Novo imposto de 25 porcento para viagens

Novo imposto de 25 porcento sobre viagens: veja como escapar da tributação

novo imposto de 25 porcento sobre viagens

A internet está em polvorosa com a repercussão da notícia do novo imposto de 25 porcento sobre viagens, que incide nas remessas ao exterior para fins de turismo.

Do jeito que está escrito em alguns jornais, muita gente foi levada a acreditar que terá que declarar e pagar imposto sobre gastos de viagens. Calma no Brasil: não é nada disso.

Vou tentar ser o mais objetivo possível.

O novo imposto incide sobre REMESSAS BANCÁRIAS para compra de serviço turístico prestado por empresas no exterior

O novo imposto NÃO INCIDE sobre gastos em dinheiro vivo ou com cartão de crédito no exterior

Se você comprar uma passagem aérea no site da easyJet, uma passagem de trem na Trenitalia, um ingresso para show no site da Broadway ou uma entrada no site do Louvre com seu cartão de crédito, você vai continuar pagando os 6,38% de IOF de sempre.

Se você fizer uma reserva de hotel no exterior pelo Booking para pagar no check-out, e efetuar o pagamento em dinheiro vivo, só terá pago os 0,38% de IOF da compra dos dólares ou dos euros. Se pagar com cartão de crédito, vai morrer com os 6,38% de IOF usuais.

Se você comprar passagem aérea internacional no site de uma cia. aérea ou numa agência virtual que atuem no Brasil, não vai pagar sequer esse IOF.

Seus gastos com refeições, passeios e transportes no exterior não precisam ser declarados nem serão tributados (além do IOF normal sobre compra de dinheiro vivo, de 0,38%; sobre recarga de cartão pré-pago, de 6,38%; sobre saque de conta corrente, de 6,38%; ou sobre despesa com cartão de crédito, de 6,38%).

Apenas se você trouxer do exterior mais do que US$ 500 em compras, deverá declarar e pagar imposto sobre o excesso — exatamente como acontecia até agora (veja todos os detalhes nesse superpost do Hugo).

Você só vai precisar pagar o novo imposto de 25 porcento sobre viagens no caso de comprar um produto turístico que seja pago via remessa bancária internacional.

Remessas para pagamento de produtos turísticos viagem estavam isentas, mas a partir de janeiro deste ano não estão mais. Apenas remessas para pagar despesas de educação e tratamento de saúde poderão ser feitas sem incidência de imposto.

Acontece que o viajante muitíssimo raramente faz esse tipo de operação. Esse imposto atinge, na verdade, as operadoras e agências, físicas ou online, que pagam alguns de seus fornecedores desta maneira.

Vão encarecer: pacotes e hospedagens internacionais pagos no Brasil

Essa nova tributação atinge em cheio os pacotes para o exterior compostos de aéreo, hospedagem e passeios operados por empresas brasileiras e parcelados ao consumidor — porque os fornecedores de hospedagem e passeios dessas operadoras são pagos por remessas bancárias internacionais.

O imposto também afeta agências online que vendem hotéis no exterior mas cobram no Brasil, em reais, computados nas despesas nacionais do seu cartão de crédito — como Hoteis.com, Decolar e Submarino.

A nova alíquota de 25% pode encarecer esses pacotes e hospedagens em até 33% (se um produto custa US$ 100, você precisa remeter US$ 133,25 para que o vendedor receba o valor integral; US$ 33,25 ficam no Brasil como imposto).

Mas veja bem: é bastante provável que esse imposto caia.

O imposto deve ser revogado

É bem evidente que existe uma falta de isonomia entre o imposto sobre remessas internacionais e o imposto sobre compras internacionais no cartão. Essa diferença prejudica todo um setor da economia, o das agências e operadoras de viagem, que gera milhares de empregos e já vivia a crise da desvalorização do real.

Os veículos de notícias do trade, como o portal Panrotas, informam que governo e entidades do setor turístico já acertaram que a tarifa será uniformizada (os mesmos 6,38% do cartão); só estão decidindo qual a forma legal de fazer a mudança, já que a receita do novo imposto entrava na conta do ajuste fiscal.

A grita geral, ainda que provocada por notícias confusas, ajuda a reforçar o ambiente para que o novo imposto de 25 porcento sobre viagens seja anulado.

(Só espero, quieto aqui no meu box, que essa questão da falta de isonomia não seja corrigida com o aumento do imposto do cartão…)

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272 comentários

Olá,

Gostaria que checassem as informações antes de postar. Sou da Ilhatur Blumenau e não temos essa cobrança de imposto, trabalhamos com fornecedores internacionais aonde os mesmos possuem acordos e não é cobrada essa taxa. Portanto esse imposto só será pago para o passageiro que não procurar uma agência que possua solidez no mercado e acordos com fornecedores de grande porte.
É importantissimo as pessoas saberem disso, a mídia está simplesmente detonando as agencias enquanto isso não é verdade.
Passageiro, você não vai pagar a mais por comprar conosco, pode comparar.
Passageiro, você comprando conosco não precisa de um 0800 ou um telefone fantásmico para obter ajuda, nós fornecemos os telefones pessoais para isso
Passageiro, você pode ter o conforto de comprar com uma agência e não pagar o imposto.

Por favor, Ricardo Freire e envolvidos, não façam esse tipo de publicação sem saber.
Se quiserem, façam um orçamento conosco para comparar e postar por aqui essa novidade, de que o passageiro não precisa da internet pra fugir do imposto.

    Olá, Barbara! Acreditamos que o mercado vai se organizar e usar meios que evitem a tributação, e vamos acompanhar essa evolução, caso o imposto seja mantido. Mas o que você relata é o oposto do que as lideranças do seu mercado e a imprensa especializada do trade de turismo tem falado (e que vários colegas seus têm postado aqui nesta caixa de comentários, nem sempre de maneira educada).

    Se a sua agência vende produtos que não serão tributados, sugerimos que se una a outras agências na mesma situação e expliquem como o consumidor pode distinguir uma agência sujeita aos 25% de imposto de uma agência não-sujeita aos 25% de imposto.

    Como o Ricardo Freire recomendou num comentário recente, procure seus clientes e explique que comprando com você eles vão continuar isentos do tributo. Foi o que fizemos: fomos aos nossos leitores, que já compram viagem na internet há muitos anos, porque lhes convém viajar assim, e informamos que nada mudará na tributação das viagens do jeito que eles já viajam.

    A verdade é que, seja qual for a alíquota que for decidida por este imposto, as pessoas vão continuar comparando preços antes de fechar negócio e optando pelo que lhes for mais conveniente a cada viagem. Em 2016, está um pouco tarde demais para demonizar a compra de viagens online.

    Olá,

    O motivo deste meu comentário é que não façam isso, as pessoas que estão lendo automaticamente não irão mais procurar as agências e assim não temos nem chance de explicar e apontar o que temos de diferencial para trabalhar nessa questão.
    A mídia toda, incluindo vocês, parece que gostam da notícia aonde as agências sofrerão um impacto, aonde isso não confere pois há sim formas de não se pagar o imposto.
    Neste mês de janeiro, com esse imposto, foi o nosso melhor mês em 3 anos, então de fato não se pode generalizar e acho que é muito errado colocarem uma informação como essa, pois as pessoas irão se assustar e passar longe das agências. Entendo que o trabalho de vocês é dar informações, mas entendam que esse tipo de informação poderia ser escrita de forma diferente para que o passageiro compare os valores. Não façam isso, o nosso trabalho é impecável e fazemos coisas aonde nunca o passageiro conseguiria online, temos parceria com uma cia aérea em que se você quiser ir hoje para Miami por U$300,00 nós colocamos você lá, o que a internet não vai fazer. Temos contatos dos melhores e maiores gerentes de hospedagem no mundo, que vão garantir que o passageiro de nossa agencia entre no seu quarto e já tenha um cartão de boas vindas e frutas para ele. Valorizem as agencias, nós agencias valorizamos o serviço de vocês acessando diariamente os blogs e aprendendo um pouco mais com cada um.
    Então, por favor, não façam dessa forma, façam com que o passageiro compare e valorize quem está aqui sentado fazendo a viagem dele e fornece um telefone pessoal para auxiliá-lo, assim como vai até a casa dele se precisar preencher o visto americano, passaporte ou até um visto para o Paquistão.

    Se for possível avaliar meus comentários,
    Obrigada.

Na verdade este imposto extingui as agencias de viagem no pais que ganham 15% de comissão dos hotéis e empresas aéreas. Empresas estrangeiras como a Trivago, Booking.com e outras não tem sede no Brasil, portanto não precisarão pagar os impostos. Com isso entregamos o mercado de turismo para os gringos e com os fechamentos das agencias 350.000 trabalhadores perderão seus empregos.

Pelo andar da carruagem e caso o governo não mude esta tarifa para 6.38% (ao menos), as agência de viagens internacionais que acabam ganhando. Porque o agente no Brasil vai acabar sendo penalizado e tendo que adicionar os 33% ao valor do seus serviços internacionais e é claro isto repassado para o viajante….É como se o governo estivesse dizendo para os viajantes: não comprem de agências no Brasil, comprem direto com os hotéis e agentes lá fora…Não fazemos questão com as empresas de turismo no Brasil tenham sucesso, que mandem gente embora, que fechem, estamos nem ai para vocês…
Que pena isso, que absurdo! Ohhh vida difícil de empresário no Brasil. Coração na mão!….Mas há de prevalecer o bom senso e a esperança não morre.

Olá. Acabei de ir para Orlando com a empresa aérea Azul .Gostaria de saber se passagens internacionais pela Azul que acredito ser brasileira terão o imposto de.25% ela faz remessa para o exterior?

    Olá, Cristiane! Não há imposto para comprar passagens aéreas internacionais de empresas que atuem no Brasil.

Olá! Não sei se já responderam isto, então…Pretendo fazer uma viagem para NY em julho e queria fechar o quanto antes pela decolar. Pelo que entendi o melhor é aguardar.Há previsão para essa situação se resolver?
Muito obrigada!

    Olá, Jaqueline! O mercado dava como certa uma solução ainda na semana passada… vamos continuar acompanhando.

Pelo visto, a sugestão é comprar direto no site da própria Universal ou na Disney ao invés de comprar em uma agência como a decolar.com, TAM Viagens ou Submarino Viagens. Uma vez que direto da fonte vc pagará 6,38% de IOF x 25% de IR. As agências brasileiras fazem remessas internacionais e por isso somos sujeitos a pagar o pato!!!

Bem colocado; ouvi muita gente fazendo confusão.

Só um comentário: os 6,38% de IOF do cartão são “recentes” e não “de sempre”!

Olá gostaria de saber c transação como o envio de dinheiro via wester union do Brasil para um outro pais será taxado esses 25 %

    Olá, Leandro! Aparentemente sim, se for para comprar serviços turísticos. Consulte a Western Union sobre a finalidade da sua remessa.

Em 2014 alugamos um MH na Flórida, tive que mandar o valor da reserva . Ao chegar lá me DESCONTARAM do meu cartão de crédito o valor da caução do veículo. Lá se foi o imposto do governo, algum tempo após minha volta ao Brasil me devolveram o dinheiro, mas o imposto não. NÃO QUERO PASSAR POR ISSO NOVAMENTE. Pretendo ir para a California e usar uma promoção em que você transporta um MH de Chicago para Los Angeles pagando US19,00 por dia e sem cobrança de quilometragem, mas a caução tem que ser deixada e NÃO ACEITAM EM DINHEIRO TEM QUE SER EM CARTÃO DE CRÉDITO. Existe algo que se possa fazer nesse caso? Ano passado fui a Nova Iorque mas paguei tudo em dinheiro e não aluguei carro nem MH as acomodações paguei aqui mesmo no Brasil para o irmão da proprietária.

    Olá, Adelaide! Você não vai conseguir alugar carro em nenhum lugar do mundo sem um pré-bloqueio de garantia no seu cartão de crédito internacional. Não há incidência de IOF sobre o bloqueio; sua locadora deve ter feito uma cobrança efetiva e não um bloqueio. Foi um erro dela. O sistema funciona bem.

Ola. Desculpem, mas a matéria parece querer reduzir um problema sério que está sendo criado. Falar sobre remessas de dinheiro para compras soa estranho, todo hotel comprado por operadora será taxado em 25%, a menos que seja pago diretamente no hotel. Lembrando que essa é a novidade desse ano! Pouco tempo atras ganhamos goela abaixo o IOF sobre cartão VTM. O imposto pode até ser legitimo, mas em ano de dolar com valor dobrado? Ano com falências gigantescas? Peço desculpas, mas o alarde na imprensa faz todo sentido sim!

    Willy, em momento nenhum eu escrevi que o alarde na imprensa era exagerado. O que eu escrevi foi que as matérias que saíram nos cadernos de economia estavam mal-escritas e levaram as pessoas a crer que teriam que declarar seus gastos de viagem e pagar imposto por eles.

    Os meus leitores, a quem presto serviço, agradeceram o esclarecimento, como você pode ler em dezenas de comentários.

    Agentes de viagem que não leram o texto, ou que leram mas não entenderam (não sei como analisam contratos, meu Deus!) aparecem aqui para vociferar contra coisas que não escrevi.

    O que eu fiz — tranqüilizar meus leitores, mostrando que a maneira pela qual a maioria deles compra suas viagens permanecerá inalterada — deveria ser feito pelos agentes de viagem, que deveriam usar seu tempo, sua energia e seus espaços nas redes sociais para procurar seus clientes e dizer que o trade está confiante numa reversão do imposto e que, se não ocorrer, o mercado saberá criar meios para que os seus clientes continuem comprar viagens com a sua assistência.

    Aqui no blog a gente ainda controla o nível de agressões e baboseiras, mas o que se lê na caixa de comentários deste post no Facebook é inacreditável de tão baixo. Esse tipo de comportamento certamente não faz a categoria conquistar clientes entre os que viajam por conta própria.

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