Alhambra na prática: da compra do ingresso online à visita
A Alhambra (diga: La Alámbra), o magnífico complexo construído em Granada durante a ocupação moura na Andaluzia, é um daqueles passeios que requerem providências prévias. O número de visitantes é limitado. Para não correr o risco de perder a viagem, o negócio é reservar pela internet. As vendas de ingresso são liberadas com 3 meses de antecedência à data da visita.
Vamos ao passo a passo, atualizado em março de 2018.
Como comprar ingressos para a Alhambra
Acesse o site do Patronato de la Alhambra y Generalife, que é o novo endereço oficial de vendas, para comprar suas entradas pelo preço da bilheteria.
Além do passeio diurno a todo o complexo, em destaque no site como Alhambra General, é possível também comprar uma visita completa, noturna e diurna, em dias consecutivos (Alhambra Experiencias, que deve ser linda). Ou comprar entrada apenas para os jardins e palácio do Generalife e à fortaleza da Alcazaba — mas neste caso você perde o filé do complexo, que são os Palácios Nasridas — Nazaríes, em espanhol.
Você clica em ‘Comprar’ e na página seguinte aparece um resumo dos espaços e monumentos inclusos no ingresso. O Alhambra General, tour completo diurno, inclui a fortaleza da Alcazaba, os Palacio Nasridas/Nazaríes e o palácio Generalife. Apesar da numeração, não precisam ser visitados nessa ordem.
Prossiga, clicando em ‘Comprar entradas’.
Na seqüência você determina o número de ingressos que deseja comprar.
O ingresso para adultos custa 14,85 euros (março/2018). Atenção às oportunidades de desconto: adolescentes de 12 a 15 anos pagam mais barato, e crianças com 11 anos ou menos entram grátis. Maiores de 65 anos só ganham desconto se forem cidadãos da União Européia.
Escolhido o número de ingressos, clique em ‘Ir a paso 2’.
Aqui você escolhe a data da sua visita à Alhambra. Em vermelho, os dias com vagas esgotadas. Em laranja, as datas com poucas vagas disponíveis. Em verde, os dias com mais lugares à venda. Clique na data desejada.
Então vem a pegadinha. Nesse momento você precisa também escolher o horário em que quer visitar os Palácios Nasridas/Nazaríes. O site mostra os horários disponíveis.
Pense a que horas você pretende chegar na Alhambra, e agende a visita aos Palácios Nasridas/Nazaríes para, pelo menos, duas horas depois. Pelos seguintes motivos:
1) Os Palácios Nasridas estão a quinze minutos de caminhada da entrada do complexo. Qualquer confusão ou atraso e você pode perder o seu horário;
2) Os Palácios Nasridas são o ponto alto da visita. É melhor terminar a visita por eles.
Clique em ‘Ir a paso 3’ para continuar.
Preencha o cadastro com as informações pessoais, primeiro do comprador, e depois de todos os visitantes. Se você é visitante e comprador, vai precisar colocar os seus dados duas vezes.
Com tudo certo, clique em ‘Ir a paso 4’.
Revise a data da visita, o tipo de ingresso e a quantidade de entradas escolhidas. Tudo certo? Então clique em ‘Finalizar compra’.
Você vai ser encaminhado para outro site para fazer o pagamento. Preencha o formulário com os dados do seu cartão de crédito: número, validade e código de segurança. Vai ser necessário ter um cartão com os sistemas de segurança Verified by Visa ou Mastercard SecureCode (saiba o que isto significa aqui).
Clique em ‘Pagar’.
Aparecerá uma janelinha do banco emissor do seu cartão de crédito para alguma verificação de segurança. (No caso do Itaú, é pedido o número do iToken.)
Verificação feita, compra concluída! Você será levado de volta ao site do Patronato de la Alhambra y Generalife, onde encontrará o código localizador da sua compra, os dados do seu ingresso e um botãozinho para fazer o download do e-ticket.
O ingresso é enviado automaticamente por e-mail, também. É só imprimir num papel A4, em boa qualidade, e levar no dia da visita, junto com o seu documento.
Se você esquecer de levar o ingresso, ou não tiver impressora, vai poder imprimir o bilhete na hora em máquinas de auto-atendimento. Para imprimir, é necessário informar o endereço de e-mail do comprador e o código localizador da compra. Leve o documento de toda forma; pode ser exigido para o acesso ao complexo.
Ingressos comprados com desconto devem ser retirados na bilheteria, para que se possa verificar a documentação do visitante.
Esgotaram os ingressos para o meu dia, e agora?
Caso esgotem os ingressos para o seu dia, você ainda tem duas chances de visitar a Alhambra.
A primeira delas é comprando o Granada Card, que custa 40 euros e tem validade de 5 dias a partir da data de ativação. Informe-se detalhadamente no site do Turismo de Granada e compre o Granada Card aqui.
No momento da compra do cartão é necessário selecionar data e horário da visita à Alhambra e aos Palácios Nasridas/Nazaríes – assim você já fica sabendo se há disponiblidade para o dia de seu interesse. O Granada Card inclui outras atrações na cidade e oferece opção de cartão Kids (2 a 11 anos). Contempla também 9 viagens de ônibus urbano e 1 tour em trem turístico (sem hop on hop off).
A segunda possibilidade é comprar um tour guiado à Alhambra. Além de furar a fila e garantir o ingresso, você ainda recebe todas as informações que fazem diferença na visita. Apenas cuide para que o roteiro inclua os Palácios Nasridas/Nazaríes (os tours mais baratos, de 20 euros, não incluem, mas os tours de 40 euros em diante normalmente incluem).
Nossa parceira Musement vende esse passeio – com ingresso e audioguia – por 49 euros, com sistema de compras em português e opção de já comprar o bilhete para o período da manhã ou período da tarde.
Atenção: há relatos de leitores informando alterações aleatórias de horário da visita. Ao comprar ingresso através de revendedores, sejam parceiros nossos ou não, atenção ao seu email – especialmente à caixa de spam – para verificar se houve comunicação de mudança.
Como é a visita à Alhambra
Comece pelo Generalife, o palácio de verão dos emires da Andaluzia. Fica à sua direita e no alto.
Continue pelos jardins.
Em seguida desça até o outro extremo do complexo, onde está a Alcazaba. É a edificação mais antiga da Alhambra, e funcionava como fortaleza e cárcere.
Dali você tem vistas bonitas da cidade antiga e também da Sierra Nevada.
Saia da Alcazaba e você estará defronte ao Palácio de Carlos V, um palácio construído depois da expulsão dos árabes, em estilo romano.
Abandonado no meio da obra, só foi concluído no início do século XX. Destoa, obviamente, do conjunto, e vale mais como curiosidade histórica do que pelo seu valor artístico. De todo modo, vale a pena visitar o Museu da Alhambra, com objetos achados no sítio histórico, que funciona dentro do palácio.
Marque sua entrada aos Palácios Nasridas/Nazaríes para pelo menos duas horas depois de adentrar o complexo. Os palácios são vizinhos da Alcazaba e de Carlos V. Uma vez ali na vizinhança fica mais fácil administrar as visitas.
Prepare-se para um deslumbramento. Os palácios mouros — seus recintos, salões e pátios — vão se sucedendo e se superando em beleza e refinamento.
Para mim, o mais impressionante é justamente a falta de dimensões monumentais. Os ambientes têm escala humana. (O lugar daria — desculpe — um hotel maravilhoso.)
Não, não é à toa que a Alhambra é o monumento mais visitado da Espanha. Vale a ida a Granada e os perrengues do planejamento.
Alhambra
- Endereço: Calle Real de la Alhambra, s/n
- Horários:
- 15/out a 31/mar: 8h30-18h
- 1/abr a 14/out: 8h30-20h
- fecha 25/dez e 1/jan
- Palácios Nasridas: visitas apenas com hora marcada
- Ingressos: bilheteria oficial aqui
- inteira: 12 euros
- 12-14 anos: 8 euros
- 65+ com passaporte europeu: 9 euros
- Até 11 anos: grátis (mas é necessário emitir ingresso no site)
- outros ingressos: saiba aqui
- Site oficial
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219 comentários
Realmente é um lugar deslumbrante! No verão, não esqueçam do protetor solar, óculos e chapéu. Estive lá em junho e peguei um calor de 36 graus. Mas mesmo assim, foi tudo incrível!
meu post sobre Alhambra:
https://viajanteremediado.wordpress.com/2011/06/22/alhambra-granada-espanha/
Quando eu fui, em 2001, acho que ainda não havia esse sistema on line, e eu até pesquisei mas não achei. A gente tinha que comprar o ticket em agência bancária, e quando cheguei em Granada só havia disponibilidade para dois dias depois. Resultado: estiquei minha estada e usei o dia extra para conhecer Jaén e também Baeza, que é super bonitinha. Valeu a espera, acho a Alhambra um dos monumentos mais impactantes da Europa. E a limitação de visitantes preserva o astral do lugar. Gostei de fotografar a Alhambra do Albaicín e depois fotografar o Albaicín da Alhambra 🙂
ai se esse post tivesse sido escrito há alguns anos… consegui (eu e mais 3 amigos) a proeza de perder o horário marcado! isso em março de 2009. chegamos em cima da hora na bilheteria, saímos correndo até os palácios mas não funcionou tentar conversar com o guardinha na fila. daí toca a descer tuuuudo de novo até a bilheteria pra comprar mais um ticket pra cada um (sorte que tinha!), e isso tudo debaixo de um sol matador e num calor completamente inesperado em março, pelo menos para nós, que estávamos morando e passando frio em barcelona!
daí ficamos plantados na porta dos palácios para não perder a hora, hahahaha, cômico se não fosse trágico! como diz a minha mãe, “quem não pensa, padece”.
mas mesmo assim valeu a pena! a alhambra é linda e apesar do patio de los leones estar sendo restaurado (marcou muito a minha 1a visita em 1999, e fiquei meio triste de não vê-lo por inteiro) as vezes esses reveses nem tão graves assim (na hora, parecia o fim do mundo! eu queria morrer de raiva!) depois acabam dando graça às viagens!
Trips!!
Quem for a Alhambra e tiver tempo no Restaurante Calle Real, do Parador de Granada dentro da Alhambra, existe um Menu inspirado nas comidas Nazaris, irado.
Deixo também um post do V&P com dicas de Granada:
https://viajarepensar.blogspot.com/2011/06/granada-alem-da-alhambra.html
Mais mastigado impossível Riq!!
Estive por lá em 2010. Tinha lido antes sobre os perrengues dos horários e outros macetes. Resolvi não arriscar e contratei no próprio hotel um tour completo. Se não me falha a memória paguei cerca de 30 euros, com direito ao traslado hotel/Alhambra/Hotel e visita guiada. Acho que valeu a pena não arriscar, afinal esse é um dos pontos turísticos mais visitados na Europa.
Estive lá no finalzinho de setembro e comprei os ingressos com pouco mais de um mês de antecedência, mas já havia alguns horários perto de esgotar.
O aviso da Ludmila é importante: a entrada tem hora marcada só para a visita dos Palacios Nazaríes, mas também tem uma janela de validade. Então, comprando para o período da manhã, é preciso se programar para passar pela entrada do último “ambiente” do complexo até as 14:00h. No horário da tarde, a validade do bilhete só começa só às 14:00h.
Sabendo que o começo da visita aos Palacios Nazaríes era distante da porta do complexo propriamente dita, me programei para chegar meia hora antes (dica que está no site deles). Se não fosse isso, nteria perdido a hora.
Eu gostei de visitar os Palacios Nazaríes antes dos outros ambientes. Se tivesse deixado para o final, já estaria cansada e acho que não conseguiria aproveitar a visita direito. Com a parte do passeio que exige hora marcada já cumprida, pude aproveitar com calma os jardins do Generalife e as vistas da Alcazaba, sem me preocupar com o relógio.
A parte mais sem graça é mesmo o Palácio de Carlos V. Mas mesmo ali, dei a sorte de ver uma exposição temporária de gravuras de Escher, que esteve na Alhambra quando era jovem e se inspirou muito na arquitetura e nas cerâmicas de lá para criar seus desenhos.
Para quem quiser sonhar um pouquinho com a Alhambra, indico o livro “A Princesa Leal”. É um romance histórico sobre a juventude da princesa Catarina de Aragão, que morou na Alhambra antes de ir para a Inglaterra, onde acabou virando a primeira esposa de Henrique VIII. Não é um livro de história, não tem rigor científico, mas a leitura me permitiu imaginar de uma forma muito mais nítida como viviam os que moraram nesse lugar tão incrível.
Fui à Alhambra semana passada, dia 9. Comprei os ingressos com 3 semanas de antecedência. Ingressos do período MATUTINO (das 8h às 14h). Entrada para os Palácios Nazaríes prevista para as 9h30. Chegamos ao complexo às 9h da manhã (pegamos o ônibus 30, que nos deixou na porta da bilheteria, e pode-se pegá-lo na Catedral) e já fomos pra porta dos Nazaríes, pelo mesmo motivo que você, Riq… Uma fila colossal, que levou uns 20 minutos para entrar… Dentro dos Nazaríes, um deslumbramento atrás do outro, mas também um incômodo: flashs disparando o tempo todo apesar dos N avisos de “sin flash” tanto das placas, quanto dos funcionários. Vale lembrar que o Pátio de los Leones está todo cercado para reformas e, segundo nos informaram, estas ainda devem levar mais um ano para conclusão. Com isso, A Sala de los Abencerrajes (um dos lugares mais bonitos dos Nazaríes) fica inacessível.
Dos Nazaríes fomos pro Carlos V e dali pra Alcazaba. O museu de fato é muito interessante, uma mocinha do Patronato nos parou para fazer uma pesquisa de opinião e, sem saber isso nos prejudicou demais. Isso porque, após a pesquisa de opinião fomos andar pelos jardins, com parada obrigatória no Palacio del Partal (o edifício mais antigo do complexo) em direção ao Generalife. Ao chegarmos ao palácio Generalife, depois do deslumbramento com os seus jardins, fomos impedidos de entrar, pois já eram 14h05 e o nosso ingresso perdera a validade 5 minutos antes.
Por isso, prestem atenção ao relógio!
Só não fiquei (tão) triste, porque pretendo voltar quando o Pátio dos Leões estiver restaurado! Mas fica a dica pros trips.
Eu estive lá no ano passado, em pleno verão. Quem não quiser enfrentar as filas do ServiCaixa na Alhambra pode imprimir seu ticket em qualquer caixa eletrônico (em qualquer cidade da Espanha) antes de ir. Foi o que eu fiz e deu supercerto.
Os jardins são mesmo fresquinhos no verão. Tão fresquinhos que você pode ser surpreendido por uma chuva de verão (como eu) e chegar nos Palácios Nazaríes parecendo um cachorro molhado. E, sobre esta parte da visita: chegue no horário. Nem adianta tentar dar um jeitinho porque se perdeu e está “só cinco minutinhos atrasado”. O guardinha não vai te deixar entrar.
Tá certo que quando visitei Alhambra os mouros ainda estavam por lá, mas não me lembro de nenhuma dificuldade para comprar as entradas. Chegamos, compramos, visitamos tudo. Outros tempos, de fato. Muito legal o post. Se um dia eu voltar, e pretendo, vou seguir todas as instruções.
Fui em 2005 e tambem nao tive dificuldades, parece que as coisas mudaram. Tambem pretendo um dia voltar, um dos lugares mais bonitos e impressionantes que já visitei.
Sim, mudou. O número de visitantes agora é reduzido e, no verão, apenas 2/3 do volume médio de pessoas agora pode entrar.
Sou fissurada nestes posts mega detalhados que fazem uma diferença danada na hora de executar o planejamento : zero stress e uma enorme economia de tempo .
A idéia do hotel é ótima >>> Com os mesmos materiais usados na construção original (barro + madeira + gesso) dá pra duplicar os Palácios Nasridas em qualquer lugar 😀