Novas tarifas Latam 2017

Em 2017, Latam enxuga tarifas domésticas e cobra por assento, pontos e refeição

Novas tarifas Latam 2017

Colaborou | Heloisa dall’Antonia

Como você decide a compra de uma passagem aérea? Pelo horário de saída ou chegada? Pelo tempo de duração do vôo? Pelo fato de não ter escala nem conexão? Pelas milhas? É possível que todos esses fatores influenciem na sua decisão, mas para a maioria dos passageiros, o fator realmente decisivo será o preço. Não é por outro motivo que os buscadores de passagens aéreas vêm configurados para apresentar os resultados ordenados pelo preço.

Pressionada por concorrentes low-cost no Chile e na Colômbia, pelo anúncio de uma subsidiária da Ryanair na Argentina a operar já no ano que vem, e pelos preços consistentemente menores da Gol no Brasil, a Latam criou uma fórmula para enxugar suas tarifas e aparecer melhor nos buscadores e agências.


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A partir de 2017, as tarifas de vôos domésticos da Latam no Brasil, Chile, Argentina, Peru, Colômbia e Equador vai seguir o modelo das low-costs européias: a passagem vai dar direito apenas a subir no avião (e, por enquanto, despachar mala até 20 kg). Todo o resto será opcional, e cobrado à parte: marcação de assento, possibilidade de alteração ou reembolso, alimentação a bordo, acúmulo de milhas. Haverá 50 itens que poderão ser adicionados à tarifa básica.

Caso você não se importe de não marcar assento, concorde em não poder alterar a passagem, leve lanche de casa e não faça questão de milhas, voar pela Latam vai efetivamente ficar mais barato para você. (Caso você insista em marcar assento, ter direito a alterar a passagem, comer, beber e juntar milhas, provavelmente voar pela Latam vai ficar um pouco mais caro do que é hoje.)

Os custos desses itens não foram revelados; o cronograma de implantação também permanece indefinido.


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O esquema das novas tarifas Latam 2017 já vai servir para acostumar o passageiro a uma mudança pleiteada por todas as cias. aéreas, que é a de poder cobrar extra pelo despacho de bagagens, como já ocorre na Europa e nos Estados Unidos (e não só em low-costs), e também por conexões. As empresas alegam que quem viaja sem mala e em vôos diretos acaba subsidiando quem voa carregado e usa estrutura de mais de um aeroporto no deslocamento. Caso o pedido seja aprovado pela Anac, o efeito deve ser o mesmo das novidades da Latam: voar vai ficar mais barato para uns e mais caro para outros.

Será que Gol, Azul e Avianca vão seguir o modelo das novas tarifas Latam 2017, para não ficarem atrás nos buscadores de passagens? Já já saberemos.

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35 comentários

Péssimo! Como viajar com crianças sem marcar previamente os assentos? Terei que pagar mais para me sentar ao lado dos meus filhos menores de idade?!

Em se tratando de Brasil, não sentiremos redução de preços pois acredito que os empresários do setor vão usar isso para reduzir os serviços e cobrar por eles. Sendo assim quem mais uma vez vai pagar o “pato” somos nós. Ainda vai demorar muito para que as coisas aqui funcione como em outros lugares principalmente Europa. A ganancia e a cultura dos nossos empresários de repassar os custos para o consumidor ao invés de brigar com o Governo para baixar impostos e outras taxas é muito dessa gente que prefere o caminho mais comodo sem arrumar encrenca com o poder. Mas um dia a casa deles cai, pq o povo não é besta não. É só ficar esperto e escolher quem oferece o melhor pelo menor preço. Serviços em voos aéreos conta muito.

O grande problema dessas medidas é que as empresas começam a operar no estilo low cost, mas na verdade o “low” nunca é executado. Então só serve pra nós pagamos cada vez mais e mais.

Que retrocesso! É bem possível que os preços sejam menores no começo, mas quando o passageiro se acostumar com a nova “cultura”, a empresa aumente os preços das passagens e o passageiro nem note. Possivelmente as outras empresas também vão acabar fazendo o mesmo.

Famoso modelo low-cost high fare. Vamos continuar pagando o preço que pagamos hoje, mas sem os “serviços” que atualmente são “gratuitos”, ou seja, para desfrutarmos desses serviços, iremos pagar mais caro pela passagem.
O que me revolta é o fato deles darem a notícia como se fosse uma vantagem incrível para o passageiro!
Fora a questão de passagens não reembolsáveis, que é de legalidade questionável, tanto que decisões judiciais têm favorecido os consumidores nesses casos, determinando o reembolso de 70, 80% do valor da passagem.

E na emissão por milhas, haverá alterações também? Ultimamente está saindo mais “barato” emitir passagens com milhas para voos internacionais do que em longas distâncias dentro do Brasil.

Acho que a medida não é ruim, mas deveria ser acompanhada de uma maior abertura do mercado pra concorrência. Sem concorrência vai acabar reduzindo a qualidade sem muita redução no preço. No mais, pra mim essa medida só tem a melhorar, afinal, na maioria das viagens sempre levo só uma mochila à bordo, e para viagens maiores ou mais longas não é problema pagar um pouco mais caro.

    Gustavo,
    O que acontecerá com o tempo, é que você pagará o mesmo valor que paga hoje, para viajar sem mala…
    E quando for viajar com mala despachada, pagará ainda mais caro…

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