Outono na Provence: na falta de campos de lavanda…
Para ver os campos de lavanda floridos que aparecem nos cartões-postais da Provence você precisa vir entre o finzinho de junho e o comecinho de setembro.
Eu já sabia, portanto, que não pegaria lavanda crescida.
Mas na última semana da Itália, já sem carro (entre Veneza e Milão), notamos que as folhas das árvores estavam rapidamente tomando as cores queimadas típicas do outono — aquilo que em inglês se diz “foliage”.
Ficamos pensando: será que vamos chegar à Provence a tempo de pegar o fenômeno por lá?
Pegamos. Mas, para nossa surpresa, as cores mais bonitas não estão nas folhas das árvores — e sim nos vinhedos.
Atrás de cada curva na estrada um vinhedo nos espera com algum tom diferente da paleta outonal.
(O difícil é parar para fotografar, dada a falta de acostamento.)
As cores são tão bonitas que nem mesmo o tempo cinzento tem nos impedido de soltar um “uau!” atrás do outro.
E quando bate um solzinho, então, é covardia…
Assine o Viaje na Viagem por email – VnV por email
Visite o VnV no Facebook – Viaje na Viagem
Siga o Ricardo Freire no Twitter – @riqfreire
Siga o Viaje na Viagem no Twitter – @viajenaviagem
104 comentários
Fabricio Campos, voce disse tudo. É uma região que requer tempo e várias viagens.
A Provence é linda em qualquer época do ano. É um ótimo lugar para relaxar.
Achei muito bonito essas cores de outuno, quando eu fui era verão e tiver a sorte de pegar as lavandas em todo o seu esplendor. Tirei muitas fotos delas e registrei aqui:
https://albumdeviagens.blogspot.com/2011/10/lavanda-da-provence.html
Beleza pura!
Esta regiao é defenitivamente linda em qq época. Eu estive no final de dezembro e apesar de nao ter lavanda nem foliage o tempo estava ensolarado, ou seja mesmo no inverno é uma boa pedida:)
Lindo demais da conta!!!
Fiz o Luberon de bicicleta, por 8 dias, no início de outubro. Não houve nuvem no céu neste período, então posso dizer que a covardia citada nos fazia suspirar a cada 30 segundos e eleger aquele ângulo como o mais bonito. Tão logo chegasse o próximo. Vacqueyras, Gigondas, Gordes, Bedoin, Rousillon, Menérbes, Sault, enfim a região vale um passeio com tempo para pura contemplação.
Lindo, mas els nao colhem as uvas em set/out tb? Os vinhedos em Napa estao pequenininhos agora. Pensei que fosse igual aí.
Também não entendi, Maryanne! E até esqueci que ia pedir ajuda aos enouniversitários. Muitos vinhedos ainda estão carregados de uvas. Não sei é para colheita tardia para fazer vinho de sobremesa (dei até uma googlada mas não achei nada) ou se nem tudo o que é plantado é colhido… Será que o P. não desvenda esse mistério?
Acho que se tem muita uva é provavelmente uma “vendange tardive” mesmo. Aqui na Bourgogne sempre sobra um pouco de uva, mas bem pouca, e geralmente é porque não presta, não ficou madura a tempo, etc. geralmente só nos vinhedos que praticam colheita manual. Depois na hora da poda vai tudo pro lixo… Na Provence não sei, mas provavelmente deve ser a mesma coisa! Quem for mais enoentendido do que eu me corrija se estiver errada! 🙂
Riq, estive em Chateauneuf, Vaqueyras e Gigondas e a colheita estava a pleno vapor. Tanto manual, com muita gente nos parreirais colhendo, como mecanizada. E já eram 6 da tarde e eles ainda trabalhavam. E era grande o movimento de tratores nas estradas levando a colheita para as vinícolas. Tenho uma foto de uma caçamba cheia de shiraz chegando em uma delas. Estão no outro PC.
Riq, chegando de TGV em Avignon, no caminho passa-se, antes de chegarmos, na região de Chateauneuf-de-Pape. Da janela do trem eu procurava os famosos vinhedos. Nada. Depois, indo à região, descobri que eles estavam lá sim só que são tão baixos que pensamos que se tratavam de outras plantas.
Riq, felizmente a Provence tem muito mais para nos oferecer do que os campos de lavanda. Nem me lembrei deles na 1ª quinzena de outubro. Os vinhedos dai nos surpreendem pela altura das plantas. São baixas e com cachos de uvas tão grandes que só vendo para crer. Peguei a época da colheita.
A natureza é sábia. Para suportar o famoso e violento vento “mistral” sem causar estragos só assim mesmo, baixinhas. Até as oliveiras são menores.
Lindooooo!