Argentina e Chile: na dúvida, não viaje

À medida que a epidemia de gripe suína vai tomando força no Cone Sul, uma outra, muito pior, se impõe: a epidemia de paranóia.

A disseminação da gripe — de sintomas parecidos e periculosidade idêntica à da gripe comum, apenas mais contagiosa — não está fazendo com que a doença se banalize; pelo contrário, o bicho parece cada vez mais feio. As manchetes não seriam diferentes se, em vez de gripe, falassem de Ebola.

Como escrevi hoje na minha página do Estadão, neste momento não dá para tentar demover ninguém da intenção de cancelar uma viagem ao Chile ou à Argentina.

Caso, porém, você esteja em busca de razões para manter a viagem, eu poderia dizer que a imensa maioria dos que viajam voltam sãos; que o estigma é infinitamente desproporcional à periculosidade (baixa) da doença; e que daqui a um mês é muito provável que a gente possa se gripar em casa mesmo, sem precisar viajar.

Se você resolver mesmo viajar, vá com espírito de aventura, sabendo que vai ter histórias para contar. (Desde “eu fui à Argentina no auge da gripe suína e não aconteceu nada, haha” até “eita,  inventei de ir à Argentina em plena gripe suína e passei cada perrengue na volta…”)

Ouvi no rádio que hoje à tarde houve PÂNICO no vôo do Corinthians a Porto Alegre porque havia um passageiro gripado no avião — com boato de que tinha estado em Buenos Aires.

Infelizmente a paranóia venceu.

120 comentários

Boa Noite,

gostaria de uma indicação de onde posso comer saladas em Buenos Aires e onde se pode dançar a dois, um lugar pra uma noite romântica.

Estive lá em julho próximo e não encontrei um bom restaurante que tivesse uma salada generosa.

Abraços, Márcia

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