Centro histórico de Quito
Eu havia escutado falar que, em Quito, a pronúncia do espanhol era claríssima. E eu ali, recém-chegada, numa dificuldade tremenda de compreender o que o funcionário sorridente do hotel me dizia. "Buenos días" não era, "Cómo estás", também não, e de repente me dei conta de que o sotaque na verdade era mesmo... outro idioma. Garçons, recepcionistas, carregadores de mala; durante os cinco dias em que estive ali, só fui cumprimentada em inglês. Americanos são a grande maioria entre os turistas em Quito, uma cidade que ainda recebe poucos brasileiros.
Palácio de Governo
Até dia 6 de janeiro, podemos aproveitar os vôos diretos entre Guarulhos e Quito pela cia. equatoriana Tame, que está para encerrar suas atividades no Brasil. Depois, Lima, Bogotá e Panamá serão boas conexões.
O fuso fica a nosso favor, com 2 horas a menos do horário de Brasília (ou 3, no horário de verão).
O câmbio não é complicado em Quito: a moeda corrente no Equador é o dólar. E, antes que você feche o post, eu aviso: há onde se hospedar em Quito com tarifas razoáveis, o transporte não é caro, e a alimentação pode sair super em conta.
(Para um melhor custo x benefício, anote aí: janeiro e fevereiro têm preços de baixa temporada; junho, julho e agosto são temporada alta.)
Igreja da Companhia de Jesus
Uma viagem a Quito cabe bem em 4 pernoites. A atração principal da capital equatoriana é o seu extenso centro histórico: são 3,2 quilômetros quadrados de casarões, praças e igrejas, exemplarmente bem preservados e declarados Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. A igreja da Companhia de Jesus, que levou mais de um século e meio para ser concluída, é das construções principais deste conjunto.
Mirante do TeleferiQo
A cidade também impressiona pelo seu relevo – entre todas as capitais do mundo, é a mais alta, a 2.800 metros acima do nível do mar, e com 12 vulcões ao seu redor. Os bondinhos do TeleferiQo sobem a 4.000 metros e levam mais perto de um deles, o vulcão Pichincha, em um passeio que rouba o fôlego tanto pela altitude quanto pela paisagem.
Mirante de Guápulo
Mas a surpresa da visita a Quito fica por conta de ir desvendando aos poucos o que significa estar no centro do mundo.
Como se perceber com bronze de praia mesmo estando a 5 horas do balneário mais próximo – os raios de sol incidem perpendicularmente, e haja filtro solar.
Ou descobrir que lá o ano se divide apenas duas estações: o inverno, que é chuvoso (de outubro a maio) e o verão, que é seco (de junho a setembro).
Museu Intiñan
Nos arredores de Quito, rosas crescem mais alto, e na latitude 00º 00' 00”, equilibrar um ovo em uma cabeça de prego é um malabarismo possível.
Quito é viagem cultural das mais bacanas, com um quê de Feira de Ciências, o que torna tudo ainda mais divertido.
Mariana viajou a convite de Quito Turismo.
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