Seguro-saúde no exterior: a Wanessa usou (e conta como é)

Usando seguro-saúde no exterior

A Wanessa Lima, que destrincha Buenos Aires com riqueza de detalhes no seu Caderno de Viagem, deu uma passadinha semana passada por aqui para dar um depoimento que faltava nos nossos arquivos: como é usar um seguro-assistência durante uma viagem. No seu caso, foi o seguro “automático” do cartão Visa. Sua experiência positiva:

Voltei há uns dias de minha última viagem e dessa vez precisei usar o seguro saúde…

Comprei as passagens com cartão Visa e resolvi usar o seguro que eles oferecem. Como estava indo para a Europa, entrei em contato com eles para pegar o “certificado Schengen” para apresentar à imigração se fosse o caso. (Não me pediram.)

O procedimento foi simples. Por telefone, me deram um endereço na internet que eu precisava acessar para preencher meus dados e, dentro de 72 horas, receberia o certificado por e-mail. Não recebi no prazo, mas liguei para eles novamente e recebi na mesma hora. Também me passaram os números de telefone para os quais eu deveria ligar em cada um dos países do meu roteiro (isso foi iniciativa deles, eu não perguntei).

No meio da viagem, em Budapeste, precisei de atendimento e liguei para o número indicado. Fui atendida em português. Expliquei o problema, me deram o número de protocolo e disseram que devia aguardar a visita do médico em 50 minutos. Dentro desse prazo, me ligaram para dizer que, por causa do tipo de problema que eu tinha, seria necessário fazer o deslocamento para um hospital, mas que o médico da seguradora viria ao hotel para me acompanhar e que eu tinha de pagar esse custo, não coberto pelo seguro. Esse foi o único contato feito em inglês.

Aguardei mais um tempo – não foi muito – e o médico chegou apenas para me acompanhar ao hospital. Se eu não estivesse viajando sozinha e se não fosse de madrugada (medo!), eu teria tentado dispensar essa etapa, mas, nessas circunstâncias… Paguei 60 euros para o médico me levar no carro particular dele ao hospital.

Chegando lá, o lugar parecia meio abandonado, porque não era um local que tivesse internação, então, havia só uma atendente dormindo atrás do balcão(!). Ela chamou a médica de plantão e fui para a sala de exames. Fiz uma ultrassonografia e fui liberada para voltar ao hotel com a receita dos medicamentos que precisava comprar. Saí procurando o médico do seguro (que, na minha imaginação, deveria me levar de volta ao hotel), e ele tinha ido embora(!) sem me avisar (!!).

Pedi para a médica que havia me atendido chamar um táxi (e ela tinha muito boa vontade). Paguei o equivalente a 4 euros pelo táxi.

Em resumo: o atendimento da seguradora por telefone foi ótimo, todos foram bastante atenciosos e ter podido falar em português ajudou muito. O atendimento pela médica no hospital também foi ótimo. Agora, o médico da seguradora tinha de ter ficado me esperando para me levar de volta ao hotel! Arquei com um custo de 60,00 euros apenas pelo serviço de transporte, porque a assistência médica que ele me prestou foi mínima. Essa semana foi que enviei toda a documentação para a seguradora, então ainda não sei se vão me ressarcir ou cobrar alguma das desperas, mas não tive de pagar nada adiantado pelo atendimento no hospital nem pela ultrassonografia. Paguei a medicação na farmácia (muito barata, aliás). No geral, fiquei satisfeita com o atendimento (tirando o médico fujão…), principalmente pela rapidez com que foi prestado. Acho que usarei de novo o seguro do cartão.

Obrigado, Wanessa!

E você? Já precisou usar o seguro-assistência em viagem? Conte pra gente como foi!

478 comentários

Pessoal, alguém conhece o seguro Travel Ace? É até mais caro que o Mondial, mas como, infelizmente 🙁 não havia lido esse post, procurei justamente aquele que eu já tinha ouvido falar para contratar para minha próxima viagem.

    Ana Luisa,
    Eu não conheço o Travel Ace, mas no comentário logo acima do seu (por Alexandre Costa, 4 de julho de 2010 às 8:52) há um relato que pode ser considerado positivo do seguro mencionado.

    Ana, eu contratei para minha sobrinha, ela precisou de atendimento em Bariloche e foi tudo bem.

Pessoal, acabei de usar o seguro saúde aqui em Paris e me lembrei deste post.

Eu e a Grazi, minha esposa, chegamos ontem à tarde em Paris. Saímos pra conhecer a região onde estamos hospedados (Montparnasse), mas quando estávamos no Jardim de Luxemburgo, ela pediu para retornarmos ao hotel, pois não estava se sentindo bem. Durante toda a noite ela esteve com febre e dor de garganta. Logo pela manhã, decidimos acionar o seguro saúde que contratamos para a viagem junto a empresa Travel Ace.

Não conseguimos completar a ligação para 0800 local. Acessei o Skype na rede wifi do hotel e liguei para o número internacional, onde fui atendido em espanhol. Expliquei a situação e o atendente pegou os dados (número da apólice, nome e telefone do hotel) e me disse que entraria em contato em poucos minutos. De fato, menos de 5 minutos depois, recebemos uma ligação da atendente local, em português, e explicamos a situação. Ela confirmou os dados e disse que enviaria um médico ao hotel. Depois de mais alguns minutos, a atendente ligou novamente para avisar que o médico chegaria ao hotel em 15 minutos, o que realmente ocorreu.

O médico nos atendeu em inglês, mas foi bastante atencioso ao examinar a Grazi, olhou os remédios que trouxemos (parece coisa de hipocondríaco, mas nunca viajo sem uma farmacinha básica), e nos deu uma receita para comprar mais um remédio. Nos indicou ainda o endereço da farmácia aberta mais próxima do hotel.

Enfim, achei que o processo foi eficiente e seguro, apesar da falha para completar a ligação ao 0800 local. Enquanto “fico de molho” aqui no hotel tomando conta da Grazi, aproveito pra explorar ainda mais o conteúdo de Paris aqui no VnV. Ainda temos mais 5 dias na cidade e espero que ela melhore rápido para aproveitarmos bastante a cidade.

Só hoje vi que minha “aventura” virou post. Ótimo que o assunto tenha rendido tantos outros relatos interessantes. Valeu, Riq!

Oi, gente,
Estou sem computador, de modo que li os comments mto rapido, desculpe se repetir a resposta de alguém. Eu já tive várias experiências c/o seguro do cartão de crédito, todas felizmente mto bem sucedidas, desde cirurgia, até simples consultas. No caso da cirurgia, que já tem uns 10 anos, foi num acidente de ski, e form utilizados 2 seguros combinados – o do cartão de crédito junto c/o Touristcard, o que aumentou o limite total do evento. No caso de consulta, tb já ocorreu um mal estar onde chamei o médico e só depois comuniquei ao cartão (dentro de 24hs). Nesse caso, tive que pagar as despesas, pegar o recibo e o relatório médico p/dar entrada qdo voltei. Tb recebi tudo direitinho. Mais recentemente, mudaram as regras do Itaú, onde vc tem dureito a um seguro do Personailté (se vc for desse banco, naturalmente), c/limite de US10.000, independentemente de vc ter comprado o bilhete c/eles, e tem o do Visa, de até US30.000, só vale se vc tiver comprado o bilhete c/o cartão. A carta referente ao Tratado de Schengen é imperativo p/quem vai p/a Europa, pois pode ser exigido na entrada, e é só solicitar ao cartão que eles mandam por fax ou e-mail. Enfim, a minha experiência c/o seguro do cartão é mto positiva, tanto que hoje, c/o aumento dos limites do seguro do cartão, eu nem faço o outro, tipo Assist, tourist, etc.
Mas, é mto importante que as regras sejam seguidas: ligar p/o número indicado qo houver o evento ou, em caso de emergência, qdo ñ houver tempo p/ligar, comunicar o qto antes, até 24 hs, o ocorrido e o motivo de ñ ter ligado p/o tel.do cartão antes.

Boa sorte (e saúde) a todos, esperando que nunca precisem usar o cartão em viagem.

Tenho duas experiências a relatar: (1) não tenho cidadania mas em 2006, ao precisar fui atendido em pronto socorro da rede de saúde pública italiana, em Palermo e Agrigento, com consultas com clínico e com especialista. Disse que era turista e só me pediram o passaporte. Nenhum gasto. Me informaram que se fosse europeu até o medicamente me dariam. A rede pública do sul da Itália é famosa por ser deficiente como no Brasil, mas não posso me queixar;(2)em novembro de 2009, em Buenos Aires, tive uma crise de Amnésia Global Transitória. Perdi a memória recente, o que durou uma quatro horas. Os sinais são semelhantes a de um derrame. Minha mulher, em pânico, ligou para a assistência da MONDIAL TRAVEL e foi atendida em português. Recomendaram uma clínica privada, que foi por eles avisada. Lá fui atendido por clínico geral, por neurologista e cardiologista e submetido a tomografia, eletro e exames de sangue (e enzimas). Tudo rápido e coberto pelo seguro, sem ressalvas. Apenas antes da tomo eles pediram ao médico um relatório. Esperei meia hora. A fatura ficou em torno de US$ 3000, cobertos pelo seguro, pelo qual havia pago R$ 50,97. Nunca mais viajo sem ele.

Estava no auge da histeria H1N1 em 2009 .No embarque além da família que não queria que a gente embarcasse a agente da Receita Federal falou para cancelarmos a viagem. No voo muita gente usando máscara. Cinco dias depois da chegada em Orlando meu filho de 4 anos apresentou uma febre que não melhorava com a medicação, mesmo sendo médico e tendo levado uma farmácia na mala (não recomendo fazer isso pois além da auto medicação ser perigosa há restrição de entrada de alguns medicamentos dependendo do país) acionei o seguro Vitalcard.
Fui atendido em português por uma enfermeira, que pediu explicações sobre o quadro clinico e 30 minutos após, o médico foi ao hotel. Não me identifiquei em nenhum momento como médico e gostei muito da conduta e do exame realizado pelo profissional que tentava falar “portunhol” com o meu filho. Ele deixou todos os medicamentos que deveriam ser usado e dois dias depois ligaram perguntando sobre o quadro clinico novamente. Achei satisfatório o atendimento. Pelas dicas do Augusto também vou avaliar outros seguros pela razão da cobertura em outros casos mais sérios.

Infelizmente eu já usei tanto por motivo de falecimento (e voltei ao Brasil no mesmo dia e de executiva pq não havia vaga na econômica e só precisei de uma ligação, em Londres) e doença (fui atendida num hospital em Trinidad e Tobago, paguei tudo no cartão e fui reembolsada normalmente). Agora não uso mais! ;-)Só para apresentar se pedirem 🙂

    Ninguém gosta de falar, mas já que a Cristina tocou no assunto de falecimento, sempre é bom lembrar que muitos cartões oferecem seguro de vida durante o período de viagem. Alguns até independente de compra de passagem com o cartão. Sempre bom deixar alguém avisado.
    Apesar de não acreditar. Figa, sal grosso e arruda…
    Para nunca precisar usar…
    Abçs

Tâmara, na Gazeta do Povo de Curitiba, do dia 27, saiu um artigo longo sobre este seguro. Alí diz que quem é segurado pelo INSS pode aproveitar o acordo que o Brasil tem com Espanha, Grécia itália, Luxemburgo e Portugal. Estão habilitados a) pessoas com carteria assinada, b) empregadores, c) empregados domésticos, d) autônomos, e) avulsos, f) trabalhadores temporários, g) cônjuges e dependentes de conbtribuintes, h) aposentados. Diz que quem contribui com o INSS apresenta os três últimos contra-cheques e retira um documento com validade de um ano. Quem não contribui, paga o referente a três meses de contribuição (+ ou – 30% de um salário mínimo. Onde fazer: Ministério da Saúde e suas agências. Informações: https://sna.saude.gov.br/cdam/. É assim que está lá.
Espero ter ajudado

Quando fui para Europa esse ano, comprei as passagens pelo Itau Presonalite Visa Platinum, pois dava direito a emitir um seguro saúde que me liberava de fazer o seguro de 30 mil euros obrigatório (Tratado de Schengen). Foi tudo simples e tranquilo. 2 ou 3 telefonemas e eles enviaram por email a apólice para ser apresentada na imigração me liberando de pagar o seguro saúde comum. Mas não houve sinistro. Ainda bem.

    O itau personalite visa platinum tem uma apólice médica no valor de 4000,00 dólares para quem viaja ao exterior. IMPORTANTE: Não é necessário comprar a passagem para ter direito ao benefício. Há uma co-participação de US 50,00. A cobertura é pequena, mas é um direito que pode ser exercido.
    Para quem compra a passagem para a Europa existe a apólice adicional para o tratado de Schengen.
    Abçs

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