Veneza
O excesso de visitantes nos destinos mais famosos -- o chamado 'overturismo' -- é o efeito colateral do barateamento das viagens nas últimas duas décadas.
Mas nos próximos meses, o fechamento parcial das fronteiras, a diminuição de oferta do transporte aéreo e a paralisação dos cruzeiros vão transformar, temporariamente, a paisagem dos destinos mais visitados do mundo.
Será que isso vai perdurar? Se nada for feito, os formigueiros de turistas voltarão assim que o transporte e a economia voltarem ao normal.
Haverá, claro, um aumento do grupo que vai preferir as viagens de natureza e os destinos sem aglomeração, mesmo depois que o vírus for dominado.
No entanto, esse deve ser um fenômeno do tamanho que o vegetarianismo tem na alimentação: com tendência clara de expansão, mas pouca possibilidade de se tornar predominante a curto prazo.
O que, então, pode ser feito para combater o overturismo?
No turismo pós-pandemia, a limitação de número de visitantes e a reserva compulsória de horários para visitar atrações turísticas vão se tornar cada vez mais comuns. Neste verão europeu, por exemplo, Itália e Espanha já instituíram reserva até para quem quer pegar praia.
Se alguns desses controles persistirem, a moda pode pegar, e os turistas vão ter que distribuir melhor suas visitas ao longo do ano.
Imagine: quer fazer um bate-volta a Veneza? Já reservou a sua entrada na cidade?
Publicado em 14 de junho de 2020
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