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Coronavírus: devo cancelar minha viagem?

Coronavírus e viagens - Milão

Coronavírus e viagens

Leia o nosso post mais atualizado sobre o assunto

Coronavírus: não viaje até (pelo menos) o fim de abril

(E veja como cancelar sua viagem.)

Dia 11 de março a OMS declarou declarou a COVID-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus, uma pandemia.

A Itália está inteira em quarentena até o dia 3 de abril. Em Israel, passageiros provenientes do exterior são obrigados a cumprir quarentena. Os Estados Unidos suspenderam os vôos de/para a Europa por 30 dias. Os parques Disney em Orlando e Paris anunciaram o fechamento entre o dia 15 e 31 de março. Museus de Madri e Amsterdã estão fechados até o fim do mês. Dinamarca, Noruega e Polônia fecharam as fronteiras. A República Tcheca anunciou a proibição de entrada de turistas de qualquer nacionalidade entre 16 de março e 11 de abril.

Outros países podem decretar a qualquer momento medidas restritivas para conter o vírus, que vão afetar a vida dos viajantes.

Além disso, com a pandemia decretada pela OMS, os seguros-viagem ficam dispensados (por cláusula contratual) de cobrir o tratamento. Na Europa isso é menos problemático, por causa do sistema de saúde pública, mas nos Estados Unidos e em outros países o viajante poderia ter que custear do seu próprio bolso uma internação de até duas semanas, que é o tempo médio de tratamento dos casos graves.

Atualização: Allianz Travel cobre coronavírus

Recebemos o comunicado da nossa parceira Allianz Travel assegurando, desde 11 de março, a cobertura de despesas médicas e hospitalares relacionadas à Covid-19 de seus segurados.

Caso você não tenha como adiar ou cancelar sua viagem, é um alento.

Veja o comunicado da Allianz aqui.

Cancelar ou não cancelar?

NÃO VIAJE ATÉ O FIM DE ABRIL

Viajar nas circunstâncias atuais é inseguro e vai trazer mais preocupação do que prazer. Países e cidades estão anunciando novas medidas restritivas a cada dia. A possibilidade de atrações estarem fechadas é cada vez mais alta. Em alguns lugares já há restrições para funcionamento de lojas e restaurantes. Até mesmo as ligações aéreas podem ser interrompidas enquanto você estiver fora do Brasil.

Verifique as condições de alteração e cancelamento da viagem que você comprou. Várias cias. aéreas estão facilitando a remarcação de bilhetes — algumas delas até mesmo para lugares que ainda não decretaram emergência.

Reembolso de hotéis previamente pagos só é fácil em lugares com restrições de viagem decretadas. Mas você pode tentar negociar em outros lugares também — por exemplo, em forma de crédito para uma hospedagem futura.

Acompanhe o noticiário: à medida em que forem impostas medidas restritivas em mais países, ficará mais fácil obter reembolso nesses lugares.

Vai viajar em maio?

Você ainda tem tempo para acompanhar a evolução da situação. Se a crise continuar até lá, não deverá ser difícil conseguir os reembolsos.

Viagens de junho em diante ao Hemisfério Norte

Eu mantenho o otimismo para viagens ao Hemisfério Norte de junho em diante, durante o verão, já fora da época de transmissão doenças respiratórias. Mas é um chute, ninguém pode garantir que o coronavírus se comporte como um vírus comum.

Viagens pelo Brasil

Ainda não há medidas restritivas de viagem no Brasil. Mas é bom acompanhar as recomendações do Ministério da Saúde.

Leia mais:


Devo cancelar minha viagem ao Chile

932 comentários

Olá Ricardo!

Tenho viagem marcada para a Europa daqui duas semanas! Londres, Dublin e Paris com um Stopover de 20h em Roma. Se antes esse stopover era motivo de alegria agora é motivo de preocupação! Que medo de chegar em Roma e o governo resolver o “ninguém sai, ninguém entra”. Estou realmente indecisa do que fazer!

Em 2009 eu fui para a China no mês de junho, época da H1N1. Uma semana antes da minha viagem o pessoal de 2 vôos ficaram em quarentsena em hotéis pq passageiros tinham febre.
Eu não estava com medo da doença, mas fiquei com receio de ser colocada em quarentena. Na hora que o avião pousou entraram pessoas vestidas com trajes de segurança para tirar a temperatura de todos. Por sorte ninguém tinha febre e a viagem foi ótima.
Este ano eu não tenho dinheiro pAra viajar, a viagem, a viagem para Noruega e Islândia em 2019 me deixou lisa, mas se eu tivesse grana iria para um lugar onde museus e lugares fechados não interferissem na viagem.

Planejei ir à Amsterdã, Londres e Paris em fim de maio com minha filha. Estamos desde início de fevereiro observando os valores de passagem. Mas esta semana foi um banho de água fria. As pessoas estão esquecidas do que aconteceu com a H1N1 anualmente e estão histéricas. Com as pesquisas que fiz hoje, com o seu texto já me sinto à vontade para continuar os planos. O chaveirinho com álcool está sempre à mão na mochila. Levo sempre ele cheio e mais refil. Continuarei com os cuidados de sempre. Obrigada pelo sensato conselho. Saúde e paz a todos nós.

Olá Ricardo,
Obrigada pela ajuda. Estou com viagem marcada para julho: Inglaterra e Escócia. Cheguei a pensar em cancelar mas vou aguardar.

Gostaria de saber se uma empresa de cruzeiros pode devolver pelo menos 50% do valor pago por causa do coronavírus??
Essa viagem marítima é rumo a Alemanha partindo de Santos.

Eu voltei da Itália na quinta e impediram a minha enteada de frequentar as aulas por 14 dias, fora o preconceito de amigos que desencorajaram a presença em festinha de aniversário para “não ficar com o peso na consciência de infectar criancinhas”.
Eu passei por Milão, Florença e Roma, sendo que fiquei 2 dias em Milão.
Meu congresso foi cancelado e eu adiantei meu voo.
Eu acho que é melhor adiar para não ser tratado como pestilento na volta.

Estou com viagem marcada para Espanha no 7 de março e estou pensando seriamente em em adia-la para final de junho/julho tendo em vista que viajarei com minha filha de 5 anos. Vamos lá começar a saga de cancelamento/alteração de tudo 🙁

Excelente texto e análise, sereno e sem paranóia, em tempos de histeria coletiva. Lembro que no inverno 2017/18 a temporada de influenza mais severa em décadas matou pelo menos 80 mil pessoas somente nos EUA, e ninguém deixou de viajar à Orlando ou Nova Iorque por isso.
Eu pelo menos viajo à Espanha e França no começo de junho, e nem passa pela minha cabeça cancelar, pois justamente nessa época o problema vai estar mais no Hemisfério Sul que na Europa. Inclusive acho que a situação vai favorecer quem viaje, com menor quantidade de turistas e consequentemente, preços mais baixos, como me ocorreu viajando à Turquia entre atentados e tentativas de golpe de estado.
O que mais me complica, disparado, é o forte aumento do dólar, tanto pelo coronavírus como pela instável situação interna brasileira.

    Olá, também irei a Europa em julho e nem cogito cancelar. Mas o meu grande receio é: por aqui no Brasil ser inverno nesse período da nossa viagem, se a transmissão aumentar em decorrência do clima, nossa entrada poderá ser barrada por sermos provenientes do Brasil?

    Olá, Larissa! Se isso acontecer você conseguirá o reembolso da sua passagem. Faça reservas canceláveis de hotel para não ter dor de cabeça.

Se eu tivesse alguma viagem marcada para o exterior, e pudesse adiar, certamente deixaria para depois. No meu caso, o receio nem é tanto por causa do coronavírus, mas principalmente em virtude das medidas, muitas vezes extremas, adotadas pelos governos, que incluem quarentena, restrição de entrada/saída, etc.

Na forma como tudo está indo, um simples resfriado já pode gerar uma grande dor de cabeça para o viajante. E apesar de já ter chegado no Brasil, e termos risco de contrair a doença em qualquer lugar (o que, reforço, não é o que mais me preocupa), melhor passar por isso no nosso país, na nossa casa, com nossas leis, do que em um país desconhecido.

Enfim, o que mais assusta não é o vírus, mas o pânico que ele está gerando.

Existe algum seguro viagem que cobre tratamento de epidemias e pandemias?

    Olá, Gi! Os seguros cobrem o primeiro atendimento. Confirmado o diagnóstico de coronavírus, o paciente fica a cargo da assistência pública local, devido ao caráter de epidemia.

    Até em casos de países como os Estados Unidos, que não possuem “saúde pública”?

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