Vacina contra febre amarela: dose fracionada não serve para viajar

Febre amarela: dose fracionada não dá direito a certificado internacional

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Febre amarela: só a dose-padrão serve para viajar

Para combater a iminência de um surto de febre amarela entre os estados de São Paulo, Rio e Bahia, o Ministério da Saúde vai iniciar uma campanha de vacinação em massa usando doses fracionadas. Em vez da dose-padrão de 0,5 ml, a população desses estados vai receber uma dose de 0,1 ml. Segundo a Fiocruz, esta dose menor é suficiente para imunizar por 8 anos.

No entanto, a dose fracionada não é suficiente para quem precisa do certificado internacional de vacinação para viajar ao exterior. A Anvisa emitiu um comunicado (leia aqui) explicando que só emitirá o certificado para quem tiver tomado a dose-padrão.

Como fazer para tomar a dose-padrão em São Paulo, Rio e Bahia

Quando a campanha da vacinação fracionada começar, a dose-padrão só será aplicada se você apresentar a passagem emitida para o país em que o certificado internacional é exigido.

Fora de São Paulo, Rio e Bahia

Meu conselho: se você tem planos de viajar para países tropicais (na América Latina, Caribe, África, sul da Ásia ou Oceania), vacine-se o quanto antes.

É provável que países que hoje não exigem a vacina, como Peru e México, venham a pedir. E quando isso ocorrer, vai ser para o dia seguinte — e quem tiver comprado passagem e não tiver a vacina terá que desmarcar a viagem, porque a vacina só vale depois de 10 dias de tomada.

Vacine-se também antes que o surto chegue ao seu estado e as doses comecem a ser fracionadas (ou, pior, racionadas) por aí também.

Onde me vacinar e fazer o certificado internacional?

  • Tome sua vacina (dose-padrão) num posto do SUS; você receberá seu certificado nacional
  • Com a vacina tomada, faça pré-cadastro para o certificado internacional no site da Anvisa (funciona melhor em Explorer)
  • Com o pré-cadastro feito, procure um Centro de Orientação ao Viajante da Anvisa (veja lista aqui) para emitir seu certificado internacional

Mostramos o passo a passo neste post.


Meu certificado venceu. Preciso me vacinar de novo?

  • Não. Pela nova determinação da OMS, a vacina contra febre amarela (desde que tomada na dose-padrão) imuniza para a vida toda. Por isso, existe o entendimento de que os certificados ‘vencidos’ continuam válidos, já que não há mais necessidade de reforço da vacina após 10 anos.
  • Mas como não dá para garantir que todos os atendentes de check-in e todos os agentes de imigração do mundo estejam a par (e seus países, de acordo) com a nova norma da OMS, é recomendável pedir uma segunda via do seu certificado vencido. Ele será emitido já com validade para a vida inteira.

Como emitir o certificado de isenção?

A vacina contra febre amarela não pode ser aplicada em:

  • Mulheres grávidas
  • Bebês com idade inferior a 6 meses
  • Maiores de 60 anos
  • Pessoas em tratamento com corticóides, quimioterapia ou radioterapia
  • Portadores do vírus HIV
  • Pessoas alérgicas a componentes da vacina

Caso você se enquadre num desses casos, nem é necessário ir à Anvisa.

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103 comentários

Tomei a vacina, mas não acho meus comprovantes (estaduais), preciso de certificado internacional, pois vou viajar para uma área de risco, então preciso tomar uma nova dose? Não é arriscado se eu tomar esta dose em menos de 10 anos? Obrigada

    Olá, Andiara! Se você não conseguir emitir uma segunda via do certificado nacional e precisar do certificado internacional para viajar, o jeito é se vacinar de novo.

Uma correção: a vacina (integral ou fracionada) pode ser tomada por gestantes ou idosos. Idealmente, não estão entre os grupos mais recomendados, mas nas áreas de risco (interior da Amazônia) já eram vacinados há tempos e nas áreas de maior risco também podem ser vacinados, desde que não tenham certas condições de maior fragilidade ou comorbidade.

Dá pra pedir certificado de isenção (e sei que esse é o objetivo do post), mas se a pessoa for tomar a vacina para se proteger da doença, pode e deve tomar a vacina morando em locais próximos a focos de febre amarela silvestre. Tem um risco ligeiramente maior do que para adultos mais novos que não tenham gravidez, mas esse risco da vacina não se compara ao risco da doença, que mata 30 quem a contrai.

Sim, eu também pensei nisso, mas aqui em SP nem nas particulares tem. Segundo meu pai viu na televisão, uma entrevista com o Secretário da Saúde, ele falou que depois de um mês pode tomar de novo… mas não achei nada na internet falando sobre isso… vamos aguardar! Obrigada!

Olá, se eu tomar a vacina fracionada agora nessa campanha que começa no fim de janeiro e resolver viajar ano que vem, em quanto tempo posso tomar a vacina de novo completa (que dá direito ao certificado)? Perguntei em um posto e não souberam responder. Obrigada!

    Olá, Cristina! A gente também só está chutando. Até agora não apareceu ninguém para dizer se é perigoso revacinar-se em seguida. Mas por ser uma vacina com alto risco de efeitos colaterais, o melhor é vacinar-se uma vez só. Caso você tenha intenção de viajar, o ideal é investir numa dose-padrão tomada numa clínica particular.

Embora já mencionado acima, apenas para ter certeza: Em 2008 ainda não havia esta nova dose fracionada então? Somente o meu certificado que vence em 2018 e posso entender que era a dose total?

    Olá, Diogo! Nunca houve dose fracionada. A dose fracionada vai ser ministrada numa campanha específica, com duração específica, em lugares específicos. É novidade.

Bom dia. Tomando a dose fracionada não tenho direito ao certificado de viagem mas e se eu for viajar em menos de 8 anos (que é o tempo da imunidade da dose fracionada), como faço?

    Olá, Andreia! Tem que tomar a dose integral. Se você pretende viajar mas ainda não tem a passagem e estão aplicando apenas a dose fracionada no seu estado, vale a pena investir numa clínica particular.

Tomei a vacina em 18/01/2008 porém, na carteira de vacinação não diz se foi fracionada ou integral como posso saber qual foi? Na época, tomei no hospital das clínicas em SP. Tentei ligar mas não consegui para obter essa informação…

    Olá, Luciana! A vacinação com dose fracionada ainda não começou. Acontecerá entre fevereiro e março, numa campanha de vacinação específica.

Tenho conexão de 3h e 30m pela Avianca na Colombia, já estou com o certificado, porém terá apenas 8 dias de vacinação. Corro o risco de não embarcar????

    Olá, Katy! A cia. tem deixado embarcar sem certificado quem vai apenas fazer conexão, sem sair do aeroporto. Isso pode mudar a qualquer momento, mas até hoje não temos notícia de ninguém ter sido barrado.

Olá! Farei uma viagem para os EUA (Orlando), com conexão no Panamá (cerca de 2 horas). É necessário a emissão do Certificado Internacional, mesmo em conexão? Procurei no site da Anvisa esta informação, mas não encontrei a resposta, sendo que só encontrei a informação da necessidade para entrar no Panamá. Obrigada!

    Olá, Aline! Pergunte sempre à cia. aérea, que é quem decide isso na hora do check-in. Atualmente a Copa embarca passageiros sem o certificado para conexões de até 6 horas, sem sair do aeroporto.

    Mas essa informação pode mudar a qualquer momento.

    Recomendamos VACINAR-SE E DESPREOCUPAR-SE PARA O RESTO DA VIDA quanto a essa questão.

Vi a observação nesse post de que a vacina para maiores de 60 anos não pode ser aplicada.
Vou fazer uma viagem com meus sogros e fui pesquisar…
Na verdade, a vacina para maiores de 60 anos pode ser aplicada, mas como há um risco de maior de efeitos colaterais quando é aplicada pela primeira vez depois dos 60 anos, é solicitado um parecer do médico de que pessoas dessa faixa etária podem tomar a vacina, para afastar alguma imunodeficiência.
A pessoa maior de 60 anos que já tomou a vacina e não tem como comprovar com o cartão do local onde foi vacinado, e precisa muito do certificado internacional, pode tomar sem receio, mas vai precisar do laudo médico autorizando a vacina. Mas não é necessário repetir a dose após os 10 anos, já é consenso (no mundo todo, e não apenas aqui, onde até vacina tem que repartir) de que a vacina não precisa de reforço. A pessoa maior de 60 que já tomou e não tem como comprovar também pode providenciar com seu médico o atestado de isenção, mas o agente de imigração pode encrespar se quiser.

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