Os 5 conselhos de viagem mais valiosos que eu posso te dar

Se eu tivesse que resumir o que eu aprendi em todos esses anos — à custa de muitos erros — o resultado caberia em 5 conselhos. Não é a descoberta da pólvora. É apenas aplicação de senso comum.

1. Viaje na época certa

Viajar na época errada (seja por clima inconveniente, ou hiperlotação, ou paradeira total) significa não aproveitar a sua viagem como poderia. Para cada lugar aonde não se deve ir numa determinada época há inúmeros outros aonde é ótimo ir.

A propósito, consulte:

2. Compre sua passagem aérea até o primeiro destino a ser visitado, voltando do último destino a ser visitado

Todo dia aparece alguém aqui que economizou 200 ou 300 dólares comprando passagem até o lugar errado, só para descobrir que vai gastar mais do que isso para chegar aonde queria ir (e enfrentando os perrengues e inseguranças de conexões entre vôos sem nenhum vínculo entre si). A gambiarra quase nunca compensa.

A propósito, leia:

3. Viaje leve

Por mais vaidoso/vaidosa que você seja, acredite: não é preciso carregar o guarda-roupa nas costas. Você só entenderá a maravilha que é viajar leve depois de experimentar. Uma mala tamanho M, de quatro rodinhas, medindo até 65 cm de pé, e uma mochilinha de mão é tudo o que você precisa para passar 15 dias em qualquer lugar. Mais do que isso, use as lavanderias para lavar jeans e camisetas.

A propósito, leia:

4. Vá devagar

Quem viaja com pressa paga tudo mais caro e termina a viagem com a sensação de que vai precisar voltar um dia à maioria dos lugares que visitou. Voltar a um lugar é ótimo (eu adoro), mas vale a pena quando a gente quer repetir e aprofundar a experiência. Voltar apenas porque não conseguiu ver tudo o que deveria é pagar duas vezes para fazer uma única viagem.

A propósito, leia:

5. Desconsidere o dia da chegada e o dia da partida

Enquanto não inventarem o teletransporte, chegar e partir serão os momentos mais estressantes de uma viagem. Não aumente o stress desses dias inventando coisas importantes para fazer. Pense em programas light, que não dependam de reserva, compra de ingresso ou deslocamento complicado. Sua viagem vai ficar muitíssimo mais tranqüila.

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    97 comentários

    Viajar leve certamente é difícil! Eu ainda estou no exercício – já evoluí bastante. Mas ainda mais difícil pra mim é voltar leve, pois adoro comprar coisinhas aqui e ali…

    Boa! Eu também diria que o planejamento é fundamental, especialmente se você tem poucos dias de viagem. Mas por outro lado, é sempre bom deixar um tempo em aberto, naturalmente nas viagens que se tem mais tempo.

    A dica da mala é ótima, mas como moro na Europa, pra mim, viajar leve significa uma mochila. Sempre faço check-in online, assim que pra viajar dentro do continente posso ir direto pro controle de segurança, faltando 45 minutos pra decolagem. Economiza uma barbaridade de tempo, porque na chegada também não precisa ficar esperando bagagem. Até uma semana pra mim significa uma mochila!

    Enxugar o roteiro me parece o mais importante dos conselhos dados, especialmente pra viagens internacionais. Muito brasileiro tem a mania de fazer viagem pinga-pinga quando vai pro exterior, só pra dizer que conhece um mooooonte de lugares. Viagem internacional de 2 semanas tem que ser de 3 ou, no máximo, 4 destinos.

    É isso, boas dicas!

    O problema de viajar leve é querer comprar coisas e nao caber na mala… aí, teriamos que comprar outra mala pra voltar com as comprinhas… (e nao estou falando só de USA, quase todos os lugares oferecem possibilidades de compras)

    O meu único problema é a dica numero 3! Gente, eu nao consigo fazer mala pequena, não adianta! Eu vou pra Sao Paulo passar 4 dias na casa da minha cunhada e levo uma mala de 15 kg! Acho que sou louca, só pode! Rs Mas pelo menos a minha mala é essa que vc fala que é a ideal.. tamanho M com 4 rodinhas. Mas o problema é a volta.. sempre tenho que comprar uma mala P pq nunca cabe na mala as compras e presentes. Minha mãe não sabe mais onde enfiar tanta mala em casa pq toda viagem internacional, é uma mala!

    Dicas muito boas Riq, parabens!

    Acho muito engraçada essa nossa mania de viajar “leve” carregando jeans mundo afora. Microfibra nele meu povo!!!

    No quesito viajar leve, eu ainda tenho muuuuito a aprender. Uma lição que tive, foi separar um bom tempo para a arrumação da mala. É que quanto menor a mala, maior o tempo gasto para programá-la. Tempos que pensar bem, antes de decidir o que merece entrar e o que pode ser descartado. Fica difícil, qdo temos pouco tempo e muitas malas para preparar (como quanto viajava com as crianças pequenas). E se fizer calor? E se chover? E se esfriar? E aí a mala ia crescendo. NO final, eu até esquecia o que tinha posto e acabava repetindo ítens. Aprendi na marra, qdo fui até Villa la Angostura na época das cinzas do vulcão. Fui baldeando até lá, com 3 crianças e 7 (sete) malas…rs. Imaginem carregá-las, junto com carrinho de bebê e o próprio pequeno de 3 anos, pegando e despachando a bagagem em cada conexão. Fomos de carro (Friburgo-Rio); avião ( Rio-Buenos Aires); avião (BUenos Aires-Esquel); ônibus (Esquel-Bariloche) e carro (Bariloche-Villa la Angostura)…rs. O mais triste, foi constatar que mais da metade da bagagem voltou intacta a Friburgo, já que, praticamente só usamos roupas de neve…
    No ano seguinte, acreditam que consegui reincidir no erro? Tudo culpa do pouquíssimo tempo que tive para arrumar a mala. COmo íamos a Paris na primavera, quase verão, não sabia se faria calor ou frio, acabei levando o dobro. Junto a isso, faltou revisar a bagagem. Fui colocando sapatos e mais sapatos e nem parei p/ contar. Qdo cheguei no hotel, tinha nada menos que 10 pares… A propósito, fez frio e só usei um par de botas e um tênis. Será que na próxima eu aprendo?

    Essas dicas são mesmo o fundamento de uma viagem agradável – mas, como nem sempre é possível cumprir tudinho como se deve, acho que ajuda bastante saber que nem tudo vai ser perfeito. Por exemplo:

    1. Durante 10 anos, eu trabalhei por conta própria e podia ter férias no mês que escolhesse. Eu escolhia setembro, que me parece o melhor mês para se ir a qualquer lugar do mundo. Hoje em dia, minhas férias são vinculadas aos períodos escolares – férias longas em janeiro ou fevereiro e um curto período em julho. Na minha opinião, viajar no inverno ou no verão é sempre ruim, por causa das temperaturas extremas, desconfortáveis. A solução? Eu vou mesmo assim, senão só volto a viajar a determinados lugares no dia em que me aposentar! Mas vou sabendo o que vou encontrar – não vou a NY em janeiro achando que vou passear alegremente pelo Central Park…

    2. Essa dica é de um bom senso inabalável. Além de se economizar no dinheiro, ainda se economiza na energia – afinal, é muito menos cansativo tomar um vôo lá na sua última cidade e vir pra casa logo, mesmo enfrentando conexões, do que ir até uma cidade no meio do caminho, pegar outro hotel pra não arriscar perder o vôo e tal… Mesmo com milhas é possível fazer isso, sem maiores dores de cabeça. (Acabei de emitir a ida Rio / Toronto e a volta Québec / Rio, sem problema algum.)

    3. Viajar leve é a melhor coisa que há, e bem menos difícil do que parece. Uma dica importante é organizar as suas roupas em torno de cores neutras, que combinem entre si. Eu escolho sempre calças básicas: uma jeans que vai no corpo e uma preta para usar à noite. Casacos devem ter cores neutras, para combinar com todas as blusas, e nunca são mais do que dois, um mais leve e outro mais pesado. Escolho blusas de materiais que não amassam, como malha e linha, e deixo as camisas sociais em casa. Uma peça de cima só entra na mala se combinar com todas as peças de baixo – ou seja, qualquer blusa tem que combinar com todas as calças, bermudas e saias. Sapatos devem ser também neutros e poucos – um sapato ou botinha que agüente as caminhadas diárias, ou seja, podem ser bem conservados (claro!), mas não novos; uma sapatilha ou sandália para usar de noite e um par de Havaianas. Nunca faço uma mala para mais do que 1 semana ou no máximo 10 dias (no caso de pegar climas diferentes), nem para dar a volta ao mundo durante quase 3 meses! A solução é sempre ir lavando a roupa pelo caminho quando a viagem é mais longa. Levo na mala alguns sacos de compressão para arrumar a bagagem de volta com mais facilidade quando faço compras. Reduzo tratamentos de pele e itens de maquiagem ao mais básico. Peço amostras dos cremes que uso à minha dermatologista, levo embalagens também pequenas de shampoos, condicionadores e tal e reduzo a maquiagem ao mínimo. Ah, vale a pena lembrar que reduzir a bagagem significa abrir mão do supérfluo, não do que é realmente necessário – não se pode deixar de levar, por exemplo, uma farmacinha com os remédios que costumamos tomar, porque nem sempre é fácil comprar o que se precisa… 😉

    4. Viajar devagar é bom demais, mas cada um deve saber o que significa “ir devagar” para si próprio. Eu, que sou bem agitada, acho insuportável acordar tarde, demorar para sair do hotel, fazer dois passeiozinhos e voltar – me sinto confinada! O meu “devagar” significa acordar cedo, tomar café com calma, ir pra rua e passear até não ter mais vontade – aí sim eu volto satisfeita e pronta pra recomeçar no dia seguinte… Por outro lado, não tenho energia para a noite – um jantarzinho para mim é um programa noturno mais do que suficiente!

    5. Essa dica eu não sigo à risca, não… Não marco nada imperdível ou que dependa de reservas, mas não consigo desconsiderar principalmente o dia da chegada. Como não tenho dificuldades para dormir no avião (desde que comecei a usar os benditos protetores de ouvido e máscaras para dormir!) eu chego ao meu destino com a corda toda. Deixo a bagagem no hotel e nem me incomodo se são 7 da manhã e o check-in é às 3 da tarde. Vou pra rua passear e mergulho na minha viagem imediatamente! 😉

      Nossa Carla, falou tudo. Muito bom!
      As recomendações que não sigo direitinho como a 1 e a 5 são exatamente por isso.
      E da pra levar camisa social sim, agora tem tanta roupa desses tecidos que não amassam e são leves.

      Rsrsrs… É verdade, Carlinha, sou eu que tenho implicância com esses tecidos sociais que não amassam – mas dá pra levar mesmo!

      Carla!!
      Que tipo de protetor você usa?? Alguma marca específica? Pois há tantos no mercado mas alguns são desconfortáveis.

      Kelly, por incrível que pareça não uso nada especial, não – uso aqueles vagabundinhos que algumas companhias aéreas ainda distribuem… 😉 Se não me engano, os meus são de uma antiga nécéssaire da TAM.

    É possível viajar leve om duas crianças?? E se chover? E se fizer frio? E se fiser calor? E se sujar a roupa 3x no dia???

      Olá, Andreia! Uma viagem com crianças deve ser uma viagem em outro ritmo, com menos deslocamentos, ou deslocamentos feitos de carro com bagageiro grande.

      Andreia, posso te dizer que sabendo se organizar e lançando mão de uma lavanderia (ou máquina de lavar), é possível viajar leve com crianças. Tenho 3 e uma mala grande é suficiente para todos. Vai com fé! (e lembre-se que se faltar roupa no destino, é só comprar).

    Perfeito! Disse tudo. Leveza é o grande segredo, no planejamento, no roteiro e na mala. Dicas preciosas prá uma viagem melhor.

    Amém, professor! Essa sua aluna dedicada aprendeu tudinho:

    1- sempre que possível, e até hoje não passei nenhum perrengue.
    2- SEMPRE! Consegui inclusive esse ano emitir com milhas (ida por Londres, volta por Amsterdam).
    3- como só tenho dois braços e só consigo arrastar uma mala de cada vez, isso sempre foi óbvio pra mim. O segredo é o desapego: não me importo de sair com roupa repetida em fotos e não, não vai ser em uma viagem ao exterior que vou usar aquele tubo de esfoliante que está parado no armário do banheiro. Para trazer comprinhas, coloco no fundo da mala uma bolsa de nylon dobrada e reservo algumas horinhas no último destino para fuçar lembrancinhas.
    4- Slow travel SEMPRE!
    5- é o único item que ainda preciso melhorar. Eu sempre subestimo o cansaço da viagem e a bagunça a ser organizada nas malas no dia da volta.

    Vou passar esse link para vários amigos! Valeu demais!

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