Ricardo Freire

Dicas e destinos para viajar com bebês: o que dizem os leitores

A partir de que idade uma criança pode viajar? Com a bênção dos pediatras, mamães e papais não têm esperado muito para planejar as primeiras aventuras com seus filhos pequenos. Reunimos aqui opiniões de leitores que levaram bebês de 3 meses a 2 anos para viajar pelo Brasil e pelo exterior. Da escolha do carrinho a vôos sem traumas, são 40 dicas para viajar melhor com o seu pequeno companheirinho:

Viajar com bebê: sim ou não?

Dica da Patricia: “Quando fiz minha primeira viagem com meu filho, ele tinha 3 meses! Antes de ir, perguntei ao médico se ele tinha alguma recomendação e ele disse: em todos os lugares existem bebês, e eles têm as mesmas necessidades que seu filho.”

Dica da Sut-Mie: “Nós (adultos) é que temos tendência a complicar e ter medo de tudo! Mas eu respeito quem não vai muito longe, penso que cada família tem a sua dinâmica! No entanto, se me perguntarem e se eu puder dar força para colocarem o pé na estrada, contem comigo!”

Dica da Luciana: “Com planejamento e paciência quase tudo se resolve, mas é claro que no final das contas cada um sabe o bebê que tem! Um bebê que chora muito e tem dificuldade com lugares novos e em sair da rotina vai ter mais problemas pra viajar do que um bebê que tem o temperamento oposto.”

Dica do Daniel: “Eu acho bem mais fácil viajar com um bebê de colo (até 1 ano) do que com uma criança pequena. O bebê influencia menos no ritmo da viagem, qualquer coisa pra ele tá bom, não tem vontade e nem opinião. Seu stress é facilmente resolvido com um brinquedo colorido ou o peito da mãe. Quando vão criando vontade é que a coisa vai complicando, mas aí também é só adaptar os roteiros. De forma geral, gostamos de dizer que a mudança que o bebê faz na sua viagem é a mesma que ele faz na sua vida… Muda? Muda! Mas rapidinho você se adapta e curte ainda mais.”

Dica do Alex: “Enquanto o bebê for novinho, até uns 7, 8 meses… talvez mesmo com 1 ano, fica mais fácil viajar para qualquer lugar. Porém, entre 1 ano e 2 ou 3 me parece ser um momento mais complicado. Minha filha já não cabe no bercinho do avião, mas ainda não parece valer pagar um assento próprio, o que complica muito para vôos mais longos, mesmo noturnos. Também está comendo, mas não comida de adulto.”

Planejamento

Dica do Regis: “Abra a mão e prefira vôos diretos. Aeroportos ainda não têm uma estrutura boa para conexões demoradas com crianças, especialmente no Brasil. Prefira hotéis com uma pequena cozinha, ajuda bastante. Se possível, alugue carro no destino, para facilitar no transporte das tralhas e acessórios. E é mais seguro, porque táxis não têm cadeirinha de criança. Compre um tablet ou GPS com suporte para vídeos. É fantástico como os vídeos infantis (Galinha Pintadinha!) prendem a atenção das crianças. Eu preferi um GPS com tela grande (7″) porque já vem com ventosa e conector de energia apropriado para carro.”

Dica do Thiago: “Sempre preferimos grandes cidades, vôos diretos, evitar mudanças de hotel. Levamos sempre um carrinho leve, DVD portátil, papel e lápis de cor, boneca preferida. Apresentamos o lugar por fotos, livros e criamos expectativa quanto às férias. Ela adora. Mas cada viagem é diferente da outra e apesar de lermos tudo sobre viajar com crianças, cada vez aprendemos uma coisa nova. Da última vez aprendemos que visitar uma loja de brinquedos e comprar um brinquedo novo ao chegar no destino é ótimo pra aumentar o entusiasmo e criar um certo vínculo, trazer uma lembrança do lugar.”

Dica da Karla: “Conforme as crianças vão crescendo, as preocupações vão mudando. Hoje meu filho tem 2 anos e a gente prefere hotéis que tenham pelo menos um parquinho para diverti-lo, por mais simples que seja. Já não levamos mais banheira inflável nem aqueles potinhos de papinha pronta. E no final da viagem, dá sempre certo. Eu costumo dizer que o medo é todo nosso, porque as crianças sempre nos surpreendem e depois a gente acaba relaxando e curtindo.”

Dica do Ricardo: “As principais dicas que poderíamos dar são: preferir vôos noturnos; planejar bem os roteiros para saber os momentos de caminhada, pontos de parada, refeições; alugar carro mesmo servindo somente para trocar de uma cidade para outra, para evitar carregar malas, carrinhos, etc. a todo momento; manter sempre à mão comida e água para o bebê; respeitar os horários de sono e tempo de descanso pro bebê.”

Carrinho

Dica da Teresa: “Minha primeira viagem com bebê me ensinou a lição mais importante: não esqueça um bom carrinho, pois o bebê estando confortável, você vai a qualquer lugar!”

Dica do Denis: “Quando a criança é de colo ainda, é excelente levar um carrinho que vire cama, para que elas durmam um pouco. Muitos carrinhos guarda-chuva simples não fazem isso. No máximo reclinam a cadeira inteira, mas a criança fica sentada-deitada.”

Dica da Juliana: “Ter um carrinho guarda-chuva com assento reclinável foi essencial. Conseguíamos passar o dia praticamente inteiro fora do hotel.”

Dica da Andreia: “Levei um ‘canguru’ e o carrinho e passeamos bastante. Também poderia ter comprado um carrinho nos Estados Unidos, que é muito barato, mas cheguei num domingo e foi muito bom ter levado o dela para não ficar preocupada em sair para comprar um.”

Dica da Silvane: “Está a cada dia mais difícil, mas peça para levar o carrinho a bordo, pois ao chegar no destino pode tomar bastante tempo até que tragam o carrinho do bagageiro. O bebê certamente estará impaciente e a mãe, cansada, o que tornará a espera um tanto difícil.”

Dica da Flavia: “Se você vai despachar um carrinho caro, tente comprar uma capa, uma bolsa protetora, alguma coisa desse tipo.”

Dica da Giovanna: “Quando a minha filha tinha 1 ano e 2 meses, passamos 15 dias no Rio de Janeiro. Como estávamos sem carro e pretendíamos andar bastante, levamos o nosso carrinho-trambolho, próprio para enfrentar qualquer obstáculo. Só não contamos com o óbvio: não são todos os restaurantes que acomodam bem um carrinho normal, não são todos os motoristas de táxi que ajudam com o carrinho, há calçadas estreitas, não dá para circular direito nas lojas, nem todas as estações de metrô têm elevadores. Em compensação, nas vezes que viajamos com o carrinho guarda-chuva (Rio, SP, Miami, Key West), ele foi pau pra toda obra.”

Dica da Luciana: “Cogite alugar um carrinho de bebê em cada um dos lugares onde você for ficar. Pergunte ao hotel de vocês se eles disponibilizam esse serviço. Caso contrário, pesquise na internet. Aqui na Itália, por exemplo, há empresas que alugam. Eles podem te esperar no aeroporto e entregar o carrinho lá, ou entregá-lo diretamente no hotel.”

A bordo

Dica da Mariana: “Tenho dois filhos e encarei levá-los ao Brasil para conhecer meus pais, sempre os levei sozinha e sempre pedia para as comissárias de bordo segurarem meus filhos para eu usar o banheiro! É super fácil viajar com crianças, você só precisa de um bom planejamento e vários planos B, C e D.”

Dica da Lali: “Evitei viajar quando eram bebês, só arriscamos quando o caçula tinha completado 2 anos. Embora a semana num resort na Bahia tenha sido maravilhosa, a viagem de ida foi uma experiência terrível! O moleque se assustou com o cinto de segurança e abriu o berreiro enquanto o avião ficou por 40 minutos taxiando pela pista, sem conseguir levantar vôo. A aeromoça colocou o dedo na minha cara e disse que se eu o tirasse da poltrona ou soltasse o cinto, em qualquer acidente eu seria responsabilizada. O resultado foi que eu tive que segurá-lo com força na cadeira e apertar o cinto, para total desespero do menino que se sentiu amarrado e ficou em estado de pânico! Na volta a aeromoça me explicou que eu poderia segurá-lo no colo, como todos os bebês de até 23 meses viajam (ele havia acabado de completar 24 meses). Uma criança muito pequena pode ter reações surpreendentes a um nova experiência. Claro que é super desagradável ouvir choro de bebê em avião, mas infelizmente faz parte… e nem sempre é algo que as mães podem controlar. Eu mesma já viajei diversas vezes com choro de bebê dos outros.”

Dica da Helena: “Moro em Boa Vista, Roraima. Sou baiana, e meu marido, gaúcho. Avião é moleza pro Heitor. No primeiro ano, foram 20 cartões de embarque, todos os vôos com conexão! Salvo uma única vez, ele sempre tirou de letra. Acho que os limites da criança devem ser sempre respeitados, mas o ser humano é muito adaptável.”

Dica da Sara: “Pra viajar com alimentação de bebê, durante a passagem pelo raio-x tudo é inspecionado. Nos EUA tive que beber a água da mamadeira e também colocaram um detector dentro do leite em pó. Lugar mais rigoroso (mais que os EUA) foi o Chile! Leia atentamente as recomendações de cada país. Tenha cuidado com a alimentação solicitada durante a reserva do vôo (uma vez esqueceram da papinha da minha filha, ainda bem que levei um estoque extra de leite e fiz um improviso).”

Dica da Daniele: “Uns pacotes de fralda, e uma lata de leite grande não foram tanta bagagem a mais assim. Éramos 4, e levamos uma mala grande e uma média e duas mochilas como bagagem de mão. Uma dica para a mãe é levar uma bolsa pequena destas transversais que deixa as mãos livres no aeroporto.”

Dicas e truques

Dica da Sara: “Comprei um liquidificador portátil que me acompanha em todo lugar que viajo. Faço vitamina no quarto do hotel com frutas e cereais que pego do café da manhã.”

Dica do Rodrigo: “Viajar com bebês tem suas desvantagens, como a impossibilidade de curtir uma balada à noite, sentar tranqüilamente num café e tal, mas também tem vantagens como ser prioridade nas filas de check-in, alfândega e entradas de museus e atrações.”

Dica da Kamila: “Nunca deixamos de ir a passeios ditos de adulto, como museus. Entretanto, sempre respeitamos a idade e o ritmo deles, fazendo as devidas adaptações. Insistir em sair para programas noturnos é um desrespeito com as crianças.”

Dica da Patricia: “Desapegue dos luxos e simplifique a vida: não, seu filho não vai precisar da banheira dele ou da própria cadeira de refeições (dê banho no chuveiro e comida no carrinho). Algumas facilidades são sempre bem vindas: microondas, berço no quarto, máquina de lavar ou um lugar para estender uma roupinha. E paciência!”

Destinos

Dica da Patricia: “Quando fui para Disney minha filha tinha 6 meses, e meu filho 5 anos. Quando fui para Fernando de Noronha, meu filho tinha 1 ano e meio. Quando fui para a Tailândia, minha filha tinha 1 ano. As pessoas ficaram muito assustadas, mas posso afirmar que foi a melhor viagem da minha vida! Planejamos o ritmo, nos adaptamos à comida, fizemos programas muito legais com elefantes e tigres. Meu marido sempre diz que eles podem não lembrar, mas nós vamos lembrar e temos lembranças incríveis!”

Dica da Raquel: “Quando a Laurinha tinha 6 meses fomos para Miami e Orlando, e quando ela tinha 1 ano e 5 meses fomos para Nova York e Washington. Todas as viagens com ela foram maravilhosas, com experiências que só nos fizeram crescer! Nós teremos sempre a lembrança e o prazer de ter vivido com ela esses momentos.”

Dica da Flávia: “Viajo com as minhas filhas desde bebês. Confesso que a maior aventura foi encarar 3 países da Europa com as duas. Me chamaram de louca. Vários vôos, abre e fecha mala. Tirando Paris, que eu precisava esperar a boa vontade de algum parisiense que estava passando pra ajudar com os carrinhos nas escadas, e a falta de trocadores na cidade, posso dizer que tiramos de letra, eu e elas. Depois disso encarei qualquer viagem e hoje em dia viajamos sozinhas as 3.”

Dica do Luciano: “Já fomos para Praia do Forte, Argentina, Tahiti, Ilha da Madeira, Lisboa e Porto. Eu e minha esposa,em todos esses lugares, não tivemos qualquer dificuldade. Meu filho tem apenas 1 ano e 9 meses. Nos hotéis havia sempre um chiqueirinho.”

Dica da Karla: “A primeira viagem que fiz com meu filho ele ainda ia completar 3 meses. Fomos a Montevidéu. Ele reagiu super bem ao frio da época. Levamos a capa do carrinho para proteger do vento, roupas quentinhas e alguns remedinhos para o caso de alguma emergência. A nossa principal preocupação foi com o berço do hotel, o resto foi só questão de adaptação, uma rotina mais devagar, sem aquela sede de conhecer o mundo em um dia. Depois disso, aos 5 meses, fomos morar em Natal e de lá fomos para várias cidades do Nordeste e depois para o Sul.”

Dica da Juliana: “Eu viajei com meu filho quando ele estava com 7 meses e meio. Fomos eu, meu marido e ele pra Nova York, no frio. A viagem foi ótima. Deu tudo certo, apesar dos meus medos: vôo longo, frio intenso e alimentação diferente. Arthur se comportou muito bem nos dois vôos, se adaptou rápido ao fuso e comeu todas as papinhas que ofereci durante a viagem. Claro que sabíamos que não seria a mesma coisa que foi das outras vezes em que estivemos em Nova York, as limitações são muitas. Mas valeu muito a pena. Saíamos por volta das 9 da manhã e voltávamos perto das 18h. Nesse momento eu dava de mamar, dava banho nele e saíamos novamente, pra jantar. Como ele ainda mama no peito, nem precisei procurar um hotel com cozinha ou coisa do tipo. Ele comeu as papinhas de potinho mesmo e algumas frutas que comprava e conseguia amassar. Só pedi pra colocar um berço no nosso quarto. Foi maravilhoso. Tirou o ‘medo’ de viajar com bebê. Já estamos planejando as próximas férias. Com ele no pacote, claro!”

Dica do Daniel: “Tenho uma filha de 2 anos, a Nina. Quando ela tinha 5 meses fomos a Cabo Frio, e pegamos um bom friozinho de uns 9, 10 graus em Petrópolis. Com 7 meses fomos passar um feriadinho em São Paulo, andando de metrô mesmo. Com 8 meses fomos pra Aruba. E quando ela tinha 1 ano e meio fomos para a Disney. Todas as experiências foram muito tranqüilas.”

Dica do Douglas: “Eu e minha esposa viajamos com nossa filha para Buenos Aires quando ela tinha 7 meses. Pegamos diversos táxis (eles colocavam o carrinho no banco da frente), metrô e ônibus com ela, tudo tranqüilo. No metrô inclusive um funcionário me ajudou a achar o elevador para sair da estação com o carrinho, bem de boa! Ficamos no Awwa, muito bom porque tem mini cozinha, minha esposa fez sopa para minha filha e sempre saíamos com um potinho com sopa e esquentávamos no mesmo lugar onde iríamos comer. Em frente ao hotel tem uma vendinha; compramos frutas, sucos, etc. Avião foi melhor do que eu pensei (já peguei vôo São Paulo-Londres com um bebê chorando mais da metade do vôo). Ela dormiu, acordou, ‘brincou’ com os vizinhos de poltrona, bem tranqüilo!”

Dica do Hugo: “Eu e minha esposa levamos nosso filho, então com 4 meses, para passar uns dias no Tivoli, na Praia do Forte. Lá contratamos uma babá que ficava com ele de manhã, enquanto estávamos na praia, e à noite, quando ele já estava dormindo, na hora do nosso jantar. Foi tudo tranqüilo, e pudemos aproveitar muito sem desgastar o nosso filho ou sair muito da sua rotina.”

Dica da Fernanda: “Levamos Carol para 1 semana em Nova York e 3 em Orlando (tudo à mão, carro, apartamento com cozinha…), quando ela tinha 1 ano e meio. Com 2 anos fomos pra Santiago, com direito a dois dias de esqui. E outras viagens pelo Brasil: Nannai, Praia do Forte, Santa Catarina, São Paulo“.

Dica do Rodrigo: “Cidades medievais não são legais com bebês. Estivemos em Carcassonne quando o Dudu tinha 1 ano, e Sarlat quando ele tinha 2 anos, e teve muito tombo e joelho ralado (o chão de pedra é ruim pra andar de carrinho, e perigoso para quem a recém aprendeu a andar). Cidades grandes são boas para bebês pela infra que se tem à disposição, e a possibilidade de andar sempre com o carrinho. O Dudu já esteve no Rio, Recife, Paris, Barcelona, Amsterdã e sempre foi super tranqüilo, inclusive adorou a Fête de la Musique e o Dia da Rainha, festas com muita gente na rua. Praias e destinos rurais são os melhores destinos para bebês e crianças pequenas, na minha opinião. Se tiver algum programa com bicho (fazenda, zoológico…), é o que eles mais curtem.”

Dica da Sara: “Viajo com minha filha desde quando ela tinha 5 meses. A primeira viagem foi uma loucura, de carro para a Chapada Diamantina, com o fundo do carro lotado com muitas malas, utensílios, liquidificador, carrinho, brinquedos, banheira, etc. Aos 10 meses fizemos uma segunda viagem, para Itacaré, e infelizmente o hotel não era nada acessível para crianças. Foi um desastre! Aos 18 meses fomos para o Chile e, apesar do frio, tudo foi perfeito. Providenciei uma roupa da marca Solo para usar como segunda pele, o que mantinha minha bebê sempre aquecida. Paris não é uma cidade para crianças, não há rampas (um problema para andar de carrinho), o metrô é antigo e são poucas as estações com elevadores. O restaurantes não são ‘child-friendly’. Quase fomos expulsos de um deles! As longas escadarias de museus e os banheiros não são adaptados para criança. Não há trocadores. Tive que me ‘virar’ no carrinho mesmo. Já nos Estados Unidos tem os family bathrooms, com assentos para adultos, trocadores, pias amplas. Tudo acessível. Aliás, viagem com criança é definitivamente nos EUA. Tudo preparado pra eles, as pessoas estão acostumadas a receber casais com filhos menores, tudo é mais fácil. Você se sente bem acolhida e mais calma pra curtir a viagem. Além dos parques infantis espalhados para todo canto, a criança se diverte muito. Você ainda pode levar pouca roupa e utensílios porque caso precise, lá você encontra tudo!”

Dicas do Ricardo: “Fizemos várias viagens próximas desde os 3 meses dele (Monte Verde, Águas de São Pedro). A primeira envolvendo vôo foi para um resort na Bahia (10 meses) e a maior e melhor foi para a Itália quando ele tinha 1 ano e 5 meses. Ficamos 20 dias viajando pela Itália e Suíça. Na Itália alugamos carro e viajamos por boa parte do país. Nas cidades usávamos metrô e ônibus mesmo. Na Suíça foi tudo de trem.”

Dica da Jaquelina: “Nas viagens nacionais, 70% dos nossos destinos hoje em dia são resorts.”

Dica do Marcio: “Recentemente fomos todos para Santiago e Viña del Mar. Achei Santiago uma excelente opção para ir com os pequenos. A cidade é plana, cheia de parques e praças com brinquedos. Para começar, eu sugiro que os pais de primeira viagem experimentem um resort ou um hotel-fazenda para ir testando com uma estrutura mais completa como é viajar com o pequeno, como ele se comporta, o que levar na mala e o comportamento no vôo e trânsfer, se for o caso. Depois é se aventurar por outros destinos!”

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    75 comentários

    Poxa, eu amo viajar… demais mesmo!!! No meu caso, tenho dois filhos, uma menina de 2 anos e 2 meses e um menininho de 7 meses… depois que ele nasceu só fomos a um hotel fazenda… foi tranquilo, mas foram também minha mãe, uma tia e meu avô que ajudaram muito.
    Percebo que a maioria das pessoas aqui comentam que acham fácil viajar com os filhos e tal… mas me parece que a maioria esmagadora só tem um filho.
    Com a minha filha, antes do menor nascer, viajamos pra Pirenópolis, Caldas Novas, Estados Unidos e Ilhéus duas vezes…
    Acredito que com 2 filhos, ou mais, a coisa seja beeeem diferente, especialmente quando a diferença de idade é pequena… a deles é de 1 ano e 7 meses…
    Fora que a questão financeira aperta pra caramba…
    Quem tem experiência com 2 bebês assim, poderia compartilhar mais?
    Abraços… E boa viagem pra família!!!!

    Já faz algum tempo que não viajo com bebês, minhas pequenas estão com 16 e 19 anos, mas sempre gostamos de viajar e não vou me esquecer das artimanhas que usei naquela época:
    – Se o hotel não disponibilizar o cantinho do bebê para lavar utensílios, esterilizar mamadeiras, chupetas etc: invadia a cozinha dos hotéis. Com todo o respeito e evitando os horários críticos, para não incomodar e causar olhares atravessados. Nos hotéis pequenos (pousadinhas) por vezes a cozinha era muito pequena e era preciso fugir do horário do café da manhã. Nos muito grandes a dificuldade poderia ser encontrar uma panela com tamanho razoável, pois a maioria era gigante.
    – Respeite os horários dos pequenos. Em viagem a Maceió saía da praia perto de 11:00 para almoço e só retornava de tardinha. Isso não só garantia a alimentação e descanso da tarde, mas evitava o horário do sol forte. Dormir tarde também não achava adequado.
    – Comida: parte eu comprava no local, mas observei que a regionalidade afeta os produtos industrializados: por exemplo no Nordeste achei a sopinha e o iogurte mais firmes. Ouvi inclusive um relato de uma moça que foi para a Tailândia e até as sopinhas de bebê de lá tem pimenta, o que desarranjou o seu filho.
    No mais como elas desde muito novas comiam comida normal, foi tudo muito fácil. É claro que percalços acontecem como nessa viagem a Maceió que chegamos na hora do almoço, fiz primeiro o prato dela e só depois descobri que estava cheio de Leite de coco. Um pouco pesado para um bebê de 8 meses, mas ela já tinha comido e não deu nada. A dica que deixo é prove a comida primeiro.

    Nossa filhinha está com um ano e meio e acabamos de voltar da 2a viagem internacional dela – a 1a foi em em Portugal, quando a pequena tinha 7 meses) e a segunda foi agora Munique, Rota Romantica, Praga e Berlim. A cada idade da criança a estratégia de viajar muda, mas aqui vão alguns aprendizados:

    1) TEMPO EM CADA CIDADE: a viagem vai ficar mais lenta e para não acabar as férias frustrados ou absolutamente exaustos, melhor prever isso. A gente calcula os dias com base nesse post do viaje na viagem https://www.viajenaviagem.com/2010/07/europa-quantos-dias-em-cada-lugar e e soma 30% a 50% a mais de dias no destino (normalmente, isso dá 1 a 2 dias a mais). Tem funcionado super bem. Em uma primeira viagem recomendo a regra dos 50%.

    2) POUCAS BASES: cada deslocamento de base é um verdadeiro evento pela quantidade de malas, carrinhos e afins e também pode estressar o bebê. Em uma viagem de 15 dias, o melhor é quebrar em 2 ou 3 bases e fazer bate-voltas nas redondezas.

    3) SAIA CEDO E VOLTE CEDO: sei que acordar cedo depende muito do estilo de viagem e do destino, mas se você tá naquelas viagens de “conhecer” (com muito lerê) o legal é chegar na primeira atração do dia quando ela abre (9 -10 da manhã). É muito fácil se atrapalhar com o bebê na rotina nova da viagem e acabar saindo para passear 11:30-12:00, quando já é hora da criança almoçar. Contudo como você acabou de chegar na atração e quer curtí-la um pouco antes de parar, acaba modificando a rotina da criança e os problemas vão se acumulando durante o resto do dia.

    Voltar cedo (4:30-6:00) para o local de hospedagem também é bom (para vocês e para a criança). Quando o dia acaba há ainda muito o que fazer com a criança (dar jantar, banho, colocar para dormir, tirar/lavar roupinhas, preparar a bolsa do próximo dia). Quando se deixa isso para retornar mais tarde, corre-se o risco de “ficar na função” até 11:30/meia da noite. Não é incomum, nesses casos, só conseguir parar para comer, relaxar, planejar o dia seguinte a meia noite ou depois… Aí fica tudo cansativo demais.

    4) NOITE – PICNIC DE QUARTO: normalmente é difícil ter pique para sair a noite depois de “processar o bebê”(banho, jantar…etc), por isso ficar em apartamentos alugados e quarto de hotéis com cozinha são excelentes ideias.

    5) CUIDADOS PARA O BEBÊ LÁ: tem crianças que só comem papinha Y, usam fralda X e leite Z, mas se esse não for o caso se desapegue de levar tudo isso do Brasil e compre no destino; até porque há Nestlé, Danone e Pampers em diversos países.

    6) SAÚDE: Tenha um seguro saúde – e saiba os telefones para acioná-lo no seu destino. Quanto aos medicamentos, leve-os do Brasil.

    Quando minha filha tinha 5 meses, ficamos 20 dias entre Londres e Paris – foi tudo mega tranquilo, perfeito.

    Porém, por problemas diversos, só voltamos a viajar agora, com ela tendo 2 anos e 5 meses. Desta vez,ficamos 15 dias rodando por Minas Gerais. Por um lado ela deu um tanto mais de trabalho, não gosta muito de alguns programas dos lugares e passou mais de 10 minutos em algum lugar, queria ir embora. Mas foi ótimo vê-la se desenvolvendo, começando a curtir as coisas.. no começo, queria ir para casa – já no final, não queria mais voltar, não..

    Além disto, levamos o slow travel foi as ultimas consequencias(só em Tiradentes ficamos 4 dias) e isto faz com que a gente possa conhecer muito mais os lugares que passamos.

    E independente da idade, as pessoas nas pousadas/hotéis, restaurantes e mesmo nos lugares a serem visitados ficam sempre muuuuito mais solícitos quando a gente está com criança.

    Hoje só não volto para o exterior porque o dólar(e o euro) estão em disparada, e pagar passagem para 3 não é lá muito barato – assim, vamos tentar aproveitar o Brasil por um tempo enquanto ela cresce um pouquinho, para que as memórias fiquem também com ela, não só com a gente.

      Ah sim: uma das maiores vantagens dela agora é não precisar ficar carregando – a menina andou que nem gente grande, mesmo nas ladeiras de Ouro Preto.
      Mas claro: de vez em quando não tinha jeito e vai pro colo – ficamos estes 15 dias sem carrinho e ele nem fez falta. Por outro lado, foi ótimo levar um berço/chiqueirinho de casa. Somente 2 dos 5 lugares que ficamos(entre pousadas e hoteis) tinham lugar para ela dormir, assim foi bom ter o de casa.
      Claro: neste caso era viagem de carro, então dava para levar o peso extra sem problemas.

    A primeira viagem da Carolina foi pra Curitiba, quando ela tinha quatro meses. Escolhemos um hotel com restaurante, assim não precisávamos sair se estivesse muito frio. A mais ousada, digamos, foi agora em setembro, à Itália. Ela está com dois anos e três meses. O carrinho foi um super aliado. E escolhemos ficar em apartamentos alugados, assim podíamos cozinhar em casa para ela e esquentar o leitinho que ela tanto gosta. Foi um sucesso! 🙂

    No texto a Sara comenta que a inspeção dos alimentos do bebë é super rigorosa, e que é para ler as regras de cada país sobre isto. Queria saber um pouco mais como foi neste sentido, e onde acho as regrinhas para me informar melhor.
    Vamos para Santiago do Chile quando nosso filho recém tiver feito 7 meses, ele mama no peito e agora está comendo frutas e tomando suco. A papinha salgada só vamos introduzir no mês após a viagem, que cai bem no momento de transição.

    Não creio que exista uma idade ou um destino mais apropriado para viagens com crianças. O que muda são os cuidados, o planejamento e, principalmente, o ritmo da viagem. Tudo depende dos pais.

    A primeira viagem do meu filho foi para o Atacama, quando ele tinha 8 meses. Enchemos a mala de papinhas (chegando lá, vimos que nem precisava) e evitamos levá-lo em passeios de altitude muito elevada.

    Quando ele completou 1 ano, fizemos uma viagem de 40 dias entre China e Japão. Desta vez, precisamos de um longo período de planejamento e tivemos o cuidado de partir ao meio os vôos de ida e volta, com um stopover de dois dias nos Emirados Árabes.

    Com 1 ano e meio, o bebê foi conosco passar as férias na Escandinávia. Nessa viagem, nossa maior ajuda foi um tablet com vários episódios da Peppa, que quase sempre nos permitia fazer refeições tranquilas.

    Um pouco antes do bebê completar dois anos, passamos uma semana em um resort na Bahia. Ele se divertiu muito (como em qualquer outro lugar), nós nem tanto.

    Minha conclusão é que as crianças podem descobrir coisas interessantes e divertidas em qualquer lugar, seja no parquinho perto de casa, na praia, em um sítio arqueológico, em um museu ou simplesmente andando pelas ruas de uma cidade. A viagem deve ser boa para todos. E, o mais importante: não se pode esperar que todos os lugares do mundo sejam kid-friendly. Com boa vontade e jogo de cintura, os pais sempre dão um jeito de fazer a criança feliz.

    Existe vida além do resort!

      Diogo A. A Escandinavia foi baby friendly? Seria o meu proximo destino mas c essa bencao tao desejada adiamos.

      Cristina, pela minha experiência e também pelo que já pesquisei, os países escandinavos estão entre os destinos mais tranquilos para se viajar com crianças. Você não precisará de nenhum grande esforço para conseguir um berço no quarto do hotel, um restaurante com cadeira para crianças (e talvez um menu infantil), um local apropriado para realizar trocas de fraldas e lugares para comprar produtos de bebês (fraldas, pomadas, papinhas, leite…).
      Porém, o que considero o maior destaque positivo é a acessibilidade das cidades. Os países nórdicos possuem uma cultura de respeito ao pedestre (e também a cadeirantes, ciclistas etc) bastante desenvolvida. Isso facilita muito a vida de quem pretende passar o dia empurrando um carrinho pelas ruas, pois as calçadas são bem feitas, com pavimentos de boa qualidade, largura adequada e sem os desníveis a que estamos acostumados por aqui. Nos transportes públicos, é a mesma coisa: ônibus e trams costumam ter o piso rebaixado para facilitar o embarque (em Helsinki, você nem paga a passagem se estiver com um bebê no carrinho).

      Fui para a Escandinávia com minha filha de 1 ano e meio e foi mto tranquilo!

    Este post foi p mim ne? Rs Faco parte desta trip desde quando ainda procurava o pai. Vou mostrar p ele rs! Rodrigo ja foi a Itaipava aos meses visitar os avos e descobrimos q ele so gosta de carro em movimento ou seja em engarrafamentos so chupeta c funchicoria p ele parar de chorar.

    Alguém tem indicação de um serviço de transfer no Rio, com um bebe-conforto e uma cadeira/buster?
    Temos 2 crianças de 5m e 3a, e estou com dificuldades para descobrir uma forma segura de transporta-las nos transladou de chegada e saída do Galeão.
    Obrigado

      Olá, Andrew! Vamos compartilhar sua pergunta no Perguntódromo. De todo modo, o seu hotel pode providenciar esse transfer, comunique-se com ele.

      Andrew,
      E não seria mais fácil levar a sua cadeirinha? A empresa aérea normalmente não cobra por ela… assim, ainda por cima, a sua criança de 3 anos já está acostumada com ela.
      A de 5 anos deve usar booster. Vc tb pode despachá-lo ou até levar dentro de uma mala grande…
      Um abraço

      Não seria mais prático levar as suas cadeirinhas? O buster ocupa pouco espaço e o bebê-conforto inclusive pode ser muito útil pois os bebês costumam dormir no carro e vc nem precisaria retirá-lo…

    Atenção: Os comentários são moderados. Relatos e opiniões serão publicados se aprovados. Perguntas serão selecionadas para publicação e resposta. Entenda os critérios clicando aqui.

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