A semana começou com uma excelente notícia para a Serra da Capivara: a carnavalesca Rosa Magalhães, diretora do espetáculo de encerramento da Rio 2016, revelou que nosso mais importante patrimônio da humanidade (o sítio com maior concentração de arte rupestre ao ar livre do mundo) será um dos temas da noite.
Antes que o fato pudesse ser comemorado, porém, veio a bomba: o piauiense PortalAZ noticiou que a arqueóloga Niède Guidon comunicou à Unesco sua saída da Fundham, a fundação que co-administra o Parque Nacional da Serra da Capivara, junto com o ICMBio (antigo Ibama).
A caçula da Unesco
Com verbas bloqueadas pela falta da renovação da parceria com o ICMBio, a Fundham, que já tinha demitido 90% de sua equipe, ordenou a retirada dos últimos funcionários do parque.
Atualização:
O Estadão teve acesso a um email do chefe do parque, Uwe Felipe Weibrecht, em que informa a seus superiores no ICMBio que o parque estará fechado pelo menos nesta quarta e quinta-feiras, para reorganizar a vigilância. Como não existem funcionários do Ibama habilitados a fazer cobranças, será preciso decidir se o parque permanecerá fechado ou reabrirá sem cobrança de ingresso.
É uma situação constrangedora, que já se arrasta há alguns anos, e que agora chega ao desfecho mais temido.
No próximo domingo, quando a Serra da Capivara figurar na festa de encerramento da Olimpíada, não haverá nada a festejar.
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