Organize seu dia: faça primeiro o mais importante

Château de Villandry, Vale do Loire

Aposto que você vai se identificar com esta situação. Quando você viaja, você programa uma série de passeios/atividades/paradas/escalas a cada dia. Tudo começa muito bem, mas no fim do dia você se vê em corrida desabalada feito escola de samba atrasada para terminar o desfile.

Todo mundo é assim. Só quem domina a manha dos lerês cronometrados são os operadores de tour organizados, que fazem isso todo dia, conhecem as distâncias, sabem onde parar e controlam rigidamente o tempo que os passageiros podem passar em cada lugar.

A gente, que está indo pela primeira vez e tem espírito curioso, naturalmente acaba se demorando mais nos lugares. O resultado é a correria do fim do dia.

O jeito de combater esse problema é hierarquizar o seu dia. Estabeleça sempre uma atividade mais importante. E sempre que possível, comece por ela. Assim você investe o tempo necessário para visitar a atração principal. Tente deixar as menos importantes para o fim do dia — assim, se for preciso cortar da programação, não vai doer.

Essa estratégia é válida sobretudo para viagens de carro com várias paradas no dia. A gente se entusiasma com as paradas do caminho e acaba chegando ao destino principal na hora em que tudo está fechando.

Sempre que possível, comece pelo principal. O que couber depois no seu dia vai ser lucro (sem falar que, ticada a atração principal, você vai curtir o resto sem stress).

Caso não seja logisticamente viável começar pelo principal (ou se a melhor hora de visitar for à tarde), então estabeleça um horário para estar no lugar. E à medida em que a sua programação for se atrasando, você cancela as atividades intermediárias para estar na melhor hora na atração principal.

(Esse é o tipo de post que eu preciso ler antes de cada nova viagem…)

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30 comentários

Depois da Expedição Brasil Express, em que viajei para Manaus “só” para fazer o Encontro das Águas… minha vida de viajante nasceu ali! 🙂

Legal essa dica. Eu faço isso tão…tão… que na ultima viagem (Santiago no Chile), deixei o ultimo dia livre para “cositas más”
Acabamos fazendo um tour a pé pela cidade toda e foi delicioso.

Já que tocaram no assunto… Viena e Praga, o que é essencial, o que é secundário? Ah! Se pudessem dar umas dicas…
E Cesky Krumlov, vale desviar até ela, saindo de Viena para Praga de carro?
Agradeço alguma indicação.

Pior que não é só 1 dia, não… até numa estadia completa – já planejei visitar um monte de coisa e, com uns 4 dias em cidades como Viena ou Praga, a gente acha que vai dar tempo, mas daí se empolga mais do que imaginava em um lugar, ou descobre um outro ponto interessante e já era.
Mas sem problemas: são sempre ótimos motivos para ficar com vontade de voltar a um lugar que tanto se gostou! 🙂

A comparação com escola de samba foi ótima… Já me senti assim por muitas vezes! Agora evito ao máximo, tento deixar tempo livre em quase todos os dias. Ficar à toa numa praça ou sentada num café pode ser o máximo, assim como flanar sem compromisso, Mas por mais que eu me esforce, toda viagem pinta um maraturismo no final…

Exceto em casos específicos, gosto de seguir o conselho do cmte. Riq e me limitar a “uma fila por dia”.

Sendo possível, essa fila deve ser a primeira coisa depois do café da manhã.

Quando isso não é possível por motivos de roteiro, se eu estiver de carro é sempre uma desculpa para ficar explorando algum lugar totalmente “off-the-beaten-track” perto da atração que visitarei mais tarde de carro, sem pressa e sem me submeter à ditadura do “preciso ver tudo ou não vi nada”.

Alem de (tentar) fazer isso sempre, eu deixo na manga um programa que está fora do roteiro do dia.

Se por acaso um imprevisto acontecer ou todas as atraçoes forem vistas mais rápido do que o previsto, dá pra encaixar esse programa e fazer o dia render ainda mais. Mas vale dizer que é smepre algo que não precisa de ingressos antecipados ou que tenha horário de funcionamento restrito (pode ser um parque, uma praça, uma estaçao de trem…).

Tambem sou adepta dessa dica (embora nem sempre a utilize). De manhã estamos mais dispostos, de barriga cheia, vontade renovada de tirar fotos e futucar todos os cantinhos da atração. Já depois do almoço começa a bater uma preguiiiiiça, então o que vier(e do jeito que vier) é lucro…

Eu sempre tive um ritmo bem acelerado (nunca me esqueço que o Riq uma vez disse que eu era da Bicho Carpinteiro Tours… 😆 ), por isso planejava dias intensos e costumava dar conta de tudo sem sofrimento. De uns tempos pra cá (será a idade?!?) tenho procurado fazer as coisas com mais calma, mas ainda não encontrei o ponto de equilíbrio – às vezes me dá a impressão de que não fiz praticamente nada o dia todo, e que poderia ter aproveitado melhor o tempo!

Uma estratégia que funciona muito bem comigo – além de priorizar o mais importante, claro – é organizar o roteiro diário em uma única região da cidade ou, no máximo, em bairros vizinhos. Assim o passeio fica menos cansativo e se perde menos tempo em deslocamentos.

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