Manual de sobrevivência em Ciudad del Este, pelo PêEsse

Foto do blog https://indiada.wordpress.com

O PêEsse pôs esse comentário num post sobre Foz e eu achei tão bom que estou transformando em post. A foto foi gentilmente surrupiada do divertidíssimo blog Indiada.

Por questões de falta de segurança em Ciudad del Leste e por conta de o trânsito lá ser uma bagunça (aliás, não só o trânsito), nas duas vezes em que fui ao Paraguai deixei o carro no Estacionamento Silva (Rua Olavo Bilac, 214, Vila Portes, Foz do Iguaçu – tel. 45/3528-6631 45/3528-6631), com várias vagas na sombra, atendimento ótimo e ambiente seguro. Custava, em dezembro de 2009, R$ 15, independentemente do tempo que você usar o estacionamento. De lá, fui a pé até a Ponte da Amizade e a Ciudad del Leste.

Uns três minutos depois que você termina de atravessar a ponte indo para Ciudad del Leste, você vê uma casinha vermelhinha do seu lado direito. Ali é a “imigração”. Passa e pára lá quem quer. Quem não estiver a fim, basta ir direto, não entrar, mudar de calçada, passar assoviando olhando para cima. Ninguém vai nem lhe olhar atravessado. 99% das pessoas fazem isso.

Como eu queria o carimbo oficial no passaporte, parei lá. A única pergunta que o atendente fez foi se Machu Picchu era realmente bacana como diziam. De posse do meu carimbo, segui em frente.

Dois minutos depois começa o monte de lojas, camelôs, motos, pessoas com caixas na cabeça, táxis, caminhões descarregando mercadorias, enfim, Ciudad del Leste propriamente dita. Eu já tinha lojas certas para ir, então fiquei em Ciudad del Leste umas duas horas apenas. Na volta, por conta do calor, eu só queria chegar no carro e ligar o ar condicionado. Não peguei nenhum carimbo de saída, portanto.

No meu terceiro dia em Foz, contudo, eu me arrependi de uma compra não-feita e voltei a Ciudad del Leste (agora devidamente vestido para o calor: camiseta branca, bermuda e chinelo). Na entrada, peguei meu carimbo de saída que tinha ficado faltando (bacana foi que no meio tempo entre um carimbo e outro houve uma ida e volta da Argentina).

Falando de compras, para câmeras, lentes, cartões de memória e todos os tipos de equipamentos fotográficos recomendo a Monte Carlo. Os produtos são originais, o atendimento é muito bom, a compra é registrada com nota fiscal. De acordo com os empregados da loja, o site está desatualizado porque em breve será lançado um novo. Por isso na loja há diversos produtos que não constam no site. Para informações e cotações de preços basta entrar em contato pelo MSN com Zanete ([email protected]).

Para GPS, a Pirâmide é imbatível. Quantidade, diversidade e um atendimento bem esclarecedor. Produtos originais e vendas com nota fiscal. Para equipamentos de informática em geral, recomendo a loja Nova Advance. Bastante diversidade. Produtos originais e vendas com nota fiscal.

Para compras em geral (perfumes, roupas, vinhos franceses de procedência), passe na Monalisa. Inclusive, se for comer em Ciudad del Leste, nem pesquise e vá direto no restaurante da Monalisa. Excelente e confiável comida.

Gracias, Don PêEsse!

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140 comentários

Estou indo dia 20 para o paraguay, trazer coisinha pouca, um radinho pro carro, um tenis, uns jogos de videogame, bebidinhas e os sapatinhos do meu carro. Alguma dica sobre lojas de eletronicos e como esta a questão dos pneus? Da pra voltar pela argentina sem passar pela aduana brasileira? Têm algum horário melhór para voltar?

    Tem uma balsa que liga Ciudade del Este a Puerto Iguazú, só que o ponto de partida da balsa no Paraguai é super barra pesada, e é preciso apresentar documentos autenticados no consulado para atravessar a fronteira entre os dois países sem passar pelo Brasil. E vc será fiscalizado ao voltar pela Ponte Tancredo Neves quando voltar ao Brasil de qualquer forma.

vc sacou tb o povo andando d metralhadoras, um monte d chineses e árabes, pra td lado? uma ásia ñ muito disfarçada impera nakele lugar…mas fora isso, o paraguaio tem cara d judiado, sofrido…msm assim, eles são super gentis, diferente dos “chanchos” do outro lado, os boludos q t olham como vc tivesse cagado…rsrs…bom, keria mais informações sobre lojas q vendem perfumes e bebida…os produtos la são originais msm? qdo fui, só comprei a batatinha springles, ñ confiei muito nos perfumes e “bebíveis”, isso ae comprei no dutty free no lado argentino…1 abç e espero respostas, valeu!!!

Fui a Ciudad del Este recentemente. Aconselho cruzar a fronteira de van. 25 reais por pessoa partindo do Hotel.
Sobre o Shopping Del Este é bem bonzinho, muito chique, mas é mais caro, sim.

E sobre a Receita Federal no aeroporto: façam o check-in e o despacho das bagagens antes das 8 da manhã. Tudo fechado e passamos sem problemas. Não tínhamos nada de valioso, mas evita a vistoria de malas, que é sempre um saco e ter que ficar provando que não comprou seus pertences no paraguai.

    Fran,

    No caso dessa fiscalização da Receita em Foz, se vc for armado com a letra da Lei, mas sem ser arrogante, sempre dá pra evitar intrusões excessivas facilmente. O Aeroporto de Foz do Iguaçu não é um posto de fronteira (exceto pra quem aterrisa em vôos internacionais, claro), e os poderes de Receita em verificar mercadorias e/ou cobrar II são menores do que o do real posto de fronteira, na ponte.

Gostaria de saber se alguém conhece o Shopping Del Este no Paraguai.
Os preços são bons lá?

Ciudad del Este é só lojas de tudo quanto é coisa, cercadas por camelôs, muita bagunça e gritaria. Para quem conhece Sampa City, a coisa toda é uma mistura perfeita de Brás, 25 de Março e Santa Efigênia, porém bem mais apertada e com a galera gritando de tudo, a todo momento e em todas as línguas possíveis e inimagináveis. O que me salvou foi o mapa das lojas em https://www.comprasparaguai.com.br/mapas.php. Imprima e leve com você. Pelo que vi, compensa comprar perfumes, cosméticos, bebidas, relógios e tabacaria na Macedônia, bebidas, jóias, bolsas, calçados, eletrônicos e informática na La Petisquera (principalmente informática no box do centro da loja, consulte preços antes no site da loja em http://www.lapetisquera.com), basicamente as mesmas coisas e principalmente relógios, vinhos e apetrechos para bebidas no Shopping Americana (são muitas lojas de relógios, genéricos e originais, e perfumes e bebidas a preços excelentes, especialmente na loja Americana S/A, que fica no segundo piso) e camisas de times de futebol do mundo todo e vestuário em geral na Casa China. Por lá, suba até o último andar e coma uma pizza com cervejinha paraguaia (importada da argentina, rs). Informática não tem pra ninguém: Shopping Lailai. Como disseram, não se assuste com a aparência externa das lojas: normalmente do lado de dentro é melhor (às vezes é pior também, rs) e tente fazer as compras com calma, sem atropelos. Se não vai comprar nada nos camelôs, ignore-os, pois um mínimo de atenção (até mesmo um “não, obrigado”) pode te condenar à danação eterna. Se não tiver tempo, esqueça Shoppings como Mega e Monalisa, que tem preços similares às boas lojas brasileiras. E reserve ao menos um dia para as compras, porque na volta o trânsito pára e você perde bastante tempo na fronteira. O ônibus FOZ – CDL não para nem na ida, nem na volta, a não ser no posto da Receita Federal, quando sobe um fiscal que pede para que todos abram suas malas e confere meio à olho o que você está trazendo (cota máxima: 300 dólares. Se passar disso, paga-se 50% de imposto sobre o excedente). DICA FINAL: vá até lá já sabendo o que vai comprar, ou perderá um tempo enorme olhando tudo!

Alguém pode me tirar algumas dúvidas?
– Onde posso comprar roupas e tênis de qualidade?
– E produtos de segurança (cameras, central de cerca elétrica)?
– As lojas abrem aos domingos?
Muito obrigado e parabéns pelos posts.
Alexandre

– Um amigo foi a Foz a trabalho (de avião), não passou por nenhuma fronteira e ainda assim teve seu lap-top de trabalho confiscado pois não o havia registrado nem tinha NF.

– estou pensando em ir a Foz na Semana Santa (com 2 filhos adolescentes) e ficar no lado argentino. Agradeço dicas de hotel.

Voltei de Foz ontem, e aproveito pra contar que o ônibus pra Ciudad del Este é ótimo. Nós fomos pra passear, já que não tínhamos nenhum objetivo comprístico sério no Paraguai, e decidimos fazer uma experiência antropológica. Pegamos o ônibus na frente do terminal rodoviário, na Av. JK, e fomos. A passagem custa R$ 3,30, e o ônibus, apesar de de não ter ar condicionado, estava vazio e bem ventilado. O ônibus tem prioridade nas aduanas, e passa direto – só pára para deixar descer quem tem que fazer alguma formalidade legal, e aí essa pessoa pega o próximo ônibus (é só pegar um recibinho). Na ida, passamos direto, e paramos na frente da Monalisa. Brincamos de fazer compras, e na volta pegamos o ônibus de novo na mesma avenida principal de Ciudad del Este (Av. San Blás, salvo engano). O colectivo fica fazendo hora, andando devagarinho, pegando passageiros na San Blás, até resolver seguir viagem. A volta também é tranqüila – não é preciso descer do ônibus, apenas um fiscal da aduana brasileira sobe no ônibus e pede pra ver alguma coisa (pediram pro marido abrir a mochila, e só). Teoricamente, se eles emplicarem com você, te pedem pra descer, e você segue no próximo ônibus. Paramos no terminal de novo na volta. Foi super tranqüilo e barato, sem qualquer problema.

Outra coisa: o restarante dentro da Monalisa é EXCELENTE – comemos um linguado à belle meuniére e um ravioli aos quatro queijos fantásticos lá. O marido disse que foi um dos três melhores peixes que ele já comeu na vida. Nós só descubrimos depois, mas o restaurante vende na taça vários vinhos disponíveis na adega – então dá pra experimentar algo antes de comprar.
A adega da Monalisa é um espetáculo à parte: totalmente climatizada (passei frio lá dentro), tem vinhos, principalmente franceses, de qualidade excelente, e preços baixos – eles garantem que a importação foi feita preservando as condições ideiais para os vinhos. Óbvio que compramos uns – e eles embalaram direitinho. Acredito que quem esteja mais entusiamado possa comprar caixas, que eles embalam. O atendimento é que é só razoável, sem ninguém que entendesse de fato de vinhos.
O comércio de rua é mesmo horrível, mas evitável (com exceção de um menino que ficou nos seguindo oferecendo meias, ergh). E não deixa de ser interessante…

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