Minhas férias :-)

Viajar o tempo todo não banaliza as viagens? Quando você passa a viajar como profissão, a viagem não perde parte do encanto? Chega uma hora em que viajar fica chato?

Essas são as perguntas que costumo ouvir daquela *pequena* parcela de pessoas que não acham que eu estou em férias permanentes.

De fato, escrever sobre viagem mudou bastante o meu jeito de viajar. Mas não banalizou as minhas viagens, não. Cada viagem é um novo desafio. Preciso (1) entender e pôr em perspectiva os lugares novos; (2) analisar destinos que não foram feitos para mim com o olhar de quem pode curtir esses lugares; (3) nos lugares já visitados, conferir se tudo continua minimamente parecido com a minha descrição.

Em suma, viajar profissionalmente não é nada chato. Mas é muito, muito, muito cansativo. Fazer campo (muitas vezes, com deslocamento), produzir conteúdo, fazer a manutenção do site, lutar com a conexão à internet e ainda dar conta das obrigações offline (no meu caso, uma página semanal no Estadão, uma crônica quinzenal no Divirta-se, uma coluna mensal na Revista da Gol e um boletim diário na BandNewsFM) acaba fazendo com que, durante as viagens, o meu expediente se estenda das 6h da manhã à meia-noite.

(Este ano uma das metas aqui do site é fazer com que as viagens sejam mais slow, para que o conteúdo relativo a cada viagem possa ser produzido antes de voltar. Veremos…)

De modo que a perspectiva de fazer uma viagem de oooooito dias em que eu não precisaria escrever uma linha sequer não trazia só a promessa de um (necessitado!) descanso: representava também uma volta às viagens de antigamente. Só curtição. Ai que medo

Os últimos dias pré-viagem foram iguais aos de todo mundo que trabalha em escritório: tive que prever tudo o que aconteceria nas semanas seguintes. Sim, porque depois da minha semana de férias haveria o carnaval, que antecipa o fechamento de cadernos e revistas. Produzi e agendei a publicação de dez posts; fechei três páginas do Estadão; gravei dez boletins; entreguei as chaves do site pr’A Bóia e embarquei. Com duas pendências, veja você. Escrevi a crônica do Divirta-se e a coluna da Gol no vôo (a sorte é que era longo). Ufa! Embarquei ainda no batente, mas desembarquei já de férias.

Pra onde eu fui? Aproveitei um dos últimos vôos da Gol para St. Maarten e fiz um bem-bolado St. Maarten + St.-Barth (com peso maior para St.-Barth) na companhia de pessoas queridas.

Que delícia. Não desliguei totalmente do site — passava aqui pelo menos duas vezes por dia, para ver se tudo estava nos conformes, se os posts agendados tinham entrado, se precisava  mexer na capa. Não acompanhei comentário por comentário (vou tirar o atraso amanhã), mas deu pra ver que A Bóia se saiu esplendidamente bem — e que vocês deram uma bela mãozinha. Muito obrigado!

Da minha parte, me dediquei a dormir muito, comer demais e passar o maior tempo possível dentro d’água. Tirei da pauta qualquer busca de novidade. Tratei apenas de seguir  minhas próprias dicas e, modéstia às favas, me dei muito bem 😀

Então é isso que acontece quando a pessoa viaja de férias? Gente, É MUITO BOM!

Acho que vou repetir a experiência mais vezes. E pelo que eu andei vendo aqui no site, destino é o que não falta…

Leia também:

Todas de St.-Barth no Viaje na Viagem

Página-guia de St. Maarten/St.-Martin

“O que você faz quando sai de férias?”

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