômetros, encontramos um leão e uma leoa. Segundo nos disseram eram irmãos, que preguiçosamente descansavam sob a sombra de uma pequeno morro.
Por um longo tempo presenciamos trocas de carinhos, abraços e brincadeiras. A nossa presença foi ignorada, como de costume.
Ficamos alguns minutos admirando aquela cena. Praticamente imóveis e em total silêncio. Nunca pensei que tais momentos poderiam ser tão emocionantes.
A beleza do safári está exatamente no inesperado. Nunca se sabe o que ou quando você irá encontrar uma cena incrível. Paciência, perseverança, insistência e um pouco de sorte, é claro, são as características que descortinam momentos incríveis.
Satisfeitos com o passeio, retornamos ao lodge, onde éramos aguardados com um agradável jantar. Na grande mesa todos comentavam sobre o que observaram naquele dia. O clima era alegre e festivo.
Após comermos ainda tive a oportunidade de conversar rapidamente com um dos guias, que falou sobre sua admiração pelo futebol brasileiro. Apesar de não possuírem um time forte ou de tradição, os botsuanos gostam de futebol e do seu espetáculo, e ficaram tão impressionados como nós com o desastre do Brasil da última Copa.
Depois dessa agradável conversa, nada melhor do que uma roda de violão em torno da fogueira, com muita música. O grupo de franceses estava animado, e dançaram em várias oportunidades.
Na manhã seguinte partiríamos cedo, por isso não tivemos tempo para um novo safári. O que não nos deixou chateado pois o nosso destino era nada menos do que um dos melhores e mais requintados lodges de Botswana, o Zarafa Camp.
Hugo Medeiros viajou a convite do Botswana Tourism.
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